2008/03/01


Controle de NES na USB

Quem lê meus últimos extensos posts sobre assuntos tão fúteis e diversificados deve achar que eu não trabalho!... Vamos falar um pouco de trabalho! :) Faz alguns dias que comecei a aprender a mexer num simulador de robôs móveis chamado Player/Stage. Como tudo o que há de melhor nessa vida, ele é GPL e tem pacote pra Debian.

O sistema não é apenas um simulador... Ele antes de mais nada oferece uma biblioteca-padrão para você escrever programas (em C, C++, Java e acho que até python) para controlar robôs. Com um mesmo programa você pode depois controlar um robô ligado ao seu computador através do Player, ou ainda num simulador (o Stage). E ele foi criado no espírito de sistema UNIX, cheio de sockets e módulos...

O mais legal é que os caras que criaram o projeto são uns nerds furiosos. Aí, por exemplo, a página com a história do projeto diz que conta a “origem” dele, tipo um gibi “Homem Aranha número 1”, e termina falando que “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”! :D

O Player deixa você controlar os robôs com um joystick. Seguindo o espírito, fiquei inspirado em tentar descolar um controle de nintendo (NES, de 8-bits, “nintendinho”) pra ligar na minha máquina!!... Não ia ser o máximo??

E quem progoogla acha!... O formidável blog technablog reporta aqui que tem um maluco vendendo controle de NES adaptado pra USB!!... (tem SNES tb) Tudo o que eu queria!... Pena que o preço é um tiquinho salgado. Vou ver na minha escola se dá pra encaixar em algum orçamento do laboratório!!... :) Sério!! Não deixa de ser um equipamento importante, afinal, e tem um design imbatível, aprovado pelo tempo, melhor do que qualquer controle diferente que podemos pensar em comprar!...

Confira também o formidável colarzinho de controle de nintendo, e o brinquinho de pac-man!... E por falar nisso, eu sou o último a ver pra vender no thinkgeek o controle remoto universal em formato de controle de NES??? :) (mais especificamente, famicon...)


Decepção arabica

Sou usuário de café, (coffea arabica segundo Linnaeus), e isso não é segredo pra ninguém. Consumo-o compulsivamente, quase convulsivamente. Sempre que viajo para algum lugar, ou me mudo, ou mesmo visito qualquer lugar desconhecido, busco descobrir um bom lugar para consumir esta adorada substância estimulante ritual legalizada. Minha rotina sempre envolve tomar um ou dois cafezinhos em dois ou três lugares diferentes ao longo do dia.

São Paulo é sempre proclamada por seus habitantes e simpatizantes como uma “capital gastronômica” do país, e um lugar onde “come-se muito bem”. Assim sendo, estou sempre desafiando os paulistanos, experimentando o cafezinho de todos estabelecimentos por que eu passo...

Hoje foi o dia de por à prova o famoso Maksoud Plaza. O tradicional hotel paulistano fica a um quarteirão da Avenida Paulista, e eu freqüentemente passo na porta quando visito a escola da minha namorada. (Passava quando ia no Stand Center, que está infelizmente interditado.) A passagem sempre era um desafio, um chamado... Hoje estávamos voltando do almoço e decidimos finalmente botar o bastião da hospitalidade e chiqueza paulistana à prova.

Tinha esperanças de gostar da experiência, já que o fundador é um inventivo engenheiro metido a filósofo como eu mesmo — não necessariamente possuidor das mesmas crenças.

Começou mal. Subimos pelo belo caminho até a entrada, eu ia vestindo uma camiseta vermelha-soviética, e carregando meu notebook de universitário descolado. Chegamos perto da porta giratória, e um dos carinhas de uniforme de Sgt. Pepper's que estava calmamente andando na entrada deu uma parada de lado, bem na minha frente, ficando no meu caminho!!... Coincidência? Sem querer?... Sei.

Entramos então no belo saguão, que eu não conhecia. Achei bem interessante... Me lembrou o jeitão do mais recente برج العرب, (Burj al Arab). Ao que parece esse tipo de construção é um “átrio gigante”, queria saber agora se é algo comum em hotéis chics.

Entramos no restaurante à esquerda da entrada, e fomos servidos: dois espressi. O preço exorbitante do produto é de R$5,00 cada. Não vem nem com uma agüinha mineral, nem mesmo um biscoitinho ou uma mentinha que seja. Deveras abusivo.

Na saída não havia garçom ou qualquer funcionário que pudéssemos chamar para ao menos avisar que o dinheiro estava em cima da mesa. Nem pude avisar também que uma das clientes anteriores havia deixando um óculos de X-centos reais sobre a cadeira...

O café nem tava ruim não. Era bem bom. Mas ao todo foi longe da “complete coffee experience”.


Dizem que muitos ricos não ficam ricos à toa. O negócio é não dar nada de graça, vender caro, aproveitar todas oportunidades à exaustão, e ser daquelas pessoas que “são assim, ó” (com o punho fechado). Vai ver que eu estava ali apenas presenciando a epítome disso.

Tem lugar aqui em São Paulo que anuncia em alto e bom som que é um “ambiente exclusivo”, um lugar “super-exclusivo”, elogiando. Tipo... o que isso quer dizer afinal? Eu tou com essa teoria de que significa: “Um lugar caro pra burro, onde pobre não dá conta de ir.” Por exemplo, um lugar onde se paga C$5 (cinco ‘conto’) com um cafezinho que não tem nada de mais, pode não ser um bom café, mas é certamente um lugar excludente. Digo, exclusivo!... Eu mesmo buscarei pra sempre me excluir de entrar lá de novo (apesar de que agora quero conhecer as famosas portas projetadas pelo dono.) É só pra quem quer, e também pode...

2008/02/29


Resolvendo a tela azul do mplayer no Ubuntu

Por falar em Ubuntu ali no post anterior, parece que tem alguma versão aí do Ubuntu que tá dando um problema com o Mplayer e outros programas de tocar vídeo, fazendo aparecer uma janela azul quando vc manda tocar qualquer coisa. O som fica normal, não dá nenhuma mensagem de erro, mas o filme fica todo azul!... (Não, não é uma BSOD!... :) pelo menos não das originais) E o problema não se limita só ao mplayer...

Nosso leitor, contribuidor e cidadão exemplar Mön5i€ur N.F. passou uma dica que funcionou pra resolver o problema aqui no computador da minha namorada. Foi só mandar o mplayer usar o driver x11... No comando do mplayer, use “mplayer -vo x11 ...”. Vc pode automatizar isso colocando a linha

vo=x11

no seu arquivo ~/.mplayer/config

Claro que o melhor é descobrir o que está errado na instalação do sistema, mas até lá vc vai se virando!... E se vc não puder editar algum arquivo de configuração porque tem medinho que usar vi, ou achar que é a coisa mais difícil do mundo colocar as palavras mágicas "-vo x11" numa linha de comando (ou nem concebe usar uma linha de comando pra abrir um filme), nesse caso, amigo, ou vai chorar em algum fórum, ou contate o seu revendedor!...

Ops!! Não tem revendedor!!... (ou sera que as pessoas acham que o pessoal que ajuda nos fóruns, e os programadores, são tipo “o revendedor” do software livre?)

((E se alguém souber como resolve the Ubuntu way, eu gostaria de saber! :) ))


Hacker também é gente

(Hoje eu vim aqui para escrever algo sério, que já não pode mais ser ignorado!)

Só outro dia que finalmente me chamou a atenção uma coisa meio forte, que a gente tá vendo por aí achando super engraçado, mas se você pensar sobre isso vai ver que não tem graça nenhuma.

Eu não sabia, até começar a procurar briga outro dia no meiobit.com, que existe um certo sentimento entre novos usuários de Ubuntu (e outras distros) de querer falar mal de outras pessoas acusadas de serem “usuários xiitas” de Linux (ou “zelotes” se vc for gringo), radicais da “velha-guarda”, cegos e insensíveis e sei lá mais o que. Fazem coisas como, por exemplo, pegar no pé do Stallman, acusando ele e outros micreiros barbudos hippies freaks engraçados de serem responsáveis pelo Linux e o FOSS em geral “não darem certo”. Ainda por cima ficam botando foto de Naruto nos fóruns da vida, e reclamando de qualquer coisinha que os outros fazem de que não gostam.

(Um pequeno parêntesis: estou me referindo a como tem moleque por aí reclamando de uma coisinha ou outra que acontece nesta ou naquela distro, e falando mal de um ou de outro jeito de fazer as coisas. Duvido que quando usavam wimdoms entrassem em fóruns falando mal de como outros usuários de windious trabalham, ou mesmo que enviassem os famosos “relatórios de erros” para a empresa chamada Microsoft, ou que contactassem seus revendedores como os programas daquele dito sistema operacional sempre recomendam fazer. Quando usam software proprietário são perfeitas ovelhinhas. Quando chegam no mundo livre ((o verdadeiro, não o S/A)), onde podem ser ouvidos, começam a tirar foto na frente do espelho achando que são fortes. São pessoas se perdendo no efeito color of the bikeshed sem se darem conta!...)

Essa “nova onda” de usuários de Linux e FOSS se caracteriza por unir pessoas descoladas, alternativas e irreverentes sem profundos conhecimentos em informática, e que também são usuários de computador que não possuem aquelas necessidades profundas e intensas de usuários especializados que infelizmente dependem para viver de software proprietários, como o chamado Adobe Photoshop ou o chamado Autocad. Não possuindo tais amarras, eles não tem muitos problemas em migrar pro mundo Linux.

Estes neófitos se preocupam pouco com detalhes técnicos de como as coisas funcionam por baixo, e muito mais com “usabilidade” dos sistemas. Não querem saber de terminal de texto ou de editar /etc/X11/xorg.conf, quanto mais utilizando o vim, ou o emacs. Este último, além de ser visto como algo inerentemente ruim por ser um editor de texto, seria ainda pior por ter sido criado pelo próprio Stallman, tido como o capeta maior do software livre (quer dizer, noutro sentido, sem ser o capetinha do BSD). E não se limitam a ficar na deles, procurando ícones secretos desenhados em estilo cristalino nos KDEs da vida. Não eles gostam de FALAR MAL de que gosta de trabalhar de qualquer outro jeito diferente. Eles querem mais do que permitir uma interface no Linux mais parecida com o Wirrows. Eles querem que SEJA SÓ assim... Pegam o bonde andando e querem não só sentar na janelinha e conversar com o motorista, mas ainda chutar pra fora as pessoas que estão sentadas no corredor por opção.

O gozado é que essa pessoal tá aí finalmente conseguindo realizar o antigo sonho de “levar o software livre para o desktop”, mas falam mal dos usuários “caretas” e “chatos” com a mesma antipatia que se vinha antes de usuários de SOs proprietários!!... Tipo, antigamente FOSS era coisa daqueles hackers sujos e renegados ali, que eram sujos e renegados por mais outros motivos, e a luta pelo FOSS era apenas mais uma coisa em comum. Agora tem um grupo de pessoas que está usando o FOSS, mas que discrimina os velhos hackers freaks do mesmo jeito!!! São os mesmos winners bullies patetas de sempre, invadindo a cultura que era um dos poucos refúgios dos velhos hackers geeks e nerds, e mandando eles saírem fora do pedaço.

Puxa, antes tudo bem, era cada um na sua, berrando pros outros do outro lado da rua. Mas como alguém tem coragem de ficar falando mal de desenvolvedores livres, e usar o produto deles?

...Alguns desses programadores nerds hackers freaks da vida achavam que um dia iam “dominar o mundo” fazendo programas que todo mundo ia achar legal. Que iam ser os chefes, e “mostrar pra eles”. Ledo engano. Os winnners da nova geração tão chegando com seus 16 aninhos de idade, pegando os programas e chutando a mão que os ofereceu, seguindo a eternamente retornante síndrome do jovem iconoclasta. Os velhos usuários de FOSS debatiam sobre seus produtos serem utilizados por "Joe User" ou por "Aunt Tillie". Jamais imaginavam que eles seriam antes popularizados entre os “Alex DeLarge” das novas gerações.



A coisa que eu só percebi agora, e que mais me motivou a fazer esse desabafo, é como é discriminadora, sem-consideração e injusta aquela campanha bonitinha do Ubuntu. Ubuntu, todos sabem, é uma distribuição cuja característica mais importante, a maior vantagem, é que “é baseado em Debian”, assim como a maior vantagem do OS X da empresa chamada Apple é que ele “tem partes aproveitadas do BSD”. E eu sempre me pergunto, porque ficar com o derivado se vc pode pegar o original?...

A campanha de marketing do Ubuntu gira em torno do slogan "Linux for human beings", ou “Linux para seres humanos” (não sei se é um slogan bacana e bem-bolado, uma frase de efeito que agradaria os l4mm3rtards, que parecem ser tão preocupados com esse tipo de coisa.)



Tipo. Não tem dúvida de interpretação, todo mundo sabe o que isso significa: seria que até chegar o Ubuntu, a distro super-mouse salvadora, as outras distos seriam difíceis, ruins, capengas e mal-acabadas, e ainda: seriam utilizáveis apenas por pessoas que não são seres humanos.

Tem ofensa maior do que isso? Falar que uma pessoa não é um ser humano? Que é alguma espécie grotesca de monstro abominável, criatura Frankensteiniana, um Shubb Nigurat ante-diluviano?

Acaba que essa campanha extremamente ofensiva e insensível representa tudo isso que está me revoltando. O pessoal está aí realmente popularizando o Linux e o FOSS, mas os esquisitos que criaram isso tudo continuam sendo discriminados. Eu sinto até que tava começando a ter uma onda de achar ser nerd legal, porque tem tantas coisas legais que eles fazem que estão começando a fazer parte da vida de todos. Mas agora agora o Ubuntu conseguiu separar as duas coisas!!... Ufa!!, pensam os n00btardeds, já posso voltar a falar mal desses loosers, e finalmente usar tranquilo esse tal desse Linux aí.

Empresas grandes e famosas de tecnologia, como a Micro$ofp, a Apple, a IBM, a HP e sei lá mais quem, tem todas em comum o fato de “encapsularem” seus engenheiros. Seus produtos parecem caídos do céu, só quem lida com os clientes são marqueteiros, comunicadores sociais, publicitários, políticos et cætera. O pessoal do Ubunto tava sentindo que faltava fazer isso. Jogar no porão os engenheiros, devolvê-los para aquele poço insano onde não entram seres humanos, e transformar finalmente o Linux em mais um produto que vem numa caixinha bonita e confiável, sem os horrores inomináveis e não-euclideanos sonhados por aquelas mentes obscuras e aterradoras que são os programadores não-humanos de computadores...

E nõs, pesquisadores de inteligência artificial (o RMS era um), achando que ainda faltava muito até vermos os primeiros programas feitos por entidades que não fossem seres humanos.

Primo Levi, um químico nerd italiano que teve a infelicidade de viver numa era onde nerds eram ainda mais duramente discriminados e repreendidos, já perguntava se a sociedade o estava tratando como um homem: escreveu o livro “É isto um homem?” sobre suas experiências com um certo tipo de gente que falaria mal do Stallman se tivessem nascido 50 anos depois. (Vejam bem, eu acredito que existe bem mais de um tipo de gente que falaria mal do Stallman, o livro de Levi é só sobre um desses vários tipos de pessoas, homens humanos, que o fariam e fazem.)


Levi ainda tinha dúvida. E há que se ter dúvida mesmo, existem muitas formas de discriminação, e uma das coisas que diferenciam elas é o quanto que a parte discriminadora considera a discriminada como humano. Alguns discriminadores só querem colocar certos colegas humanos à parte, por serem uns mais iguais do que os outros. Outros já falam em menosprezar pessoas “sub-humanas”... Alguns fazem pior, não dão nem a graça do relativo “sub-”, mas apenas desqualificam em sua totalidade, como no caso do Ubuntu, e remove do discriminado mesmo qualquer menção à possibilidade arrogante de se considerar um humano.

Isso tudo que eu escrevi não é piada não. É só rir pra não chorar.

2008/02/26


Como editar textos no mozilla usando um editor externo

Você também quer editar janelinhas de texto do tipo <textarea> usando seu editor externo preferido, como o emacs, ou vim, nano, pico, ed, elvis, notepad, wordstar, carta fácil, lotus notes??? Não se desespere! Pra isso existe o mozex, a melhor extensão de mozilla que jamais foi criada!...

Aí vc pode fazer coisas como editar um post de blog no modo html do emacs, e dar o comando C-c C-c h pra entrar com um hiperlink. Muito melhor do que entrar o comando inteiro na mão, ou do que usar essa janelinha chata do editor do blogger, que abre um diálogo modal irritante e te obriga e ficar indo dum lado pro outro e mirando nas coisas...

2008/02/25


Distros e discos da discórdia

Caçando briga em comentário de blog dos outros...

Não é? Me dá náuseas quando uma besta dessas chega do meu lado e diz que o Ubuntu não é legal, porque pra ejetar o CD você não precisa mandar o "eject -t" ....

Então você fala que ele é mesmo uma besta, porque "eject -t" (com 't' minúsculo) é pra fechar a gaveta, e não abrir.

E que eu saiba não existe distribuição que _obrigue_ as pessoas a usar eject pra abrir e fechar o CD... O botãozinho no leitor sempre funciona, exceto quando o disco está montando, e tb sempre dá pra instalar uns gnomes e kdes da vida.

Eu pessoalmente acho até mais confortável digitar eject do que ficar tateando procurando o botãozinho do lado do meu notebook, ou ir lá com o braço no gabinete e ficar com ele esticado esperando a gaveta andar...

Antigamente essas brigas inúteis e sem sentido eram entre usuários de Wingorus e outros sistemas (incluindo OS/2 e Apple). Depois veio uns tempos de Linux versus BSD... É legal ver como o mundo dos sistemas sem-ser-o-wirdoms cresceu tanto e ficou tão diversificado a ponto de hoje ter briguinha entre usuários de distros de Linux que SÃO BASEADAS UMA NA OUTRA!!!...

Bons tempos em que todo mundo ligava uma máquina e caía num interpretador de BASIC. Naqueles tempos árduos existia a camaradagem em frente à dificuldade de se domar o bicho...



Hoje é tudo mais fácil, mas as pessoas brigam mais, parecem ter mais dificuldades... Quanto mais popular vira o computador, mais terrível e difícil e errado ele é!... Quanto mais popular, mais errado. É um contra-senso!


Resenhando palavras intrusas pt. II

Essa é famosa, tem no Tropa de Elite. Cheguei a ouvir gente falando que o significado no filme havia sido deturpado... Mas é bem o contrário. Lá eles a usam com uma precisão exemplar e estratégica. Um candidato ao batalhão incapaz de cumprir os requisitos é um perfeito fanfarrão, gabarola e bazofiador!... Fanfarrão não é de forma alguma sinônimo de "brincalhão" ou "desordeiro". Farra é uma coisa, fanfarra é outra (por mais que uma palavra tenha vindo da outra).

fanfarrão | adj. e s. m.

fanfarrão

fem. fanfarrona

de fanfarra

adj. e s. m.,
que ou aquele que alardeia valentia, sem a ter;
impostor;
jactancioso;
gabarola, bazofiador.


Photoshop rodando no wine, e o que eu realmente queria que acontecesse

Acabei de falar abaixo sobre como se ouve falar muito sempre as mesmas coisas a respeito da popularização do Linux...

Tem alguns pontos onde debates sobre a migração sempre pára, e o mais importante é a falta de versões de alguns programas que as infames empresonas aí “estranhamente” se recusam a lançar versões pra Linux. Um desses (sempre mencionado por amigos meus) é um programa de edição de imagens chamado Photoshop, de uma empresa chamada Adobe Systems, fundada por um cara que saiu do PARC pra desenvolver o PostScript.

Pois bem, diz aí que o wine finalmente está conseguindo rodar o bicho direito. Boa notícia!...

Google intoxicates Linux users with Wine improvements:

“Photoshop is widely regarded as the industry standard for professional raster graphic editing, and the lack of Photoshop support on the Linux platform has been significant impediment to Linux adoption in the graphic artist community. Graphic artists have found cross-platform open-source alternatives like GIMP to be inadequate because they lack key features, such as native CMYK support. Lack of support for commercial-grade voice recognition software on the Linux platform is problematic for users with disabilities who depend on such software to accommodate their special needs. Enabling users to run these programs on Linux through Wine eradicates some of the barriers that are deterring migration to the open-source operating system”

Só vamos esperar que as pessoas que fazem o “sistema operacional” (segundo dizem) chamado Windblows Viztha e o tal Photoshop aí não decidam fazer mudanças radicais na forma como estes sistemas operam, pra facilitar a integração com o wine. (sim, eu acredito que em pouco tempo vamos ouvir falar de alguma nova biblioteca radical em que os novos Wyngoaws e photoshop vão ser baseados, e vai ser ainda mais difícil rodar os Photoshop mais novos.)

O gozado é que o Photoshop tem versão pro sistema da Apple, que é baseado em num sistema desenvolvido pela NeXT, com algumas coisas aproveitadas do FreeBSD. Mas naturalmente o caminho das benesses informáticas livres é de mão única. O dinheiro sempre fala mais alto!

...Fala alto, mas você não escuta ele mais alto. O que você escuta mais alto é sua própria consciência, que tem uma posição privilegiada dentro da sua cabeça!



Eu gostaria de ver um dia alguém noticiar algo como “finalmente agora o GIMP já tem suporte nativo a CMYK, vai atrair zedenas de usuários de Photoshop que estavam aguardando ansiosamente este feature”, mas eu tenho certeza de que quando esse dia chegar eles vão começar a reclamar de mais alguma funcionalidade indispensável do programa proprietário que for a moda do momento, e a notícia não vai ter a menor importância.

Aliás, se vc parar pra pensar, notícias só são intensas no mundo do software proprietário, porque as empresas secreciosas ficam fazendo mistério sobre as coisas, pra de repente revelar as novidades bombásticas. No mundo do software livre tudo é sabido, todas as brigas são públicas...

Eu não quero notícias sobre lançamentos de software. O futuro que eu quero não são notícias sobre pessoas migrando do Ruíndious® pro Linux. Quero só saber que as pessoas tão lá felizes usando o software livre de edição de imagens do momento, e que os desenvolvedores tão trabalhando nisso ou aquilo. Quero a coisa acontecendo aqui na minha frente, nada de notícias. Chega de jornalismo investigativo e acurado. Que venham os blogueiros incertos e inseguros!...


minimalist WordPress themes

minimalist WordPress themes


Maravilhoso tema de blog (wordpress) com visual de terminal ascii!!...

(fiquei sabendo através do blog do Nicoman!... Bom sujeito. :) )

2008/02/24


Todos os censuradores serão punidos – Blog do Vicente

Todos os censuradores serão punidos – Blog do Vicente (eu prefiro censores, mas... Não vamos censurar o cara, né!... :] )

Muito interessante essa notícia do blogdovicente!... (achei pelo diHITT! :) )

Eu escrevi a um tempo atrás sobre uma coisa parecida no meu blog na Nature Networksobre um processo cibernético social de controle que evita que as pessoas consigam acessar facilmente material pornográfico famoso, além de outras coisas perseguidas muito intensamente.

...Acontece que pessoas começam a explorar a atenção dirigida a estas coisas, criando muitas referências falsas, ou apenas comentários sem acesso para o material original. Muita reverberação... (naturalmente um tipo de reverberação não-linear).

Esse processo que o Vicente faz ver tem algo parecido. Uma espécie de realimentação positiva. No momento que a uma coisa vira polêmica, e a pessoas atingida se mete, o assunto só esquenta mais! O “buzz” vai só sendo amplificado!!...

Isso certamente já aconteceu em outras ocasiões no passado, mas na Internet a velocidade e intensidade das coisas deixa tudo mais evidente.

Em meu blog mesmo eu andei recebendo algumas visitas sobre "atriz feia", o que faz cair num comentário antigo meu que fala como sobre como atrizes bonitas ganham Oscar quando fazem papel de mulheres feias, mas nem se cogita que atrizes feias sejam premiadas, ou menos ainda que façam papel de mulheres bonitas... Só depois de um tempo imaginei que podia ser por causa desse lance da atriz gorda!... :) É o “zeitgeist” da semana. (como fala semana em alemão?)