2008/10/02


Testinho micreiro

Tudo bem... Mas sou mais o sucessor, Amiga, especialmente pq esse daí nem sei se vendeu no Brasil. :P

2008/09/30


A patética assistência técnica da HP

Meu Compaq deu pau, e mandei pra assistência da HP. Já fazem dois meses, o que significa que a máquina ficou em manutenção por 20% do tempo que eu a possuo. Eu não diria que um tempo de funcionamento efetivo de 80% é o tipo de cois que alguém gostaria de ter...

Hoje finalmente fiquei ofendido a ponto de botar uma
reclamação no Reclame Aqui. Transcrevo aqui minha prolongada análise crítica da situação, cheia de pormenores e teorias da conspiração, como só eu sei fazer...

A propósito, eu queria tentar processar a HP por roubo da minha máquina, será que algum advogado aí acha que seria posível?

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Adquiri um computador portátil (notebook) modelo Compaq v6210br no dia 4/10/2007. Alguns meses depois, a máquina começou a apresentar um problema similar ao relatado por muitos outros usuários neste site. No meu caso, o dispositivo de rede sem-fio (wi-fi) parou de ser detectado. A HP lidou com este problema generalizado neste modelo ampliando a garantia destas máquinas por mais um ano, o que eu considero uma espécie de recall meia-boca, hipócrita.

Aliás, gostaria de saber já de início se isso não poderia ser considerado uma atitude recriminável por parte da HP, reagindo de forma irresponsável à descoberta de um problema que afetou um grande conjunto de produtos produzidos por ela. Além de simplesmente ampliar a garantia ao invés de fazer de fato um recall, eles sugeriram que os usuários tentassem realizar um procedimento para contornar o problema, descrito em um site apontado por um e-mail. Tratava-se de uma atualização da BIOS, e o procedimento exigia o uso do sistema operacional Windows da empresa Microsoft, que __não foi o sistema distribuído originalmente com a máquina__. Elas vinham com Mandriva instalado.

Entreguei minha máquina no local designado no dia 30/07/2008, às 13:59. A HP diz no site deles que eles "tem de 10 a 20 dias" para devolver o produto. Não sei, aliás, o que isto significa, porque ao meu entender eles deveriam dizer é simplesmente "20 dias". Um prazo de devolução não é um intervalo de tempo com limite inferior, mas sim um ponto, um limite superior, e só. Isto é mera retórica utilizada de forma safada para iludir o consumidor. Mas enfim.

Liguei ao se passarem 20 dias, para apenas então descobrir que tratavam-se de 20 dias úteis, ou seja, aproximadamente um mês. No site fala isso de fato, então até aí não posso reclamar. Mas já me acho no direito de reclamar da forma como atendimento funciona neste período. Em primeiro lugar, o pessoal que recebe a máquina é uma empresa separada. Acredito ser a DHL disfraçada, o que sugiro que eles façam mesmo, porque tenho raiva da DHL desde uma vez que eles __perderam os presentinhhos de Natal da minha família__. Que tal isso pra tornar um consumidor seu inimigo?...

Pois bem, a atendente da DHL explora essa separação da empresa da seguinte forma: tudo que você pede e pergunta, é respondido com "nós não somos a HP, não podemos fazer nada". É um golpe da HP, criar uma forma de intermediário para infernizar a vida dos consumidores, e maquiar o serviço ruim. Você nunca entra em contato direto com a empresa, ou com quem vai fazer mesmo a manutenção...

Neste momento da entrega do produto, tenho especial nojo da questão do papelzinho que somos obrigados a assinar dizendo que autorizamos a formatação do HD. A atendente insiste que precisa ser assinado, recusando-se a receber a máquina em caso contrário. Ou seja, não existe a possibilidade de entregar a máquina para reparos sob a condição de que se o técnico julgar necessária esta atividade drástica e freqüentemente despropositada, a manutenção seja então abortada e imediatamente devolvida ao dono. É o que eu gostaria que fosse feito no meu caso. A propósito, acho um absurdo em geral pedirem para as pessoas fazerem backup dos 40GB do HD, e esta é outra prática da HP que gostaria de saber se não é irregular. Não é razoável obrigar os clientes a ter armazenado grandes volumes de dados.

Após a entrega do equipamento, neste período de 20 dias úteis o atendimento por telefone não lhe dá qualquer informação. Eles não podem nem dizer se a máquina está de fato no centro de manutenção da HP em Jundiaí. Acho isto outro absurdo. E a pessoa que atende ainda pratica o tal golpe do intermediário, ela nos diz que ela não pode contatar o tal centro. É como se pra ela isto fosse ser um crime, então temos que ser simpáticos e evitar deixá-la em problemas. Crime, acho, é basicamente __roubar__ o equipamento de uma pessoa, retendo-o, mantendo-o inacessível, e não dar qualquer tipo de satisfação, a não ser a possibilidade dessas ligações telefônicas infrutíferas.

A primeira vez que liguei foi porque acreditava que o prazo seria 20 dias normais, e não úteis. Liguei outra vez antes do prazo da HP pelo seguinte motivo: eles só começaram a contar o prazo a partir do dia 02/08/2008. Eu entreguei no dia 30/07, mas lá no infame "sistema" estava esta outra data. Outro absurdo. Liguei ainda mais uma vez quando me disseram que deveria esperar até o fim do dia útil do último dia do prazo, e só então eles teriam "permissão" de me dizer qualquer coisa.

Quando liguei após o fim do prazo prometido e, na minha opinião, já estendido, o discurso mudou um pouco. Eles reconhecem o atraso, mas apenas pedem desculpas, e dizem que vão averiguar. Me disseram que iam mandar um e-mail pra sei lá quem, e nunca soube mais informações dessa tal pessoa. (Gostaria de ter pedido cópia do e-mail...) Pediram uma semana, depois outra... É de semana em semana que eles gostam de te enrolar.

Coisa de duas semanas depois do tal prazo de 20 dias úteis, aí eles finalmente me mandaram pro tal "setor de qualidade", que é o setor que tem, este sim, autorização dos chefões mafiosos da HP a tentarem fazer alguma coisa. Foi só então que falei com alguém que (aparentemente) ligou lá na manutenção pra saber da minha máquina. Foi a primeira vez que alguém me confirmou que ela estava lá de fato. Eu não duvidaria se me dissessem que ela estava na verdade, por todo esse, tempo em algum depósito clandestino da DHL... Mas enfim.

Aliás, pra chegar no tal setor de qualidade o usuário tem que utilizar uma opção secreta do menu, deve digitar (no meu caso) 4, depois 2, e então a opção secreta: 7.

A pessoa que atende no setor de qualidade nos faz esperar, aparentemente contatando alguém em Jundiaí para perguntar da máquina. Mas as respostas são vagas, sempre nas mesmas desculpinhas, pedindo pra ligar em uma semana. E tem mais: me pediram uma vez para contatar a loja onde entreguei o equipamento e discutir a respeito do recebimento. A atendente praticamente me passou uma bronca, falando sobre a importância de que eu buscasse o equipamento assim que disponível para que este não retornasse para o centro de reparos... Suspeito que isso seja algo que eles falam pra todos clientes, para dar uma esperança a eles de que o equipamento vá chegar em breve. Porque não há sentido algum em me pedir que ligue no centro de serviços, já que tudo estava perfeitamente combinado, eu seria contactado quando o equipamento chegasse. Trata-se de uma manobra diversiva em minha opinião. Recomendo que quem ouça esse papo-furado no futuro reaja de forma negativa.

Passada mais de uma semana do primeiro contato no setor de qualidade, período em que me comunicaram que seria finalmente realizado o conserto, não obtive notícias. Liguei de novo, e desta ver ouvi uma nova desculpa: seria falta de peças para o reparo. A atendente não quis buscar saber para mim qual seria esta peça em falta, depois de (aparentemente) ter ligado lá uma primeira vez. Recomendo que quem ligue busque fazer essas perguntas mais específicas, pra descobrirmos o quão real é esse atendimento.

Eu tenho uma grande suspeita de que não só minha máquina (e eu) está sendo tratada com desprezo, como toda essa central de atendimento seja uma grande mentira, uma grande encenação de um processo de manutenção muito diferente do real. Acho que, na melhor das hipóteses, minha máquina ficou parado em algum canto escuro, e só foi encontrada após o primeiro contato do setor de qualidade, e não está aguardando peças, e sim tempo de algum estagiário boçal que vai tentar reparar minha máquina formatando o HD, e não vai conseguir.

A HP me parece ter muito telemarketing e pouco técnico, e muito chefe pra pouco funcionário. Mas trouxas pra se submeterem a este tratamento lamentável, como eu, parece ter de sobra por aí.

Estou aqui no aguardo. Da última vez que liguei, hoje, 30/09/2008, me falaram que faltam peças, e ainda que tratarão meu caso com grande urgência. Uma contradição, já que não há urgência que supere uma falta de peças. Ainda me disseram que a máquina seria estudada em dois dias, mas que devia ligar na próxima segunda, daqui a seis dias... Que aritmética é essa?

Eu gostava muito da HP, mas essa manutenção foi um show de desrespeito... Não estava esperando ficar satisfeito, mas eles definitivamente passaram dos limites do aceitável, com folga.


Baixa és tim má

Vivemos num mundo dominados pelos "homem de negócios". Pessoas que deixam o Donald Trump satisfeito, "correndo atrás" das grandes mamatas. Essas pessoas me fazem morrer de raiva todo o dia umas três vezes pelo menos, quando detecto que alguma de suas sábias decisões tornou o mundo um lugar pior de se viver, na minha modesta opinião. Ou na minha modesta existência de ser humano menos importante do que os outros, que não habitam como eu aquele lugar temível: o rabo da gaussiana.

A última decisão destas bestas odiosas foi a seguinte: na excitante parceria TIM - Asus, a empresa está vendendo aparelhos da outra já com uma porção de vantagens extras. Vem num pacotão um eee pc, um minimodem e um plano da TIM pra você usar esse computador com acesso ilimitado através da rede de celular desta.

Achei muito legal essa promoção. Em primeiro lugar porque isso vai desafiar aquela empresa suja que tomou de refém esta cidade: a vex. Outra criação malignamente maquinada pelos tais "homens de negócios", os mentores sinistros de um plano diabólico para infernizar a MINHA vida e dificultar MEU acesso (e de outros ciganos eletrônicos) a redes wi-fi nos estabelecimentos comerciais da cidade...

Em segundo lugar, porque adoro o eee pc. Estou louco pra ter um. A de 7 polegadas mesmo, velhinha, com pouca memória, que seja. Essa máquina me deixa muito mais entusiasmado do que qualquer macbook ou iphone.

...E uma das razões da minha simpatia pelo eee, (de forma alguma principal razão, já que minha avaliação primeira é do hardware) é que a ASUS lançou ele pensando em rodar Linux. Usaram Linux sem nenhum receio, sem pudores desnecessários... Simplesmente foram lá e fizeram a máquina do jeito como tem que ser, com liberdade, sem o temor bizarro que levam as pessoas a insistir em lançar a máquina com aquele selo de aprovação da Micr_soft: "designed for wind*ws".

Parem pra apreciar um pouco isso, gente... Selo de aprovação. Quantos produtos, objetos você vê no seu dia-a-dia que contém um "selo de aprovação" de uma empresa? Uma coisa é controle de qualidade da empresa, outra é fiscalização do governo, ou outras entidades, e.g. de proteção do meio-ambiente. "Selo de aprovação" que nem esse do Bibill é diferente. Só que se você vê um selo de aprovação do George Foreman numa grelha elétrica, você acha engraçado. Mas por algum motivo quando se trata de computadores e notebook, as pessoas pensam diferente, elas exigem a porcaria do selinho de aprovação do Bill Gates...

Bom, a Asus se permitiu fazer uma máquina sem pensar nisso a princípio, fazendo simplesmente uma máquina sem ter em mente já a venda casada. E a máquina era linda.

Aí começaram a comprar, e a tascar lá o wiuqomz XP por causa das inúmeras necessidades incontornáveis que elas têm em suas vidas, e que as prendem de forma irredutível a este SO... O que eu posso fazer? Ajudo as pessoas a experimentarem alternativas o quanto possível, mas se um cara optou de vez, vai lá e instale, oras, não tenho nada com isso. Aproveite que a máquina não foi "designed for Linux", e que computadores são estes dispositivos incrivelmente versáteis e flexíveis, onde se podem tentar instalar diferentes SOs.

Aí entra o homem de negócios. O homem de negócios reparou que aqui no Brasil só "pega" windows. W1nd0w5 XP. Ele sabe que todo mundo quer o eee, e quer com o tal miupoms xp. Aí faz contactos, troca cartões de visita, ligações de blackberry, transmite planilhas do celular, e tals. Aí criam o plano: vender esse produto novo, com menos empecilho o possível. Bota o sistema que "todo mundo combinou usar só esse" pra pegar a maior fatia do bolo, e deixa o resto do bolo morrer de fome, paradoxalmente.

Estou me referindo aqui a uma questão muito bem retratada por Raulzito. É o lance do sapato número 34. Eles decidem que, pra facilitar a vida deles, tem que ser tudo igual, tem que ser uma configuração só de computador pra reduzir custos de coisas como manutenção, atendimento das pessoas, distribuição, etc etc etc. (Muitas vezes defende-se isso dizendo que é uma indispensável economia de escala, e que assim ajuda a levar o serviço a mais pessoas, e se não fosse isso, ah, aí seria elitizado...)

Aí então lançam o super lindo pacote: Asus eee pc com minimodem, plano da TIM e WIND*LS XP instalado. E não existe alternativa! Vejam bem, este é que é o ponto. Não queria que fosse monopólio de Linux, mas sim que vendessem a máquina, e o plano, mas facilitassem pra que se use a máquina e o serviço com o software que o usuário desejar.

Tem uma coisa que acho engraçado é como que o Windonz aparece como intruso nessa história toda. O eee vem (vinha?) tradicionalmente com Linux, então não é de se esperar ver o XP assim fácil. Mas a TIM só anuncia como sendo uma parceria apenas "TIM ASUS" e não "TIM ASUS Maicownosoft"... Porque o terceiro parceiro não é explicitado, se a campanha toda dá uma super atenção pro fato da máquina vir com esse sistema produzido por eles, e que teria um grupo de usuários super fãs de olho nele?

(Eu digo um motivo pra isso. Eles gostam de dar a impressão que o sistema operacional é uma coisa tipo o processador ou um pente de memória RAM, um verdadeiro "componente"... Eles só se identificam juntos da Intel, mantendo a famosa dobradinha vencedora.)

***
Isso poderia ficar por aqui, só rotineira raiva da máquina só ser oferecida com Windogs, mas não. Mas eles não se contentaram dessa vez em simplesmente erradicar a idéia de um sistema diferente daquele com selo de aprovação do William Gates terceiro, que não é à toa que é o homem mais rico do mundo. Não, dessa vez eles resolveram que além de simplesmente tomar as santíssimas decisões de negócios, eles iriam FALAR MAL de Linux. Iam CACETAR. Olha o tipo das coisas escritas no site da TIM:

O netbook vem com o dobro de memória RAM dos netbooks ASUS EeePC 701 comercializados no mercado, vem com Windows XP ( versus Linux do original ) e com o mini modem incluído.


O dobro de memória RAM, pra quem não sabe, é que de outra maneira o Ruíndolls não ia rodar nem a pau. Mas a questão aqui é outra: Eu pergunto: quem escolheu, e o que exatamente estava pensando, quando colocou a palavra "versus" ali em cima? Não é uma palavra meio forte? (Nada é mais importante aqui nesse blog do que chamar a atenção a este tipo de coisa, o uso de palavrinhas específicas nesse tipo de texto publicitário mais elaborado, encharcado de retórica.)

3. Por que o valor do modelo EeePC comprado na loja da TIM é mais alto do que os vendidos nas redes de varejo, que custam em torno de R$ 1 mil?
O modelo EeePC oferecido em parceria com a TIM conta com memória de 1GB, enquanto os demais possuem apenas 512MB. Para esta oferta, o sistema operacional do equipamento é o Windows XP, que apresenta mais recursos do que o Linux implantado no outro modelo. Além disso, a oferta do EeePC adquirido nas lojas TIM inclui o minimodem USB no pacote de dados TIM Web Ilimitado, com velocidade de 1Mbps.


Sinceramente... "apresenta mais recursos"!? Que babaquice. Que coisa superficial, puramente agressiva e desprovida de substância. A que recurso se refere? Será o clipinho animado que auxilia os usuários de word a executar os wizards pra fazer coisas complicadas? Ou será a capacidade de ler os formatos de arquivos proprietários e cheios de segredinhos da Microshoft? Ah, talvez o recurso de aleatoriamente te jogar numa tela azul de GPF, igual o iPod shuffle clama deixar sua vida melhor tornando-a mais imprevisível.

Wimdons sempre vai apresentar mais recursos, porque o software proprietário é difícil de ser portado pra plataforma Linux, (talvez com o wine, mas eu não mexo com isso). Existem obstáculos tanto técnicos quanto legais. Enquanto isso programas livres e abertos podem ser portados bem mais facilmente pras plataformas proprietárias. Assim é natural que existem "mais recursos" do lado de lá das janelas.

Mas quem é que quer saber de "mais recursos", gente? Você tem que se questionar sobre isso. O que importa é ter os recursos que você precisa, oras. Eu pessoalmente preciso de emacs, gcc, octave, python, mozilla, elinks, zsnes, gimp, bitlbee, bitchx... Ah, e APT pra baixar todos esses pacotinhos!... E atualizar os tais "recursos". É uma lista que fiz pensando no que uso no dia-a-dia, diferentes pessoas farão diferentes listas.

Cada um cada um. Questione-se!... Saiba que cada um você é. Não pense em "número de recursos", quanto mais melhor, mas sim em atender o que você requer.

É que nem TV a cabo. Falar em número de canais é enganoso, na prática tem poucos canais com que você realmente importa, e que você realmente vai ver, ou vai vir a gostar. Claro, você os tem que ter à disposição pra vir a conhecer, e eventualmente mudar de opinião... Mas tem gente que já conhece bem seu gosto geral.

Bom, chega. Só informo ainda que o enviado do capeta que vem encarnado na máquina da TIM trata-se do "Sistema Operacional Wi***ws® XP Home Original", e que existem várias "funcionalidades" oferecidas pela máquina, como microfone, USB, wi-fi e "áudio de alta definição" (???). Outra funcionalidade anunciada é:

Instalação de softwares corporativos padrão W*ndo**®


Que blábláblá, "softwares corporativos". Leia-se: triunfo do tomaládácá dos homens-de-negócios.

Falam em "padrão" como se fosse POSIX. Não se compara, desculpem.