2008/02/09


Proposta para um mapa-mundi mais bacana

Todos leitores deste blog já ouviram falar, ou são requeridos a ouvir falar, na campanha contra a projeção de Mercator.

Esta projeção anacrônica deforma o globo de uma forma muito intensa, e pior, imperialista! Os países ricos e colonizadores do topo do hemisfério norte ficam grandões, e nós, os colonizados subdesenvolvidos do equador, ficamos pequenininhos... O Alaska e a Groenlândia aparentam ter o tamanho do Brasil, enquanto somos um punhado de vezes maiores do que estas áreas.

Esta visão deformada do globo é favorecida pelos gringos, principalmente nos EUA. Muitos deles acham "mais natural" usar essa projeção, e ela se perpetua numa realimentação... (as pessoas aprendem av er o mundo assim, aí começam a de fato ver o mundo assim, e a ensinar os filhos a ver o mundo assim)

Por essas e outras, intelectuais revoltados do mundo-da-lua que nem eu, que travam lutas quixotescas como contra o teclado QWERTY et cetera, fazem campanha para a abolição deste mapa feio de nosso cotidiano. Alternativas seriam... Sei lá, várias lá que aparecem na Wikipedia, pesquise e divirta-se!... :) (Winkel Tripel e Richardson são algumas das favoritas)

Enfim, hoje me ocorreu uma idéia...

Ao definirmos uma projeção, estamos necessariamente definindo quais distorções causaremo nos formatos dos países, e cada projeção busca uma distorção que desagrade menos em determinados quesitos...

Os "projetistas" de projeções trabalham mexendo em parâmetros de fórmulas matemáticas, tentando minimizar as intensidades das distorções causadas... É basicamente um problema de otimização de uma função altamente não-linear!!... E em geral se considera distorções de formato e de área, mas sempre mantendo o meridiano de greenwich e o equador no meião da figura.

O que eu me perguntei foi: será que se a getne não parasse de impor isso, não obteríamos mapas melhores??...

Alguns mapas já tentaram coisas "audazes" assim antes, como aquele mapa que divide o globo nuns gomos bizarros. Mas sempre se preocupando com isso de deixar o "0,0" no meio. Mas será que para simples visualização não era melhor a gente tentar inclinar o globo um pouco?

Talvez colocando o pólo norte mais pra baixo, a gente consiga afastar os continentes do norte das bordas do mapa, deformando-os menos. Aqui no sul tem menos problema, porque estamos mais afastados do pólo sul...

Queria ver como ficam as projeções de Peters e Richardson e as outras (inclusive a própria Mercator) se a gente fizer isso...

Se uma justificativa geográfica for necessária, a gente pode tentar inclinar pelo ângulo da inclinação do eixo da Terra. Vamos fazer um mapa em que o meio é a área iluminada pelo sol no solstício do meio do ano!!... Ao invés de termos o Equador no meião, seria a linha em que o Sol passa pelo meio do céu, tocando o trópico de câncer...

A idéia é explorar a assimetria natural da disposição dos continentes pra minimizar as distorções...


Devaneios sobre interfaces e sistemas operacionais

Hoje saiu no slashdot um punhado de artigos interessantes remotamente relacionados...



O que essas coisas tem em comum é a questão da distância entre as discussões sobre que programas e SOs utilizar, e como as coisas realmente acontecem...

Como o próprio Linus diz aĺi, na hora de conversar existem inúmeras teorias e argumentos, mas na hora do "vamo ver" muda tudo. Na prática a teoria é outra...

Nesse primeiro artigo, uma das reclamações do cara tem a ver com o menu do Exploder... Isso me fez lembrar de uma coisa que percebi uma vez. Ninguém sabe ao certo o que mostrar ou não numa interface gráfica. Algumas pessoas acham que a prioridade no projeto duma interface gráfica é OCULTAR coisas. Pegar tudo que parece "difícil", e esconder do usuário.

Outros como eu adoram a possibilidade de colocar pro usuário tudo o que é possível fazer. Isso ajuda a pessoa trabalhar, porque se ela não sabe bem o que fazer, pode ir fazendo coisas aleatórias e ver no que dá. Em interface de texto isso é mais difícil, vc tem que ficar dando "help", mas nem assim... Aliás, não sei porque esse povo "ocultista" não ama interfaces de texto, já que não aparece NADA, então devia ser a mais fácil de todas, né???...


Claro que a "resposta" na verdade está no meio termo entre esconder e mostrar todas as opções (ou, como diz aquela nossa opção favorita dos menus do windows: "TODOS os programa"). Claro que a respsota é uma interface estruturada de uma forma que as opções são ou menos visíveis conforme elas são amis ou menos necessárias a cada instante.

E é aí que entra o problema. Quem vai ter saco / paciência de fazer essa interface "matadora"? Ninguém. nenhum usuário tem paciência também pra ficar configurando interfaces modulares. E aposto que um programa de machine learning que tentasse otimizar uma interface também falharia...

Porque?: Porque simplesmente não existe "ótimo". Ninguém sabe ao certo o que quer.

Sabe outro domínio em que exsite um sofrimento semelhante? Na tal programação orienta a objetos... Meu ídolo, Bjarne Stroustrup, fala sempre sobre criar expressões sintaticamente simples para operações mais simples e mais eficientes, a serem beneficiadas, e expressões mais complicadas pra cosias q nós queremos que os programadores evitem. Mas quantas boas bibliotecas vc já viu / usou por aí? Passei por muito poucos momentos da minha vida em que vi expressões que achei assim, "poéticas"... Ninguém tem paciência pra definir essa tal linguagem / biblioteca maravilhosa. É mais fácil usar nosso poder de adaptação humano usando uma interface sub-ótima...

Ou seja, fala-se muito, e faz-se pouco. Em parte por preguiça, e em parte porque essa coisa perfeita que estamos procurando não existe.

***

Algo similar acontece no mundo político do software livre. No começo da entrevista do Linus eles falam sobre Linux no terceiro mundo. Não entendi o que ele quis dizer... Até onde eu sei, o Linux e outros softwares livres são MENOS utilizados no terceiro mundo do que no primeiro. É um fenômeno de causas complexas... Usa-se menos do que se podia / devia, mas ainda fala-se muito em Linux sendo utilizado por pobres.

É a mesma situação, existe a idéia, a boa idéia, mas não dá muito certo, em parte por preguiça de se fazer o que tem que ser feito (tanto pelos programadores quanto pelos usuários), e em parte o objetivo que se quer alcançar nem existe, ou está sempre mudando.

***

Fala-se muito em comparação entre programas, em "funcionalidade" das coisas... (ao mesno tempo fala-se em ocultar a funcionalidade das coisas pra manter tudo simples, mas...) O que as pessoas não falam é sobre o verdadeiro problema que existem em utilizar um computador: quando as coisas NÃO FUNCIONAM. Ninguém fala bem sobre os problemas de se instalar e atualizar programas, e na verdade este é o cerne (o "kernel") da questão!!...

Eu sempre falo: na engenharia a gente passa 10% do tempo estudando como as coiass funcionam. Os outros 90% é analisando o que acontece quando as coisas não funcionam. Na computação é tipo isso. A gente fala muito sobre as cosias funcionando, ma so trabalho em se "instalar" algo, é porque existem problemas, e estas coisas não funcionam direito.

Por isso não tem sentido comparar windows com linux com sei lá o que. A gente tá comparando coisas que funcionam, e quando a coisa funciona, todo mundo tá feliz. O problema é quando as coisas não funcionam. E que justiça existe em comparar os problemas? Cada problema de cada pessoa em cada distribuição é uma coisa diferente, única, incomparável. Problemas são singulares... Mesmo porque problemas freqüentes e parecidos e simples são rapidamente resolvidos pelo programadores e usuários, e deixam de existir rapidamente.

Por essas e outras a "computação autonômica" tá vindo aí... Vamos ver se vai pra frente......

Enfim... Só queria chamar a tenção pra isso... As pessoas falam como se tudo fosse simples, mas na hora do vamo ver, todos programas são incompletos, sub-ótimos, mal-feitos... Pro trabalho que Realmente Importa todos sistemas são igualmente ruins.


Muslim Chinese martial arts - Wikipedia, the free encyclopedia

Muslim Chinese martial arts - Wikipedia, the free encyclopedia

Vai pro blog ou não vaaaaai???

Achei isso procurando informações sobre os vários povos muçulmanos que existem na China...

2008/02/06


Análise de forma e conteúdo de um debate vexativo

Andei debatendo com uma pessoa anônima a respeito do problema do vex. A pessoa tentou me explicar porque que o vex "precisa" ser daquela forma, e porque meu desejo em ter acesso "livre" a wi-fi seria algo inconcebível.

Meu debatedor, entretanto, pareceu não entender meu desejo. Eu só quero acesso da mesma forma que obtive no meu último mês de estadia em BH. Lá eu pude acessar a Internet através do Café com Letras, Café Vitrola, Quinta Avenida e Pátio Savassi... São no mínimo quatro pontos "quentes" da cidade oferecendo "hot-spots" livres. Porque em São Paulo isso é algo tão estranho, marginalizado pela hegemonia do vex?

(Como podemos ver no post anterior, entretanto, São Paulo parece ter sim alguns pontos de acesso livre. Seriam os cafés Suplicy, além da pça de alimentação do center 3... vou testar algum dia.)

Eu estou falando em acesso "livre" pelo mesmo motivo que o RMS sempre insiste em não chamar software livre de gratuito. É claro que tem algum custo. No mínimo, o custo do consumo de energia do roteadores, o custo da instalação e manutenção, e o custo do "provedor" de banda larga...

Só que ao meu ver, do jeito que eles anunciam tudo, o vex seria uma empresa realizando um serviço "gratuito", que eu imaginava ser pago pelos donos de cada estabelecimento da mesma forma que estes mesmos também pagam por tudo no caso dos hot-spots livres, e o acesso do provedor seria enfim algo pago por cada usuário.

Eu tentei conversar com esta pessoa colocando as coisas desta forma, e sua reação foi sempre

O vex não pode trabalhar de graça, as coisas tem um custo disso disso e aquilo


Tem várias coisas ocultas sob essa insistência em dizer que é preciso haver cobrança dos usuários...


  • Em primeiro lugar, preciso dizer que é claro que não quero que ninguém trabalhe de graça! E como engenheiro eletricista eu quero mais é que funcionários desta empresa recebam muito bem. Minha crítica é sobre essa forma de cobrança dos usuários que é extremamente burocrática, e de certa forma até elitista, porque dificulta o acesso de pessoas que não possuem telefone fixo, TV a cabo e outras benesses da classe média.

    Isso de sugerir que eu queria que eles trabalhassem de graça é na verdade uma técnica de debate infantil pra fugir da convers, de distorcer completamente o que eu estava dizendo fazendo parecer que eu defendia alguma idéia absurda. Como você conversa com uma pessoa que faz isso?..

  • Agora, sinceramente: que grande custo é esse que eles tem? Se existe uma característica marcante na tecnologia sem fio é o barateamento da instalação e manutenção. A pessoa me falou uma hora que "precisa ir um técnico lá, passar o fio". Falou muito bem: "O" fio!! Antigamente tinha q fazer cabeamentos absurdamente trabalhosos, tanto de rede quanto de energia. Hoje é só botar o AP lá e pronto. E um AP relativamente moderno não consome mais do que 20W. Menos do que uma lâmpada PL.

    Vamos falar e comparar os tais custos de manutenção e isntalação: Uma coisa que me espanta é o McDonalds. Eles se esforçaram muito nos anos passados pra colocar aqueles quiosques em seus estabelecimentos, com máquinas desktop ligadas por fio e dando acesso livre à Internet. Só pedem pras pessoas fazerem um cadastro. Como pode ser aceitável que esse mesmo estabelecimento que financiou tanto trabalho pra dar Internet livre agora se conforme em oferecer um acesso sem-fio que obriga os usuários a saírem contratando provedores previamente?? Era pra ter só facilitado a coisa pra eles: O acesso sem-fio gasta menos do que o que eles já fazem hoje, é mais fácil de administrar e nem requer a disponibilização de máquinas. Porque diabos eles deram um passo atrás no último componente, que é o efetivo acesso "banda-larga" à rede mundial de computadores?...

  • Quanto a essa banda larga, eles tb insistem muito em falar sobre como ela é larguíssima, e o acesso tem uma qualidade excepcional, e isso tem seu custo. Chega dessa ladainha, vai. Eu quero um acesso mais-ou-menos, só pra ler e-mail... Não preciso fazer download de 700MB a 50KB/s no Starbucks.

  • O vex está empregando uma técnica de debate empresarial moderna que eu chamo de "dividir-se para conquistar". É quando, por exemplo, a microsoft a HP e a FNAC se unem pra ficar jogando a culpa das coisas de uma pra outra. Ninguém sabe pra quem você deve recorrer pra falar sobre a licença de Windows que já vem instalada na sua máquina.

    Eles, na hora de fornecer o serviço, falam super claramente que se tratam de três partes, o estabelecimento, a vex, e os "provedores". O pagamento seria apenas lá pro provedor. Mas na hora da discussão eles dizem que "nós" não podemos trabalhar de graça. Mas como assim? Achava que o serviço da vex não fosse cobrado, que o "provedor" fosse uma outra história... Inclusive, eu já fui em vários lugares, liguei meu computador, e vi a janela de login deles. Ao meu ver, o serviço deles de oferecer um AP está funcinando, e foi grátis. Porque eles falam como se eles fossem receber algo por esse meu pagamento ao provedor!?!?!


A conclusão a que estou chegando é a seguinte: fui vítima de uma ilusão que a vex seria um "intermediário" independente oferecendo acesso... Eu até achava que os estabelecimentos pagavam a vex pra instalar a aprada (pensando ser parecido com o que ocorre em BH, por exemplo), mas agora tou começando é a suspeitar que as empresas não pagam não, e se bobear tão até RECEBENDO pra deixar o vex tomar conta da área deles.

O que deve rolar é que a vex é controlada por um cartel de provedores de Internet (se é que não é mesmo só uma empresinha "de fachada", fantasminha). A esse cartel interessa que só exista acesso pago, e caro, e por isso jamais veremos a vex permitir o uso de algum provedor muito barato.

Eles falam que "não podemos trabalhar de graça"... O que eles não podem é quebrar o acordão do cartel monopolizador!!... Quando a vex fala que tem que ser pago, estamos na verdade ouvindo a voz dessas empresonas, tipo a Oi e a Embratel, que estão querendo fechar a torneirinha da Internet. Eles não cobram o quanto custa, eles cobram o quanto vale. Cobram o quanto as pessoas agüentam pagar, o quanto essa elite de ricos paulistanos se dispõe a pagar, pra depois ficarem lá com seus aipod-tutch falando assim: "ai, é caro mas eu acho que vale super a pena viu, é super cômodo".

***

Agora, pra fechar, só queria lembrar que existem não só pequenas empresas que dão acesso wi-fi livre, como existem sim pessoas que "trabalham de graça" fazendo isso. Um caso famoso e peculiar é a magicbike. E eles falam como se fosse algo absurdo e inconcebível, um paradoxo... Não é não, cara...


Sampaist: Wi-fi de graça em São Paulo

Sampaist: Wi-fi de graça em São Paulo

Parece que esse pessoal conseguiu compilar algumas possibilidades para acesso wi-fi grátis aqui na urbe impiedosa...


Paradinha do google pra ver o resultado das eleições

Vamos ver se funciona!...

2008/02/05


Voto de fio, e rede sem-cabresto

BH está prestes a montar uma grande rede sem-fio (Wi-Fi / Wi-Mesh / Wi-MAX etc. Uma rede sem-fio metropolitana). É o projeto BH Digital, e diz q a rede vai ser administrada pela PRODABEL. (Toamra que eles usem Linux pra tudo!! ele tem meu respeito neste quesito...)

O projeto é uma parceria da prefeitura, do PT, com o governo federal, do PT, passando por cima do governo estadual, do PSDB. Não é linda a democracia inclusiva petista?

Existem boas razões pra BH ter sido escolhida... É uma cidade nem grande nem pequena, tem uma boa infra-estrutura já pronta... Relevo bizarro... Mas não é meio feio isso do Governo Federal pegar uma cidade pra montar uma coisa dessas? Meu medo é isso ser que nem, por exemplo, o lance dos deputados saírem fazendo leizinha pra levar ambulância pros eleitores dele. O governo federal não tem nada que fazer projetos desse tipo, elegendo uma ou outra capital com prefeitura do PT pra ganhar uma obra maravilhosa dessas.

Que dinheiro é esse? Que escolha foi essa?... É direto do orçamento da pasta??? Ou é algum "fundo da democratização digital"?... Ninguém mais se candidatou??

Ouvi falar que o governo de Minas também tá com um projeto parecido, mas o plano é oferecer acesso pra todos municípios, benefiando os pequenos. Isso vem no espírito do lance de isentar de ICMS pra aumetnar a cobertura de celular. E é pra todo mundo, não é parceria com esse ou aquele município com prefeito "companheiro". Tem que montar um fundo, um manual de instalação, etc... E ir atendendo todo mundo junto...

Mas vá lá, claro que pode partir uma cidade na frente... Não faz sentido esperar pra entrar várias cidades junto enquanto uma delas já começou o trabalho sozinho, e é sempre bom fazer um teste em uma primeiro. Mas tinha que ser bem a maior capital brasileira com prefeito do PT, e a bem a capital do estado do Ministro das Comunicações?... Desculpe, mas não tá cheirando bem.


Notícia do governo
notícia na computerworld


Mjolnir, e tabus gráficos

Mjolnir - Wikipedia, the free encyclopedia

Acabei de descobrir de onde tiraram isso de falar que cruz de cabeça-pra-baixo é uma coisa do capeta. Olha só nessa figura o formato islandês (c) do pingente do "martelo-de-Thor"...


Serviço de utilidade pública: comparação de provedores para usar com o vex

Entrei lá no site da vex, na sessão de provedores associados, e acessei todos os sites um a um, pra comparar e escolher um pra comprar. Aqui vão minhas observações sobre cada site.




AJATO:
Antes de mais nada, a URL no site da vex tá errada, falta uma barrinha...

No site tem escrito assim:
velocidade | preço
mensal | R$24,90

Obviamente não é o que eles queriam dizer. Não fala no site sobre limites. Link
"saiba mais e faça seu pedido" não tem nada de wi-fi. FAQ não tem nada sobre
wi-fi. Atendimento on-line não "atende esse serviço"... Será q não aumenta depois de 3 meses??...

BIAC:
Único produto que pude ver foi um tal "linha personal", com um limite de "tráfego de D/U" de 450MB. R$45,00. Site cheio de flashs...

CTBC:
"NetSuper Wi-Fi", R$35,90 mensais. Não fala sobre limites.

Claro wifi:
R$60,00. "Acesso ilimitado".

Correio web:
Não parece ter conta específica pra wi-fi...

Oi:
Para não-assinantes, R$34,90 mensais nos 3 primeiros meses, e depois R$44,90.

Opções de cartão, com "tempo corrido":
1h -> R$10,00
2h -> R$15,00
24h -> R$25,00

...O que é um "crédito" pra comprar, é o cartão?? Não entendi.

Embratel:
Não consegui achar nada

Picture:
No site fala q tem , mas não fala quanto custa nem como contratar

Secomtel: Site todo em flash!??! AHAHAHAHAH!!!!!

Speedmax: Site não fala sobre wi-fi... É só ser cliente speedy, ou esse acesso telefônico já dá?

Telecorp: Cai num site escrito "produto não encontrado". Não encontrei informações no site.

Terra: R$24,90 três primeiros meses, e R$49,90 depois (suporte on-line). O site não menciona limites.

UOL: R24,90 3 primeiros meses, depois R$49,90 (que criativo...) Fala q é ilimitado.

Uai: Só para assinantes "HighUai"... R$39,90 primeiros 3 meses, depois R$48,90.

Velox -> oi?!?!...

Wifi Connect: não achei nada no site.


Difamando a difamação

O conceito do crime de difamação porta em si o sentimento imperialista, clientelista, sectarista e outros istas de que a população é uma grande massa de manobra que sai acreditando no que este ou aquele "doutô" disseram neste ou outro jornal, TV ou qualquer outro meio de comunicação.

Difamação só pode existir se vc considerar que a população acredita piamente no que um ou outro meio de comunicação lhes disse. Assim tipifica-se o crime de "lavagem cerebral indevida", ou "exploração ilegal da ingenuidade popular".

O que precisamos não é combater a possibilidade de difamação pela Internet, mas sim criar uma população crítica, raciocinante. tornar impossível a "difamação" pelo simples motivo que o povo vai deixar de ser massa de manobra na mão das grandes mídias, e se tornar apenas cidadãos sendo informados por ferramentas intrinsecamente falhas, que é máximo que se consegue ser nesse mundo.

Não temos nada que criar leizinhas pra dificultar a difamação pública, mas sim lutar para que isto se torne um problema menor.

2008/02/04


Vexação digital paulista, ou a bacia convexa.

São Paulo vive hoje vítima de um certo "provedor de acesso wi-fi para estabelecimentos comerciais" chamado vex.

Essa empresa trabalha assim: eles instalam pra você o roteador lá (um "AP", que permite pessoas entrarem numa rede IEEE802.11 local), e esse equipamento vai fornecer pros seus clientes o acesso sem fio. Sei lá como o comerciante paga eles lá pra administrar isso... Acho que paga só uma instalação, mas não sei. O que importa pro comerciante é que ele "tem wi-fi" ou "tem wireless" ou "tem AP" no negócio dele (cafés et cetera).

Só que não é que nem tantos lugares do planeta em que você chega com sua máquina e sai usando. Não é que nem, por exemplo, o Café com Letras em BH. Lá vc chega com seu dispositivo, e sai usando numa boa. No shopping Pátio, no Savassi, vc chega lá e sai usando. Seja no café do segundo andar, seja no T.G.I Friday's, é só sentar e usar, e pedir um cafezinho pra não ser cara-de-pau. No Vitrola tem que pedir a senha pra eles, mas aí é tranquilo. No quinta avenida tb, é só entrar e usar (mas não pode usar a tomada que o segurança briga com vc). No status eu vi q tem rede, mas não sei como funciona (não é liberadão, mas talvez tb seja só pedir senha)

De qqr forma, em BH, ali na Savassi, tem X lugares onde vc pode ir e usar a Internet numa boa. Passei uma mês lá agora, e o Café com Letras foi meu escritório. Ia lá todo dia usar a Internet (eu tinha q terminar 3 artigos, mais um poster...) Ia lá direto, usava a Internet sem problemas, largava uma quantia absurda de dinheiro, mas ficava totalmente satisfeito.

Aqui em São Paulo, querido, a coisa não funciona assim...

Passei semanas, meses ouvindo falar sobre o tal Starbucks que ia abrir, e por algum motivo estranho, uma das coisas que mais se ouvia falar do tal Starbucks é que ele ia ter Internet sem fio. (Como se fosse tão absurdamente inconcebível essa idéia em qualquer outro estabelecimento.) Quando comprei meu maravilhoso Compaq v6210br, fiquei louco pra ir lá entrar na Internet.

Qual não foi minha surpresa que descobri que o acesso era via o tal Vex... vexaminoso. O Fanz (nas FNACs) é a mesma coisa. O café boca al lupo perto da casa da minha namorada, mesma porcaria.

São Paulo vive vítima desses caras. Não tem um cafezinho que não tenha se rendido a eles. Não dá pra ser um hacker feliz nessa cidade sem contratar os serviços de alguma das porcarias de provedores filiados ao vex...

Entrei no tal site querendo contratar algum. Nem pensar garoto. Ou o acesso por wi-fi é na verdade indireto, vc ganha o direito por causa de outros produto mais complexos que vc adquiriu, ou então é simplesmente caro demais.

Tenha dó, pagar 30, 40 reais por mês pra poder ler e-mail no shopping no final de semana? poupe-me! poupe meu dinheirinho!!...

***

Eu moro numa toca sombria e selvagem. Não tenho TV a cabo, não tenho speedy, não tenho c*isa nenhuma. Não tenho planos de celular mirabolantes de claro, vivo ou oi da vida. não assino Estado de Minas (vá lá, eu assinto a Nature). Mas eu também existo, pô! Mas eu não tenho vez em São Paulo. Tenho notebook, tomo cafezinho gourmet, moro por aqui, mas ainda assim foi decidido que eu sou parte de um segmento da população que não merece passar pela "complete wireless experience" em São Paulo. (complete wireless experience é pegar seu notebook e fazer alguma coisa com ele, śo na bateria, usando a Internet, e tomando um cafezinho ou equivalente. É de falto algo emocionante que todo homem contemporâneo precisa experimentar.)

O que o vex faz é efetivamente elitizar o acesso wi-fi nessa cidade. Aqui não é qqr jacu com um notebook ou aipod-tutch que sai passeando pela pela urbe entrando na Internet. É só a "nata", ou a "panna" como se diz no starbucks.

Eles são um instrumento de alargamento do digital divide, ou "digital gap". São imperialistas contribuindo para a opressão social, a sociedade de castas.

Isso anda na contramão do telefone celular pré-pago, por exemplo... Coisas assim.

***

E tem mais, lá no starbucks é bonito e tal, tem sim um climinha bacana, mas hoje pedi um café e não achei muito bom não. (o muffin eu confesso que tava ótimo). Das outras vezes achei que o café tava uma porção generosa praquele preço (3,00, com chantily/creme/panna...) O mesmo que eu pagava me outros café em campinas, por exemplo. Mas hoje testei, pedi numa xícara, e veio numa xicrinha minúscula, absurda!!!... Onde já se viu? E tá 3,10 ainda.

Tomara que surja logo por aqui uma reação, com a fundação de novos cafezinhos, melhores do que o Starbucks, e com Internet sem-fio liberada. Paulista bem gosta desse negócio de "reação". Estou vendo já o "café MMDC"...


Depois fala que mineiro é caipira. BH tá anos-luz à frente de Sampa em termos de cafés e de Internet sem fio.

Os cafés de São Paulo são só esses lances meio mcdonalds aí. Ou é megastore, ou é chicoroso e elitista, ou é um buteco copo-sujo escroto. Isso é são paulo... Não tem nada que lembre a boa Savassi... Cada dia aqui é menos mistério pra mim porque a vida em BH gira em torno daquela minúscula região da cidade.

Sabe um lugar que tinha wi-fi que não tem mais? O Standcenter. Tinha lá, tudo OK... Aí bem quando comprei o notebook parou de ter. Agora não tem mais é o próprio Standcenter. (tá fechado desde antes do Natal)

o vex contribui pra mais uma letargia nessa cidade. Dizem que são paulo é "caótica", mas é mentira, essa cidade é letárgica. É tudo parado.

As ruas asfaltadas, as vias para o veículos automotores, são promessas de deslocamento veloz, promessas de transporte industrial futurista, mas o que acontece é o engarrafamento, tudo parado, alagado, amontoado. As pessoas vão rastejando pelas ruas como montes de folhas secas sendo empurradas pela enxurrada na sarjeta.

O vex é isso aí, uma promessa de tráfego de informação não-realizada. Zilhões de APs se espalham pela cidade, mas você tá ali com seu notebook (carro), mas não pode entrar, Não anda, fica parado. Aquela informação que deveria trafegar fica parada num sinal vermelho. Não pode estacionar porque não deu dinheiro pro tomador-de-conta.

Cadê o maravilhoso caos? Como vou poder pilotar o caos do mundo digital contemporâneo assim? São Paulo não é uma cidade Philogroky...

Vex é o vexame da democracia digital

***

PS: A "bacia convexa" é o seguinte: hoje fala-se muito em "convergência", e a convergência ocorre num sistema dinâmico onde há uma "bacia" de atração. Tudo que cai nessa bacia é atraído ("converge") pro centro. Em São Paulo a bacia é convexa, a convergência é pra marginalidade do atrator... (é portanto uma divergência...)

2008/02/03


Turismo nerd em sampa

Estou compilando os melhores programas pra se fazer em Sampaulo se vc for um geek nerd informático. Ontem descobri uma atividade ótima: Ir no cine IG, e instalar mozilla nas máquinas!...

As tais coitadas não tem absolutamente nada instalado nelas, só um Microsoft Exploder... Fui praticamente forçado a tentar instalar o mozilla. Ele reclamou, dizendo que eu não podia escrever no "Arquivos de Programas", eu simplesmente mandei instalar no c:\mozilla!!... Aí rolou total.

A máquina acabou assim: no menu "iniciar" só o exploder, e o "TOOODOS os programas" (minha opção de menu favorito da história da computação). Dentro do "TOOOOODOS os programas" apareceu lá o mozilla do lado do IE! :)

deixei rodando o mozilla, e vi umas 3 pessoas usarem depois de mim. Ficou faltando só instalar o flash e o java...