tag:blogger.com,1999:blog-17214069208480151592024-03-05T15:39:26.364-03:00Philogrokypilotando o caos digital contemporâneo...Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.comBlogger373125tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-73656767087560151602011-06-09T17:14:00.001-03:002011-06-09T17:14:19.213-03:00Cidade nova na cidade<div xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK5WbuTubn6XgkuQwneb6YKtAV1ueJkxNbg6_Q4yxJp4A7XeyNgyMP0I-Tm68WUYWhFz3nng3hgHbLRf1W3Z0aJGchmrp-VsArO4ECOljFN1P5d0AOXYxPVHlZrNOYm2m_JNmfrVkpb44/s1600/image-upload-23-757541.jpg"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK5WbuTubn6XgkuQwneb6YKtAV1ueJkxNbg6_Q4yxJp4A7XeyNgyMP0I-Tm68WUYWhFz3nng3hgHbLRf1W3Z0aJGchmrp-VsArO4ECOljFN1P5d0AOXYxPVHlZrNOYm2m_JNmfrVkpb44/s320/image-upload-23-757541.jpg"/></a><br /><span>Parece que finalmente vai abrir a Lanchonete da Cidade do shopping higi</span><br /></div>Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-15684364010385369372011-06-03T21:09:00.001-03:002011-06-03T21:09:43.199-03:00Dica quente<div xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGZdbw0vdz6gk4n1lFl1fflx4AQOFDhL2Euae2bnwKoLEOj96iCLoNm56qHpGPveoHDSfYePvQnaIisxZoFxqWpcmyOJWcdnbFi2vUDwFfyc6NAndoBcRu-kY2EUOj816lOJy-Fbxu9NY/s1600/image-upload-11-782109.jpg"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGZdbw0vdz6gk4n1lFl1fflx4AQOFDhL2Euae2bnwKoLEOj96iCLoNm56qHpGPveoHDSfYePvQnaIisxZoFxqWpcmyOJWcdnbFi2vUDwFfyc6NAndoBcRu-kY2EUOj816lOJy-Fbxu9NY/s320/image-upload-11-782109.jpg"/></a><br /><span>Caldinho de feijao no Fuad!</span><br /></div>Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-16208935057047724832011-05-19T18:36:00.001-03:002011-05-19T18:36:18.677-03:00Chegada em chegadas<div xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPsLcyR2zao4N2tOHeaEQykzBZS2uoRjNEQ_gSYCFCpXuKujMyHA_YM4hU9oRYSx01g3lEvdKx3Y6iRmNGjkT7x0TF8aH_VlAL-voss9SWyV4dvcIboZzPr7EBn_KmZN5TFRaQSgVxkyQ/s1600/image-upload-18-777851.jpg"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPsLcyR2zao4N2tOHeaEQykzBZS2uoRjNEQ_gSYCFCpXuKujMyHA_YM4hU9oRYSx01g3lEvdKx3Y6iRmNGjkT7x0TF8aH_VlAL-voss9SWyV4dvcIboZzPr7EBn_KmZN5TFRaQSgVxkyQ/s320/image-upload-18-777851.jpg"/></a><br /><span>Vim no gru hoje e flagrei a Astrid gravando o programa dela...</span><br /></div>Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-2002320018270167342011-05-18T22:00:00.000-03:002011-05-18T22:00:25.531-03:00A eternidade do quadradoImpressionado com a caretice expressa neste <a href="http://rodrigojames.com/?p=9570">post do jornalista de rock Rodrigo James</a>. Como não dá pra comentar no blog dele vou botar aqui meu comentário.<br />
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Meu, como você é quadrado! Se o Tico tá nos anos 60 você tá onde, nos anos 1920? Brasil colonial?<br />
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Não me importo com a música dele, mas essa sua reação é absurda. Ao tentar calar o autor você está dando pra música justamente a legitimidade que, não fosse a sua ação, ela não teria. Se eu ouvisse a música sozinha eu só ia achar boba. Ouvindo críticas ferozes como as suas eu tou achando super legal agora, quero mais que ele "quebre o seu sistema". O "buzz" quem gerou foi você com sua reação exagerada.<br />
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A letra é uma bobagem só, coisa de menino de catorze anos de idade. Mas qual é a idade do rock?... É certamente mais pra 14 do que a idade dessa sua postura reacionária, retrógrada. O pior ainda é tratar a música original como algo sagrado, profanado. Você deveria estar ouvindo canto gregoriano ao invés de rock. Volta pro quadrado imóvel do barroco mineiro, cheio de limo, e deixe as pedras rolarem aqui do lado de fora.Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-91720073483313417322011-04-24T11:43:00.001-03:002011-04-24T21:22:04.978-03:00Coxinha<div xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTIJPnSUa0wk_qrr_kT76j0P8SD2IZ586IHyf3ZlnKz1OwMhNDk9vjKmfsmUUIYCKuOKo69-T2BSOqle74Xxm-re0Mx8vodLhvqN5OIKq2XvZRuTxntNlwnE_2Q1vHkE0ekM9DjYi1fd4/s1600/image-upload-7-727630.jpg"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmBSnfi3E7hzq88QT40QrfYQAbfAS4kc-DS4cSesBHaM_VeRINAiKegGJ4A2RWkTZhbPMVxHHvwbzR_knAT3YDh4NG-4REi6C56e-67iB0E1mReHfmyKBkYJuJwSJxngyJW-lb_8U7JeY/s320/image-upload-7-727630.jpg"/></a><br /><span>As duas formas de se comer uma Coxinha. A certa e a errada.</span><br /></div>Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-77811012552511932952010-01-07T00:13:00.006-02:002010-10-09T22:34:45.940-03:00Avatar - Qual é a desse filme?Começo dizendo o de costume: esqueça tudo o que você leu sobre o Avatar em anúncios e na imprensa superficialista. Não tem nada de <span style="font-style:italic;">militar deprimito é transportado para um mundo fantástico</span>. Eu fui ver achando que era tipo uma versão roliudiana de Matadouro 5! Nadaver.<br />
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Eis a história: uma empresa mineiradora interestelar (RDA corporation) está explorando a lua Pandora, habitada pelos Na'vi que são gigantes antropomórficos azuizinhos. Eles entraram em confronto, como é de se esperar, e um grande número de ex-militares mercenários são recrutados para "lidar com o problema". Entre eles, o protagonista Jake Sully.<br />
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Os tais avatares são três corpos de Na'vi criados pelos humanos por engenharia genética , e aos quais humanos podem "se conectar". Não tem nada de onírico ou de "transformação", é algo bem simples. O operador deita num esquife de luxo, e "jack in" e pronto, começa a controlar o corpo e sentir as sensações do avatar. Cada avatar é feito sob encomenda para humanos específicos, e Jake foi chamado para substituir seu irmão gêmeo.<br />
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O detalhe é que Jake tornou-se um cadeirante durante sua carreira nas forças armadas. Ser milico o distingue ainda dos outros integrantes da equipe que cuida dos avatares, que são cientistas que estão estudando o planeta e os Na'vi, e vivem brigando com os milicos. A chefa dessa equipe de cientistas é a Dra. Grace, personagem da Sigourney Weaver.<br />
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Fui assistir o filme com poucas esperanças quanto à história, curioso apenas para ver as <span style="font-style:italic;">animações</span>, ou <span style="font-style:italic;">efeitos especiais</span> se você preferir. Mas fui positivamente contrariado nesses dois pontos.<br />
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Quanto à história, é melhor do que eu esperava (reforço que minha espectativas eram bem baixas). Merece crédito em primeiro lugar por se tratar de roteiro original, ao contrário do LOTR, Duna, Harry Potter, e quiçá Star Wars, concebido desde o início como uma super-saga, e se não me engano em formato meio narrativo antes de virar um roteiro de verdade.<br />
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O filme explora a questão da colonização e exploração insustentável de forma mais intensa e direta do que diversos outros filmes, tal como Duna ou mesmo o LOTR (Saruman é claramente um gigante industrial destruindo a natureza para criar seu império, que tem seu fim levado pelos Ents, que em momento inesquecível do filme libertam um rio represado). Avatar é candidato a tornar-se o filme de FC/fantasia definitivo sobre colonialismo e sustentabilidade, por excelência. James Cameron libertou seu Miyazaki interior quando fez esse filme.<br />
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Do lado épico, o roteiro é sólido o bastante. O protagonista é suficientemente complexo. Não digo que é uma maravilha, mas foge dos erros muito frequentes em outras produções atuais. O filme em geral me deixou satisfeito nesse sentido: evitar o tipo de imaturidade que tem me irritado muito, como aquelas cenas em que personagens deixam de fazer coisas que deviam sem absolutamente nenhum motivo a não ser dar raiva no espectador. Podia ser bem melhor, mas não me irritou.<br />
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Só tem uma coisa sobre o filme que me irritou bastante. Acho que em toda a produção rolou uma grande preocupação em deixar tudo "PG-13", ou seja, evitar violência e erotismo muito extremados. Diz até que tem uma cena de sexo Na'vi digital que cortaram do cinema, mas vai tar nos DVDs, o que comprova que a produção foi nessa direção, mas teve que ser contida...<br />
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O que me irritou mais especificamente foi que apesar das fêmas Na'vi andarem com muito pouca roupa, geralmente apenas um colarzinho de penas ou algum outro tipo de vestimenta hipócrita cobrindo os mamilos, essas roupitchas ficam todas <span style="font-style:italic;">coladas</span> ao corpo, não importa que movimento elas façam!! Achei forçado, me deu muita raiva. Se não podia deixar as índias gatas azuladas despojadas naturalistas e hippongas como deveria ser, que colocassem bikininhos nelas, mas cabelo e colarzinho de penas que não se afastam dos seios quando elas se reclinam ou dão saltos ornamentais, isso não deu pra engolir. Espero que os James Cameron se redima nos filmes vindouros (sim, porque é quase certeza que vão haver duas continuações). WE WANT ALIEN TITTIES!<br />
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A Sigourney Weaver tb podia aparecer saindos dos esquifer avatarianos usando aquela mesma roupa com que ela aparece no final do Alien. Ficou até meio bizarro ela deitar no negócio usando calça, e uma camisa por cima de uma camiseta!<br />
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Quanto à questão da tecnologia desbravada no filme: Não é nada demaaais assim. O filme foi todo feito na base do motion capture, o que não é novidade. Mas é bem caprichado, dá pra notar que a tecnologia está avançando bem. O que o JC fez de mais pioneiro foi utilizar lá uma câmera que ele mesmo inventou, e também trabalhar assistindo cenas renderizadas on-line, enquantos os atores estavam lá trabalhando. Isso deve ser bem diferente de sair "filmando" com todo mundo usando macacão verde e só depois ver o resultado. Eles também utilizaram uma parada nova pra capturar expressões faciais dos atores, e dá pra reparar no filme a boa qualidade das expressões dos Na'vi... Os atores todos dos filme me pareceram bastante competentes.<br />
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Devo dizer ainda que foi o primeiro filme 3D que fui na vida. Não achei graaandes coisas, e ainda fiquei meio confuso em algumas cenas. Estou com medo de que os diretores tão se preocupando demais em fazer cenas que são engraçadas no 3D... Vamos ver pra onde essa carroça anda.<br />
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Alguns outros pontos específicos da história me incomodaram também, mas nada demais. Enfim, assistam aê. Vale bem mais a pena do que, sei lá, Matrix...<br />
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SPOILER - SPOILER - SPOILER<br />
Não leia! conteúdo revelador!!<br />
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O que me deu raiva foi... O tanto de gente legal que morre! A Sigourney Weaver eu achei paia demais morrer, espero que ela volte como tipo uma entidade "virtual" assim num dos próximos filmes. A personagem da Ana Lucia, ops, digo, Michelle Rodriguez, também!... Nadaver. Isso é pra deixar o filme "mais adulto"?<br />
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Fiquei um pouco incomodado ainda com a facilidade do cara domar o Toru lá, e nele só virar Na'vi no final do filme. Acho que teria sido mais doido se ele tivesse virado já naquela hora que a Sigourney morre. Se ele tivesse lutado aquela batalha já transformado. Mas foi do jeito que foi...<br />
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Uma última coisa que me incomodou muito foi que mesmo depois do cara aprender a pilotar lá o pterodáctilo dele, ele continua sendo um americanão boçal. Ao invés de realmente entrar em união com o bicho lá, e pilotar pra valer, ele fica falando "voe pra direita! agora ande reto, voe direito!..." Nada a ver, era pra ee ter uma revelação zen-nirvana assim, mas ele continuou se comportando exatamente como um moleque americano pilotando um carrinho de controle remoto!!... É o sonho americano, poder dizer que passou por uma experiência oriental transcedental, mas continuar sendo um "mustang".<br />
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Mas imagino que muitos desses problemas sejam porque o filme é meio extenso, não tinha muito como "trabalhar" o negócio. Eu absolvo.Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-37016968147847127322009-11-29T01:47:00.005-02:002010-10-09T21:44:15.198-03:00wireless with strings attached: o contínuo e persistente vexame do wifi público em São PauloÉ pública e notória a antipatia que carrego pela Vex, empresa que oferece, aqui em São Paulo e outras cidades, um serviço de colocar pontos de wi-fi em estabelecimentos comerciais.<br /><br />Meu problema não é tão contra a empresa. Me parecem ser bastante competentes, e oferecem um serviço interessante. Eles são a princípio flexíveis, mas a forma como foram "absorvidos" pelo mercado é que me dá raiva. Portanto que fique claro desde o início: a culpa no final recai é sobre os empresários que contratam o vex, e sobre os próprios usuários.<br /><br /><a name='more'></a><br /><br />Precisei escrever este artigo hoje, depois de tanto tempo sem me manifestar, porque tive dois contatos com redes da vex hoje, um no shopping higienópolis, e outro no aeroporto de Guarulhos.<br /><br />A última vez que a vex estrelou aqui no blog foi quando um funcionário (aparentemente) anunciou num comentário uma promoção em que liberaram o acesso por uma semana. Eu nem falei nada. final, é tudo que eu quero, acessar wi-fi de graça. Eu até acho que usei, em um Franz Café... Mas aí acabuo a semana, voltamo pra mesma situação, e daí?...<br /><br />Eu confesso, andei meio balançado ultimamente, querendo assinar. Entre os motivos, o fato de que a rede deles parece estar crescendo, e se tornando mais confiável. Eu sei disso porque sempre vejo lá aquele nome na lista de redes quado tento achar alguma aberta, e medindo o valor de acessos de raiva médio que tenho tido ultimamente, sei que subiu o número de contatos. Ao mesmo tempo, não estou sentido que tenho encontrado muitos lugares com wi-fi liberado surgindo...<br /><br />O útimo lugar que entrei fi na cervejaria Braugarten, no shopping higienópolis, que é por acaso o único lugar em que já usei uma rede do vex que era paga pelo estabeleimento onde foi instalada, um serviço que apsar de oferecido por eles, é muito raramente escolhido pelos negociantes, que provavelmnte não vêem o valor.<br /><br />Mas não é o caso lá. Na Braugarten rola, e lhes digo que é um forte fator a me fazer considerar ir lá sempre que surge a oportunidade. Hoje fui, usei (só li twitter, nada demais, e minha namorada uplodeou uma foto do nosso almoço.) É tão legal, né?... Pena que aí, logo depois, a gente sai do lugar, não pega mais o sinal, e voltamos para a tristeza de ser ver imerso em sinal de redes restritas, entre elas as do vez, e ainda do Speedy Wi-Fi.<br /><br />Sou cliente Speedy, e acho que por isso já pude entrar algumas vezes pelo speedy wi-fi, mas não sei porque não fuciona sempre. Acho que foi uma promoção que já acabou, e como de costume não me convenceu, porque eu não quero contratar nenhum maldito plano de wi-fi! (Dizem que vai ter uma outra promoção em breve, vamos ver.)<br /><br />***<br /><br />Mas isso tudo é uma hitória comum. Eu queria contar era do aeroporto.<br /><br />Fui lá hoje acompanhar minha namorada. Estava interessado em testar o wi-fi la, porque da última vez que estive no aeroporto eu consegui entrar nma rede, acho que do Speedy wifi, e um amigo até usou para enviar um e-mail relativamnte importante (não-crucial, mas tb não era só conversa fiada). Nesse dia euconsegui usar a internet um tempo, depoi caiu a conexão quando entrei em um "ponto cego", e depois não consegui mais entrar. Não sei se o acesso foi uma falha de segurança, não sei se oi uma falha do sistema me impedir de entrar de novo, ou se foi mesmo uma amostra grátis inicial.<br /><br />Enfim, fui lá hoje, e primeiro fiquei feliz e ver um cartaz de "Wi-Fi zone" sem a logo marca da Vex. Sim, porque se você ver um com a logo, pode saber que não é nada de "Wi-Fi zone", trata-se de um local aonde eles estenderam seus tentáculos de cobre trançados. Mas quando não tem a logo, pode ser que seja verdade...<br /><br />...Só que não era não. O lugar "virou" vex! Tem ainda uma rede speedy wi-fi, e tem rede vex, igual no shoppin higienópolis tb, onde tem speedy num cantinho, e vex no resto (no resto de onde pega, pq tem muitos pontos cegos). E a pŕopria Infraero está contratando lá, mas pra dar acesso apenas a sites .gov.br.<br /><br />Depois de tentar e me frustrar, fui lá tomar um café. Café caríssimo, aliás, tão caro que se pudesse jogar mai sum real pra usar wi-fi por uma hora, eu era capaz de aceitar. Mas infelismente isso é impossível, né?... Mais uma frutração...<br /><br />Então tava lá esperando trazerem meu lanchinho, e fiquei nesses pensamento. Tentando por exemplo racionalizar, acha rum motivo de porque diabos a infraero limitaria a gov.br, porque eles achariam que isso é aceitável, e porque isso não seria, tentando imaginar coisas que são iguais gov.br num sentido, mas que não são, então isso esria errado. Mas é claro que isso tudo é perda de tempo, porque quem toma essas decisão não realment se importam com o tipo de coisa que a gente imagina nessas horas. Vendo isso, fui apenas me sentar de novo, e ficar fazendo o que faço nessas horas, ficar sentado, "brincando" de Internet, imaginando o que faria se ela tivesse no ar (obs: quando estou no ar eu brinco de imaginar o ue eu faria se a web não fosse a coisa frequentemente decepcionante que ela é...)<br /><br />Sentei-me numa mesa, próxima de uma mulher com um netbook HP. Ela parecia com raiva, e identifiquei-me muito com ela, pela raiva e pela máquina, pois eu recentemente terminei um caso que tive com uma compaq.<br /><br />Vi a raiva e pensei: "i. Ela está trabalhando off-line, tendo problema com algum programa. Baixa probabilidade... ii. Ela está trabalhando on-line ia 3G... Não, tb não. iv. Ela é cliente vex trabalhando on-line... Não. É sobrou só v. Ela está simplesmente querendo passar um tempo, talvez fazer uma ou outra pequena coisa não tão sem importância assim na Internet, mas tá endo que aqui só tem esse tal desses vex e speedywifi, não está conseguindo entrar, e está com raiva"<br /><br />Sentou-se à frente dela um acompanhante, e ela falou logo: "Eu só vou desligar a máquina agora porque a Internet é só paga. Absurdo isso, na América é tudo de graça."<br /><br />A indignação foi um sopro alimentador para minha chama de esperança por mais estabelecimentos com wi-fi público gratuito, e pela raiva contra o status quo do sem-fio que temos encontrado aqui em sampa. Ali estava uma companheira da "geração mobile" sentindo o mesmo que eu, a terivel impotência eletrônica de estar com a faca e quijo tecnológcs da mão, mas não consegui rasgar o maldito celofane emrulhando o queijo.<br /><br />Sim!!! Sim, amiga!!! Absurdo! Eu andava meio balançado ultimamente, mas é você que esta certa! Vamos boicotar esse povo.<br /><br />Eu vou no banheiro de restaurantes, do aeroporto... Uso água das descargas, torneiras, gasto papel, ligo secador de mão, bebo água de bebedor, gasto luz, gasto chão, jogo coisas no lixo... às vezes até uso uma tomada! Sim, tem muito lugar por aí que não encrenca se você usar uma tomadinha.<br /><br />Lá no aeroporto mesmo vi duas pessoas sentadas em bancos de espera trabalhando em notebooks no colo, ligados a tomadas do aeroporto! Não sei se estavam em 3G ou no vex, pelo que pude ver estavam apenas off-line.<br /><br />Libera esse wi-fi aí galera! Eu sou convidado a urinar num lugar, gasto água, ar condicionado, até ligo coisas na tomada, mas o wi-fi é essa coisa super controladinha? Não é pra ser isso não, é pra ser apenas mais um serviço público. Liberem! Liberem!!...<br /><br />E vamos fechar com mais um recado elacionado. Ô tio do 5a Avenida em Belo Horizonte! Libera as tomadas, pô!! No a avenida é engraçado porque lá a gente usa banheiro, ar condicionado luz _e wi-fi_, poque lá é um lugar progressista que libera wi-fi pros transeuntes... Mas não libera tomada!! Então fica esse exemplo pra qqr um que vier querer me dizer que é óbvio que wi-fi não é nada como, po exemplo, energia elética, porque nesse outro lugar é o oposto.<br /><br />Tem que liberar gente, em parte para a sanidade mental das pessoas. Pra gente não mais perder tempo com angústia, com ficar pensando "porqueee" com comparar Brasil com Estados Unidos... A mulher lá do HP quando começou a reclamar demonstrou que, com oeu, também ficou cismada com o negócio de liberarem "gov.br", e falou "ah, mas o site tal não é gov.br, mas também devia 'a princípio' ser liebrado"... Olhaí, essa outra pessoa também queimou o fósforo com o assunto coitada. Mais um cidadão, como eu perdendo seu tempo e saúde com ess estado das coisas.<br /><br />Tem que mudar. Revolução digital! Vamos bandalargar esse país (saudações Gilberto Gil!)<br /><br />Não tá funcionando. Eu vejo que o vex tá aí em pé até hoje, essas empresas parece que estão "se achando", mas gente, chega desse pensamento de século XX. Abrem essas portas pelo amor de deus, e nos deixem gozar as torentes de informação fluindo enre un e outros, que é disso que precisamos para crescer e multiplicar o que há de bom em nossas almas.<br /><br />Eu preferia muito mais blogar lá do aeroporto sobre qualquer assunto interesante ou desinteressante, do que "ter" que blogar aqui da minha casa sobre toda essa negação.<br /><br />Isso lembra o paradoxo da ditadura... Dizem que haviam vááárias peças de teatro trancadasnas gavetas, sendo impedidas pela ditadura, mas aí ela acabou e nao apareceram as peças... Talvez eu não blogasse era nada. Mas ainda assim era melhor do que viver nessa situação hein... Esse texto aui nem é grandes coisas, é? Não. Bom seria não me sentir precisando criá-lo.Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-30787746860226772132009-10-24T00:00:00.006-02:002010-10-09T21:43:11.750-03:00Bastardos InglóriosAcabei de assistir ao Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds), novo filme de Quentin Tarantino. Excelente filme!<br /><br />Tem tudo o que há de melhor em filmes do Tarantino. O roteiro é excelente, com personagens muito marcantes. Bem escrito, atuado e dirigido. E a história é complexa, envolve dois "núcleos" se alternando... Eu fiquei com impressão, pelos anúncios, que o filme era realmente focado nos tais Inglorious Basterds do título, como se fosse tipo um Comando Delta. O filme não é isso! Essa impressão é só a infeliz incapacidade, até impossibilidade, de se divulgar com facilidade um filme desses contando exatamente como ele é em toda sua profundidade. Não existe por exemplo a hitória da criação do grupo de extermínio. Quando eles aparecem no filme, eles já estão formados e prontos para a ação. E existem vários outros personagens relevantes além do grupo.<br /><br />Portanto, se você é um admirador do trabalho do Tarantino, e devido às propagandas bobas estava com medo de ser um filme menos elaborado do que todos seus anteriores, pode ir ver sem preocupação, porque trata-se de fato de mais uma pérola na coleção.<br /><br /><a name='more'></a><br /><br />Tem algo sobre o filme que eu havia pensado já antes de ver, e conferi: Tarantino fez o perfeito filme de "exploitation" da segunda guerra e do genocídio. Toda essa idéia de judeus se vingando matando nazistas sanguinolentamente. É perfeito! A subversão da coisa... O lugar perfeito pra começar o filme, que se revela depois ser muito mais do que isso.<br /><br />Daqui pra frente quero comentar aspectos do filme que podem "entregar" surpesas da história, então se você não quer saber nada, vá assistir <span style="font-style:italic;">agora</span> e volte depois pra ler.<br /><br />*** SPOILERS SPOILERS SPOILERS ***<br /><br />A primeira coisa que me chamou a atenção no filme, que eu não tinha a mínima idéia que havia antes de ver, são as inúmeras referências ao gênero western. O Tenente Aldo Raine de Brad Pitt, que aparece no trailer pedindo escalpos de 100 nazistas de cada homem, diz anteriormente que possui sangue apache. Existem ainda outras referências a índios americanos. E o mais importante: eles realmente tiram os escalpos dos nazistas!! :O<br /><br />Mais referências surgem ainda em outro excelente aspecto do filme: a trilha sonora. Não sendo nenhum especialista, só reconheci a música do Dólar Furado, mas outras músicas clássicas do gênero foram utilizadas no filme. O mais importante é que a forma como essas músicas se integram a esse "filme de segunda guerra" é magistral. Não é uma "colagem", é aquela coisa que o Tarantino sabe fazer, e acho que ele fez melhor ali do que em qualquer outro lugar. E eu fiquei especialmente bem-impressionado com o uso de Für Elise, bem no princípio do filme. Achei genial, parabéns ao compositor...<br /><br />Mas o filme não é apenas "um western passado na segunda guerra". Vários momentos do filme se destacam, como pequenos curta-metragens dentro do filme, como é típico do Tarantino. É o caso de toda a cena dos 3 soldados indo encontrar a espiã no bar. É uma cena atipicamente grande para um lugar pequeno e para um ponto não tão importante da história, mas onde se desenvolvem alguns daqueles aqueles diálogos memoráveis do QT, e momentos de suspense angustiantes terminados apropriadamente por jorros generosos de sangue.<br /><br />A grande extensão das cenas de suspense em geral me deixaram muito satisfeito. A cena no veterinário, por exemplo, é antológica. Merece seu lugar junto de cenas como o cara cortando a orelha do outro no Cães de Aluguel, e a injeção no coração no Pulp Fiction. Diálogos como o Aldo conversando com o alemão no início, além da cena inicial do filme também se estendem bastante. É trabalho de profissional! Hitchcock, "citado" em película, talvez apreciasse o trabalho se não estivesse inconvenientemente morto.<br /><br />Outra coisa que fiquei muito feliz de ver foi a presença de personagens históricos: Hitler e Churchill! Sem contar outros infames nazistas. Não tinha idéia disso quando fui ver o filme. Muito menos tinha idéia de que no final o filme se distanciaria definitivamente de boa parte de outros filmes da segunda guerra ao alterar dramaticamente os acontecimentos!<br /><br />E por falar em drama, que dizer do "núcleo Romeu e Julieta" do filme, Shoshanna e Fredrick? A história dos dois é muito interessante, tem muito o que se pensar ali... Mas por agora vou me limitar a elogiar apenas a excelente cena da heroína se arrumando antes de descer para a festa. Quando ela pega o batom na mesa, tive a nítida impressão de que se tratava de uma bala de fuzil. Logo a seguir ela coloca maquiagem fazendo uma "pintura de guerra" indígena, primoroso. E em seguida aparece carregando uma arma com balas de fato. Excelente cena, absolutamente "cinematográfica". Notei ainda como uma pereba que ela tem no seio foi bastante ressaltada pela colocação de um foco de luz, quando ela está na janela. GÊNIO!! O cinema de Tarantino traz "warts and all"!...<br /><br />Pra falar de "coisas mais profundas" do filme, me chamou a atenção as menções ao passado da América, com alusões a índios, escravisão, Marco Polo... O filme aborda discretamente os sentimentos de intolerância e ódio, de um jeito que gostei muito. É interessante pensar que Tarantino é famoso por fazer algumas cenas de violência "hard core", brutais e explícitas, mas está sabendo exercitar também a sutileza, cada vez melhor.<br /><br />Esse lance de falar do passado violento da América parece que é um projeto que o Tarantino está desenvolvendo pro futuro. Vou achar ótimo!!! Espero que seja um trabalho tão clássico quanto outro filme que aborda a questão com muita genialidade: O Iluminado. E vai ser depois que Tarantino realizou pra si o eterno e não-cumprido desejo de Kubrick de fazer um filme passado na Segunda Guerra...<br /><br />Não sei mais o que dizer... Talvez apenas reforçar um pouco como foram boas todas as caracterizações de personagens. Deve ser a primeira vez que Tarantino se aventurou em um território mais bem-explorado por outros cineastras anteriormente: não são os personagens usuais do "submundo" contemporâneo, mafiosos, criminosos, jovens "selvagens", etc. São pessoas como fazendeiros franceses e soldados, num ambiente histórico, até com _personalidades históricas_. Os ingleses!... O Mike Meyers!!!... Tarantino fez um trabalho muito bom. E todo mundo mais que trabalhou no filme, claro. Inclusive o "consultor de sotaque" do Brad Pitt.<br /><br />O filme é passível de sofrer várias leituras metalinguísticas. Não é difícil começar: o clímax é num cinema, que é aguardado por quase todo o filme, e o Göbbels é basicamente um personagem da trama. Mas não dou conta de entrar nisso agora, e talvez seja até muita areia pro meu caminhãozinho. :)<br /><br />Enfim, leitores... Acho que Tarantino talvez tenha acabado de fazer sua obra-prima.Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-35251555767023419252009-09-14T11:37:00.004-03:002010-10-09T22:00:24.439-03:00Brazil, oil and hybridsA little letter I sent to The Week Ahead, a podcast from The Economist...<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Hello,<br />
<br />
In the last show you said that hybrid cars have disadvantages over battery powered, "all-electric" cars. What exactly would that be? As far as I know hybrids are "the best of both w<br />
orlds" between battery and fuel based vehicles. Only problem might be related to production and marketing...<br />
<br />
Hybrids are a natural evolution for current vehicles, and an exciting one too. I have a hard time trying to understand the delay in its adoption, and often paranoically blame secret influences from oil companies who would dislike too efficient cars to suddenly take the streets. I can't understand, for example, why is it still so difficult to buy a Prius even after years of existence and success. What is wrong here?<br />
<br />
Speaking of long-term planning of oil use, as a Brazilian I was quite interested to hear the advice to follow Norway's policies for the exploration of natural resources. Where can I get more information about this?<br />
<br />
One interesting aspect of Brazil is that oil competes with our sugar cane alcohol, specially in cars. At the same time the oil exploration and the agricultural production are not exclusively related to energy, but also to the whole petrochemical industry and food production. It's a complicated equation!<br />
<br />
The future we should be aiming at right now is having hybrid cars powered by small and extremely efficient turbines burning dimethylfuran produced by renewable organic means. The efforts on batteries, hydrogen and solar vehicles are a bit of a time waste, in my most humble opinion...<br />
<br />
Thank you,<br />
<br />
++nicolauNicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-56491877603874868002009-09-09T14:51:00.008-03:002010-10-09T22:25:51.607-03:00Nomes de redes wi-fi por aíEste é um post com uma lista de nomes de redes wi-fi que coletei andando por São Paulo.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Desde que comprei meu N800 tenho andando por aí fazendo um "wardriving antropológico", coletando os nomes mais interessantes das redes wi-fi que detecto por aí. Adoro ver os diferentes temas e pensar o que levou cada pessoa a botar aquele nome. Eu aprecio até as escolhas dos caracteres especiais, maiúsculas, minúsculas e espaços, e por isso busquei transcrever os nomes com exatidão.<br />
<br />
Alguns nomes estranhos são simplesmente nomes de empresas, e perdem a graça quando você percebe isso (como a 'Tocco'). Neste caso busquei manter aqui apenas quando o nome parecia bem estranho por algum motivo (por exemplo, 'Galinheiro').<br />
<br />
Estas redes estão todas na região que frequento em São Paulo, ao redor da avenida Angélica, rua Teodoro Sampaio e campus da USP. Algumas pessoas talvez se sintam "invadidas", no sentido lato, por saberem que alguém fez isso (tomou nota do nome de sua rede). Outras provavelmente queriam mesmo chamar a atenção. Aos ofendidos posso apenas recomendar que configurem seus roteadores para impedir a transmissão do nome da sua rede, como eu faço em minha casa. Acho até engraçado como algumas redes ditas "privadas" por aí não são configuradas deste jeito! Mas se você quiser vingança, só mesmo mandando um e-mail pro senador Edward0 A-0-3do mandando me prender por crime de hackofilia.<br />
<br />
Muito poucas destas redes são abertas, a propósito, e fiquei satisfeito de ver que muitas delas utilizam encriptação WPA, que é bem mais forte do que o já antigo WEP, e dificulta assim a "invasão" no sentido estrito, usualmente associada ao verdadeiro "wardriving" de raíz.<br />
<br />
Lá vai a grande lista, categorizada. Divirtam-se! :) [textos entre colchetes são comentários meus.]<br />
<br />
<br />
<br />
[[Casas, apartamentos, famílias e grupos]]<br />
apewireless<br />
apmaia<br />
AP SÃO PAULO [onde mais será que essa pessoa tem apartamento?]<br />
Apto. Familia<br />
bruno_home<br />
cafofo<br />
Casa<br />
Casa Lisa<br />
casamarela<br />
cida_casa<br />
cunha_house<br />
ESTETER FAMILY NETW0ORK<br />
familia-GOLCMAN<br />
Galera<br />
gosztoniyfamily<br />
grupo<br />
Home [uma coisa meio Clockwork Orange]<br />
Loft<br />
My Home2<br />
novahouse<br />
Red Familia Lopez Roges<br />
redecasa<br />
Redehome<br />
republica<br />
susanacasa ['susa' acho que de 'sussa', sossego, 'tranks'...]<br />
Wireless Home<br />
<br />
<br />
[["Fulano's Net" e outros nomes com complemento]]<br />
Andressa 2009<br />
Ângelo Wireless Network<br />
Bucefalos_Net<br />
Cako Network<br />
Emilion-Hifi<br />
GusWiFi<br />
Jorge Network<br />
josemar [...]'s Network<br />
Livia2009<br />
MADY - BERNANRDES * WI-FI<br />
Magrosnet<br />
NET-Salete<br />
NEUZA_WLAN<br />
polarwifi<br />
Portela WiFi<br />
REDE DA SYLVIA<br />
Rede-Melli<br />
Shadow's Net<br />
Shari-HOME-Siemens [medo de substituir o default?]<br />
WBARBOSA<br />
wi-fi fang<br />
wifi-home-ferreira<br />
WiFi Network<br />
WIFIROSELI<br />
wi-fi sonia<br />
wifivisitor<br />
Wireless Dias Pinheiro<br />
WiRica<br />
<br />
<br />
[[Rede "rede"]]<br />
rede [essa só não é pior do que 'teste']<br />
REDE100<br />
REDECAOE<br />
Sem Fio<br />
UBWireless<br />
UsualNet<br />
Web Free<br />
<br />
<br />
[[Referências obras de arte e 'celebs']]<br />
Batman<br />
Capitu<br />
CarlaBruni [Única gostosa que detectei! Mostra bem o zeitgeist.]<br />
CHARLIE'S ANGELS<br />
Lost<br />
lucy in the sky with diamonds<br />
Monalisa [clássicos nunca morrem]<br />
MUSSUM [Mussum Forevis!]<br />
Strawberry_Fields<br />
The Joker<br />
<br />
<br />
[[Enigmáticas e descontraídas]]<br />
1+1=3? Corp.<br />
amigos [shopping higienópolis ???]<br />
Ahazagay [detectada numa loja na Benê. Ui!]<br />
bebop<br />
BIZARRA<br />
Borbs<br />
brocolis<br />
buguitos<br />
Calabresa_maluca<br />
Catapano<br />
clubedasmulheres<br />
couveflor<br />
crazy<br />
girls<br />
Izquizitos<br />
Laluna<br />
M_M_S_S<br />
METAPHISICA PRACTICA<br />
mindthegap<br />
mumia<br />
Mutante<br />
NewTchongas<br />
ornintorrinco<br />
Pe Seco<br />
putz<br />
RACIONAL<br />
Raia de Goye 01<br />
RICHARD PARADISE<br />
rongo<br />
ROSOLIA [nome próprio? aglutinação de sílabas? Ou 'rubéola' em italiano? ]<br />
Sítio Jóia<br />
Skema<br />
Sorriso<br />
TaradaNet [Rê Bordosa??]<br />
ventildorAzul<br />
Whisky<br />
wired-fun<br />
Yo Mama!<br />
<br />
<br />
[[Hackers, marginais e redes protegidas]]<br />
ASSHOLE<br />
cai_fora<br />
FreeForFew<br />
FUFORTRYIN ['fsck you for trying'?]<br />
protEKted-wiFi [esse é o mais 1337!]<br />
NotDefault<br />
Ratonet<br />
RevolucaoCubana [tentei várias senhas tipo "Havana59" e "che vive", mas não consegui entrar... :) ]<br />
Rede privada<br />
stormwarrior<br />
suspeito [muito suspeito...]<br />
TelmeAir-Private<br />
UndergroundResistance<br />
virus666<br />
XOMANO ['xô, mano'?]<br />
<br />
<br />
[[Empresas, profissionais e outras ocupações]]<br />
ADVOCACIA<br />
Auto Eletrico [mecânica em Pinheiros?]<br />
Banca Princesa [banca na pça. Marechal Deodoro]<br />
Cantral Radio Taxi 9999.9999 [ponto perto da USP, não peguei o número.]<br />
CentroVigil [acho que é uma loja no Largo da Batata]<br />
FARMACIA [farmácia na Vila Madalena]<br />
FMUSP - 178.133<br />
Galinheiro [provavelmente Galinheiro Grill, na Vila Madalena]<br />
Gamer [carinha deve jogar Quake Arena o dia todo!]<br />
HI DEF [detectada no Shopping Higienópolis. Stand da LG?]<br />
INTELBRAS [rede aberta na esquina da Vital com Eusébio Matoso, muito útil pra quem está parado no sinal]<br />
Musico<br />
pai<br />
Passionistas [convento e colégio na rua Cônego Eugênio Leite]<br />
profdirceu<br />
Renata - Arquiteta [tipo um cartão de visitas!]<br />
RESTAURANTE<br />
Tocco [loja de móveis pt 1 da USP]<br />
<br />
<br />
[[Endereços e salas]]<br />
101<br />
ACADEPOL_ALAS_7_8 [academia de polícia, pt1 da USP]<br />
ap<br />
AP103<br />
ap804<br />
ap806<br />
apartamento43<br />
Beto Madureira (Andar 2)<br />
CARDEAL [detectada na rua Cardeal Arcoverde]<br />
Casa10<br />
cyberrede_102<br />
Cyber_Rede_Apt60<br />
ines_ap72<br />
LINS - Quartos<br />
Nova Arco Verde [detectada na rua Cardeal Arcoverde]<br />
Primeiro andar Dlink [alguém teve medo de apagar o nome default]<br />
<br />
<br />
[[Nomes e apelidos puros]]<br />
Aaron<br />
artur<br />
Bernardo<br />
Berenice<br />
Bialzinho<br />
bryan<br />
Camila<br />
carolinebf<br />
Cassia<br />
cassio e deia<br />
Cris_Dani<br />
elisa<br />
emerson<br />
Fofinho<br />
Gabrieus<br />
gaspar<br />
genio<br />
GIMENEZ<br />
Gregorio<br />
Gui<br />
Juninho<br />
Kakinha<br />
Kanaan<br />
KIMY<br />
KOURNIKOVA<br />
laueclau<br />
LueGi<br />
lupinha<br />
Margarida<br />
Mota<br />
NETUNIA<br />
Nika<br />
orlando<br />
patricia<br />
PAULA<br />
Sergio<br />
TiaNanci<br />
Ulisses<br />
Valeska<br />
Zeza<br />
Thiagolino<br />
<br />
<br />
[[Misc]]<br />
CIBEPAR<br />
Desterro<br />
forrose<br />
futebol<br />
germanos<br />
guest<br />
Luz3 Wi-fi<br />
milan<br />
pettalas<br />
phoenicis<br />
PROMETHEUS<br />
SALOM [detectada em Higienópolis]<br />
salute<br />
Teleiza<br />
TELEIZA 2 [adoro incoerências tipográficas!]<br />
teste [OH NÃOOOOO!!! :( ]<br />
Tiberius<br />
Vita computer<br />
<br />
<br />
[[Equipamentos, nomes default e ISPs]]<br />
3Com<br />
belkin54g<br />
ConnectionPoint<br />
default [acho que estes são roteadores D-Link]<br />
dlink<br />
linksys<br />
NETGEAR<br />
Nextel<br />
Samsung<br />
TP-LINK<br />
Wi-Fi TIM<br />
vex [meus inimigos mortais. Wi-Fi to the people! Libera o wi-fi aí tioooo... :( ]Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-18719458382570346692009-09-01T00:31:00.004-03:002010-10-09T22:36:14.284-03:00Nokia N900 versus Apple Iphone 3gsLista de comparações do novo celular <a href="http://europe.nokia.com/find-products/devices/nokia-n900#/main/landing">Nokia N900</a>, que roda o sistema Maemo, com o iPhone 3GS. Baseado <a href="http://talk.maemo.org/showpost.php?p=316975&postcount=1">nesta mensagem</a>.<br />
<br />
Processador: É basicamente o mesmo em ambos, ARM Cortex-A8 a 600MHz, com ainda umas paradas gráficas (PowerVR SGX)...<br />
<br />
Memória RAM: 256MB em ambos, mas o N900 ainda completa 1GB com memória virtual (tem a ver com o multitasking, veja à frente).<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Tela de 3.5 polegadas. A do iphone é capacitiva, que é melhor pra usar com os dedos, mas menos precisa, impossibilitando o uso de um estilete (<span style="font-style:italic;">stylus</span>). O estilete é necessário para fazer reconhecimento de escrita, e ajuda bastante quem não pode usar os dedos --- se você está de luvas, por exemplo, ou se está com apenas uma mão e o aparelho apoiado na mesa, ou se não tiver dedos mesmo. Para algumas pessoas de alguns lugares do mundo isto é bastante desejável. O iphone tb é "tutti touch", você pode beliscar as bundas e bochechas das pessoas nas fotos à vontade!<br />
<br />
Resolução do N900: 800x480. Iphone: 480x320. Sem mais comentários. (Só uma nota, isso significa uma resolução linear 38% maior)<br />
<br />
Teclado qwerty físico "slide". O N900 tem um tecladinho "hard", o iphone só tem aquela pobreza lá na tela. Pessoalmente, nem nunca mexi num desses tecladinhos, mas acredito que pra algumas aplicações deve ser bem bacana. (Mas pra dizer a verdade eu defendo mesmo é que quem precise compre um teclado externo...) Pra joguinho deve ser bem legal usar o teclado.<br />
<br />
Câmeras: A do N900 tem 5 megapixels, ótica estribada, flash e o escambau. A do iphone tem 3.2 megapixels, e até tem um autofocus lá, mas... Basicamente o iphone quebra um galhão, e o N900 se pretende ser uma verdadeira "câmera que por acaso também é um celular e computador." As duas gravam vídeo tb, mas aposto que o codec do iphone é alguma coisa infernal, enquanto o N900 grava em MPEG-4.<br />
<br />
Tocar vídeo e música: O N900 suporta zilhões de formatos e codecs.<br />
<br />
Saída pra TV. Parece que ambos tem, mas no N900 seria só ligar um cabinho que (não tenho certeza) vem junto. No iph0ne tem que comprar lá o "cruz-cradle", sei lá como chama. Tb não sei bem a resolução que eles entregam nessa saída.<br />
<br />
Caixas stereo: O N900 é mais projetado pra poder ser utilizado como um aparelho de som mesmo. não sei bem se o som das caixas do iphone são stereo, ou qual a potência.<br />
<br />
O N900 tem ainda uma haste para apoiar o aparelho numa mesa. Faz parte da idéia de ser um mini-computador, e não um telefone estribado. Já vi aplicações pro iphone em que ele "pedia" algo pra ficar em pé... Bom, talvez a idéia seja colocá-lo então no tal "cruz-cradle"!<br />
<br />
O N900 tem transmissor FM integrado. Chega de sofrer ligando um transmissor externo ao seu aparelho!...<br />
<br />
Conector USB. O do N900 é uma porta normal, e imagino que seja até possível usá-la em modo "host". Dá pra carregar pelo USB tb, e transferir arquivos normalmente. O iphone tem basicamente uma porta USB aleijada, precisa de cabo próprio e só transfere arquivo se o Steve Jobs deixar. (E não me venham falar em jailbreaking...)<br />
<br />
Bluetooth. No N900 vc transfere arquivos livremente, e pode se ligar à Internet através de dispositivos (como celulares) que ofereçam acesso pelo protocolo. No iphone existem novamente restrições bestas que atrapalham sua vida. Atrapalha a minha, pelo menos...<br />
<br />
Desktop. O N900 oferece um ambiente ambiente de funcionamento de um computador comum moderno. Você tem um desktop de onde lança aplicativos, faz configuração, checa o estado do sistema, roda "widgets" e bota seu wallpaper favorito. O iphone é ali aquela pilha de ícones. tudo bem, tem gente que deixa o desktop do PC deles daquele jeito mesmo, mas pra quem gosta do contrário...<br />
<br />
Multi-tarefa. Seguindo a idéia de oferecer o ambiente de um computador de mesa comum, O N900 deixa vc sair abrindo aplicativos para rodarem simultaneamente, podendo passar de um pro outro quando quiser. No iphone só existe multitasking em aplicativos específicos escolhidos lá pela Apple... Você é frequentemente obrigado a usar os programas um de cada vez. Novamente, para alguns usuários talvez não haja problema. Mas contribuo para a campanha "liberte o power user dentro de você!"<br />
<br />
O N900 tem um armazenamento em flash interno de 32GB, e ainda uma porta pra cartão miniSD de até 16GB. Deve ser bem legal ser rico e poder tipo ter vários cartões!... Mas no mínimo é útil poder botar o cartão no micro pra transferir arquivos direto. O iphone só tem o flash interno dele lá, 16GB ou 32GB, nada de cartão.<br />
<br />
VoIP. O iphone tem lá uns aplicativos de skype e google voice, mas anda tudo incerto, atlso stress rolando na mídia. No N900 você deixa seu skype ligado numa boa enquanto trabalha. O Google voice funciona naturalmente, vc fica conectado lá e recebe chamadas... Tem só a questão do vídeo, essas duas empresas aí não tem facilitado pra implementarem videofone no N900. Mas existem outros aplicativos (como o Gizmo e o RTCOMM nativo do N900) onde isso é possível...<br />
<br />
Sistema operacional Linux. Pra quem se importa, é uma grande diferença... O iphone roda lá a gambiarra deles lá. Não tem a ver só com questões políticas e ideológicas não, é a questão da familiaridade com o funcionamento do sistema... O sistema do iphone é baseado em UNIX também, mas não é "um Linux derivado do Debian", isso faz bastante diferença. Pra quem se importa, claro. E mais do que isso, o maemo é em grande parte código livre.<br />
<br />
O browser do N900 é baseado no Mozilla, e é também super-legal, joinha. Pra quem se importa, o N900 tb tem lá um pruguin pra flash versão 9.4, enquanto o iphone não sei se já tem flash. Dá pra abrir o youtube no broswer. (Eu tento evitar isso, diga-se de passagem.)<br />
<br />
O leitor de PDF do N900 é super-legal.<br />
<br />
(Talvez o iphone faça algumas coisas que o N900 não faz, e eu não listei aqui. Por exemplo, eu sei que o iphone tem o poder de ter uma maçã desenhada atrás dele, enquanto o N900 só tem escrito "Carl Zeiss"... Pra quem gosta de maçãs mordidas essa é uma grande vantagem. Apreciaria comentários apontando mais pontos onde o iphone ganharia do N900.)Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-2816156756624425532009-08-23T13:25:00.002-03:002010-10-09T21:57:00.361-03:00Porco por lebreOutro dia me foi entregue um panfleto informativo lá na melhor universidade da América Latina que começava explicando: “A gripe Influenza A (H1N1) é causada por um novo tipo de virus.”<br />
<br />
Novo tipo de virus?!? Uma nova cepa, talvez? De onde tiraram isso daí de falar em novo tipo de virus? <br />
<br />
As pessoas tentam ser chique, posar como sério, mas são muito mais bem sucedidos na aparência do que no conteúdo. É muita forma pra pouca função. <br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<br />
O documento omitiu o nome “gripe suína”, e dá preferência a códigos tecnicóides tipo “H1N1”. Será que acharam o nome proibido uma coisa meio “gíria”, assim? Uma grosseria inventada pelo povão ignorante? Algo “anti-científico”?<br />
<br />
Quem quer pegar, ou mesmo combater uma “gripe suína”? Eca! Só de carregar esta referência ao animal mais estigmatizado de todos já dá aquele asco. Bom mesmo é uma “Influenza A”, olha que chique! E combate-se com o helvético Tamiflu, e álcool em gel, super modernos. Vira uma doença mais de rico, assim, tipo “mal de Alzheimer”, e ouras estrelas do Discovery Channel.<br />
<br />
Omitir o nome suíno da pestilência é o menor dos pecados, claro. Importante é a informação. Uma informação interessante é a ocorrência de uma<br />
<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/1918_flu_pandemic">pandemida de gripe suína em 1918</a>. Tá lá na Wikipédia. Quem poderia ler isso e continuar espalhando a desinformação de que um “novo tipo de vírus” nos ameaça? O vírus que tá rolando aí não é nem mais novo nem menos suíno do que este de 1918.<br />
<br />
Chiqueiro não é chique... O pessoal parece que tenta ser asséptico com as palavras, limpando a sujeira verbal, erradicando nomes pra ver se o vírus sente algum impacto. Mas a natureza segue se caminho, inexorável. Que importam minhas próprias reclamações? Só o que importa é lavar as mãos, evitar trazê-las ao rosto, comer bem, dormir direito, fazer exercícios e usar camisinha.<br />
<br />
O que importa é a saúde!...Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-91836968213827136522009-08-15T23:47:00.001-03:002009-08-15T23:47:57.616-03:00Arraste-me para o infernoExcelente o filme <span style="font-style: italic">Drag me to hell</span> do Sam Raimi. Cinco estrelas e dez caverinhas. Bem-feito em todos quesitos, aterrorizante <span style="text-decoration:underline">e</span> substancial.<br /><br />O filme é maravilhosamente old school, mas atual. Fiquei muito feliz de não ter nenhum fantasma de 'frame drop'. Mata a pau e a facão todos filmes de terror dos últimos 666 meses.Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-46196011442690742102009-08-11T22:33:00.006-03:002010-10-09T21:58:43.502-03:00Fixing msmtp to send mails via gmailToday I was going to send an e-mail using mutt, and received this boring message:<br />
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<blockquote>msmtp: TLS certificate verification failed: the certificate hasn't got a known issuer<br />
msmtp: could not send mail (account default from /home/nwerneck/.msmtprc)<br />
</blockquote><br />
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Yeah, it seems Google changed certificates again.<br />
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<a name='more'></a><br />
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My whole e-mail setup works just like it is taught by <a href="http://www.andrews-corner.org/mutt.html#ssl">this excellent guide by Andrew Strong</a>. I guessed I could just manage to get this new Google certificate somehow, then modify whatever is needed to be able to send mails again. <br />
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I ended up managing to solve it. I know very very little about certificates. I only know they are things that get in our way when we want to work... When I need security I use PGP in my end, and that's it.<br />
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I ran the commands in <a href="http://msmtp.sourceforge.net/doc/msmtp.html#Transport-Layer-Security">this manual</a>, and thought I needed to get a Google Internet Authority certificate. I even managed to download it somehow, but it didn't work.<br />
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In the end what worked was simply switching the tls_trust_file line in the .msmtprc file from the Thawte file to the Equifax one. So, following Andrew's setup, instead of <br />
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<blockquote>tls_trust_file /home/.../mail/certs/Thawte_Premium_Server_CA.pem</blockquote><br />
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it should be<br />
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<blockquote>tls_trust_file /home/.../mail/certs/Equifax_Secure_CA.pem</blockquote><br />
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And that was it. I hope it's the right thing to do, and that it lasts!... (It didn't!)<br />
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EDIT: Seems like this one breaked again. But our fellow anonymous reader found out that you can instead use the line<br />
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<blockquote>tls_trust_file /etc/ssl/certs/ca-certificates.crt</blockquote><br />
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and now you should never again need to do this embarrassing reconfigurations. Thanks for the great tip!!Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-21024611736789513352009-07-31T22:43:00.005-03:002010-10-09T22:37:43.267-03:00Código e FonteUm post especial sobre mais uma qualidade do N800 que não mencionei na última listinha de 10 pontos.<br />
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Nossos leitores provavelmente já conhecem nossa preocupação com a questão da tipografia, um assunto relativamente recorrente por aqui nos últimos tempos. A vantagem que queria mencionar no N800, é tipográfica!<br />
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<a name='more'></a><br />
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Não é nada assim como "existem 10.000 fontes instaladas", etc. É coisa boba. Acontece que o maemo, sistema que vem instalado no N800, usa primariamente a fonte da Nokia, uma fonte moderníssima, feita pelo designer fodão Eden Spiekerman com exclusividade para a empresa de Espoo. (<a href="http://spiekermann.com/en/nice-face-shame-about-the-ad">Post no próprio blog do sujeito</a> falando mal de um anúncio onde utilizaram sua fonte.) A fonte funciona bem nos dispositivos, especialmente em telas de baixa resolução como muitos celulares. (A resolução do N800, a propósito, é bastante alta, 225dpi.) Aí vai um par de screenshots pra quem não conehce a fonte em questão.<br />
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<img width="100%" src="http://s3.amazonaws.com/twitpic/photos/full/19359436.png?AWSAccessKeyId=0ZRYP5X5F6FSMBCCSE82&Expires=1249094804&Signature=feDqJ4y7%2BUwp0n%2B0R4XVyzZrNG8%3D"/><br />
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<img width="100%" src="http://dtrask.files.wordpress.com/2007/04/screenshot00.png"/><br />
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Ser bom pra telas é uma característica que as pessoas sempre debatem hoje em dia. Diz-se, por exemplo, que a fonte Arial é uma adaptação da Helvetica para parecer melhor em telas. Arial, nós, sabemos, é largamente odiada por ser menos uma adaptação honesta e mais um rip-off da Helvetica. Talvez por isso o pessoal culto e de bom-gosto da Apple escolheu Helvetica como a fonte principal utilizada no iPhone.<br />
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<img width="50%" src="http://wphoneplugin.org/wp-content/uploads/2007/11/snap_204649.jpg"/><br />
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Quer saber? Não curti! Sou grande admirador da Helvetica, mas não achei que ficou doido ali não. E comparado com essa letrinha da Nokia então, ahaha! que humilhação!!<br />
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Talvez por isso tenha gente por aí dando um jeito de mudar a fonte padrão do iPhone pra fonte da Nokia! (O que provavelmente viola não só a exclusividade da Nokia, como deve violar regras de uso de iPhone anti-jailbreak da vida.)<br />
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<img width="100%" src="http://www.modmyi.com/forums/attachments/file-mods/113721d1224512837-2-1-nokia-sans-s60-iphone-2-1-nokia-sans-s60-iphone-2.1.jpg"/><br />
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Poisé, normalmente eu gostaria de uma fonte livre, mas vou usando essa proprietária aí sabendo que é um bom produto. Já que eu paguei, né?...Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-49102897894129817692009-07-28T22:17:00.004-03:002009-07-29T10:25:13.829-03:00Sobre meu N800Meu tablete de Internete <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Nokia_N800">Nokia N800</a> chegou há quase uma semana. Ainda não sei se juntei experiência o bastante pra escrever um grande review matador, mas pretendo no futuro.<br /><br />Mas existem algumas particularidades dele que eu não tinha me dado muita conta antes de começar a usar, e que chamam ou que deveriam chamar a atenção das pessoas. Aqui vai uma lista de 10 "pontos" a respeito do referido tablete, o que ele faz e não faz, pra ajudar as pessoas entenderem melhor do que se trata, e talvez me dizerem menos que "eu deveria ter comprado isso ou aquilo".<br /><br />1_ Ele tem wi-fi. A idéia é ficar ligado na Internet o tempo inteiro, e por wi-fi que geralmente é rápido e barato se vc frequentar os lugares certos. O futuro não é mais apenas "mobile", é "mobile" e "always on". Celulares são "always on", esse produto, assim como outros da Nokia, pretendem explorar o "always on" que foi desbravado meio que inadvertidamente pelos celulares, e curiosamente não é um celular!...<br /><br />2_ Não é um celular. Poisé, que pena. Muitas passoas se espantam porque estão seguindo esse novo paradigma de que é legal ter um celular cebolão. Eu sou contra, quero um celular mínimo. Por exemplo, não quero que o uso do celular em uma ligação telefônica me atrapalhe em minhas outras atividades com o dispositivo, e pra isso o certo é que o celular seja um dispositivo independente mesmo.<br /><br />3_ Tem Bluetooth. Isso quer dizer, por exmplo, que vc pode usar um celular violento pra entrar na Internet através dele, se vc precisar muuuito entrar na Internet por celular. Dá pra fazer tudo mais que é possível com bluetooth tb. Usar teclados blutute, usar GPS por bluturfe, trocar pequenos arquivos, isso tudo aí...<br /><br />4_ Continuando nas conectividades, ele tem uma portinha USB que, além de te permitir ligar como dispositivo escravo no computador (normal...) tem uma gambi que faz funcionar como porta tipo "host", te permitindo ligar todas coisas USBs. Não sei o quão bem isso funciona, mas se aguentar ligar qqr tipo de coisa, como joysticks e o escambau, isso é beeem interessante.<br /><br />5_ Ele tem zilhões de aplicações, e tem uma tela enorme. É tipo um computadorzinho. Minha impressão é de que não é um celular que quer virar um computador, mas sim um mini computadorzinho, um netbook desidratado. Mas acho q não tem tantas aplicações quanto um iPhone da vida. Não posso julgar, não conheço o mundo os handhelds...<br /><br />6_ Ele tem um verdadeiro "desktop" quando vc liga. O funcionamento da interface é muito como de uma interface gráfica de computador mesmo, adaptado pra tela touchscreen, com menos restrições do que interfaces de celulares. Celular é muito modal...<br /><br />7_ Esse ponto é importante. <span style="font-style:italic;">O N800 é multi tarefa</span>, vc pode rodar x aplicativos ao mesmo tempo (a memória é meio pequena, mas dá pra fazer muita coisa). Tem "copiar" e "colar". Vc pode entrar num browser, copiar algo, mandar prum amigo via IM, e depois copiar a resposta dele e jogar num blogger da vida, sei lá. Dá pra ouvir música fazendo outras coisas numa boa. Ouvi dizer que tem telefones e outros handhelds por aí que não funcionam assim. Como viver sem isso??? Deve ser uma vida completamente diferente. E por isso ser algo tão diferente, a comparação do N800 com esses outros aparelhos começa até a perder o sentido.<br /><br />8_ O browser, baseado em mozilla, tem java e flash. Dá pra tocar vídeo no youtube. E também tem suporte a OGG, e outros aplicativos que só existem porque é uma plataforma de desenvolvimento bastante aberta. O dispositivo meio que caiu nas graças do público a queem era mesmo destinado: gente que curte Linux, e tem perfil de desenvolvedor. É gente que não se importa muito se um certo aplicativo não está funcionando direito, e gente que vai eventualmente resolver problema se ajudar toda a comunidade publicando a solução. Ou seja, ao mesmo tempo tem um pouco de "não é pra quem quer, é pra quem pode", e também "é pra quem quer coisas malucas que você vai ter que fazer pra vc mesmo".<br /><br />9_ Ainda sobre o universo de desenvolvimento e disponibilidade de aplicativos. Não existem polêmicas sobre o que alguém vai deixar ou não fazerem pra ele. E tem muitas bibliotecas similares ao que existe em desktops. É uma plataforma de desenvolvimento quase tão aberta e convencional quanto em computadores pessoais.<br /><br />10_ Pra completar 10... Nunca usei celulares "cebolão" nem maçãzão, não sei bem como é a experiência de ir usando ali o touchscreen com diferentes programas... mas estou muito feliz com a idéia de botarem os botões da esquerda ali. Tem o "d-pad", tem um botão que vai pro desktop, tem um botão pra abrir o menu do aplicativo e outros. Ajuda muito. Ah, e não vamos esquecer o suporte que te deixa apoiar o telefone numa mesa a 45 ou a 67.5 graus ((180-45)/2 = 67.5). Outra coisa que não poderia viver sem!!...<br /><br />Por hoje é só. Vou viajar hoje e aposto q vou passar a noite toda mexendo nele até acabar a pilha!!Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-62213020304702078992009-07-27T03:14:00.000-03:002009-07-27T03:17:52.478-03:00Formatos de arquivo e memórias flash(Um artigo meio extenso e pouco elaborado sobre formatos de sistema de arquivo e memórias flash. Pode ter uma ou outra informação interessante que eu não soube explorar com a melhor habilidade narrativa possível!...)<br /><br />Já se estabeleceu em nosso cotidiano o uso de memórias flash para armazenar arquivos. Pequenas e econômicas --- e caras --- elas estão em câmeras digitais, celulares, pendrives, palmtops, e mesmo netbooks. Dá até pra usar simplesmente como um disquetinho, se você tiver leitor de cartão em sua máquina.<br /><br />Assim como disquetes, fitas e discos rígidos, a memória é antes de mais nada um simples "depósito de bits". Existe um mecanismo de endereçamento que permite a você ler e gravar dados com certas restrições. Mas ninguém lida com essa coisas direto, geralmente as pessoas querem usar são os serviços ofereceidos pelos sistemas operacionais. Os SOs criam arquivos com nome e data e permissões, apagam os arquivos, gerenciam o espaço livre no dispositivo, e ainda tomam algum cuidado pra ver se houve corrupção da memória, e lidam com esses erros.<br /><br />Para fazer isso tudo é preciso antes decidir qual vai ser o sistema de arquivos utilizado na memória. Quando a gente formata uma partição está fazendo é isso, decidindo o formato, e eventualmente tomando as medidas necessárias pra inicializar essa memória, colocando lá algumas estruturas de dados iniciais pro SO trabalhar com aquele formato.<br /><br />Diferentes formatos de sistema de arquivos possuem diferentes características, e podem também ser mais adaptados para mídias com diferentes restrições. Alguns vão ser melhores para arquivos maiores ou menores, por exemplo, ou mais ou menos velozes e mais ou menos seguros. As características também incluem limitações aos tamanhos de arquivos e da mídia, e ainda aos nomes dos arquivos (número e tipo de caracteres.)<br /><br />Essa <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File_system_comparison" class="wiki">tabela na Wikipedia</a> compara vários formatos diferentes. Entre eles existem alguns famosos, a começar pelo FAT, programado com contribuições do próprio Bill Gates e utilizado por produtos da Microsoft desde então, além de inúmeras outras empresas.<br /><br />Um exemplo de como a formatação pode influenciar no espaço livre para armazenamento, veja <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Floppy_disk_format#Known_disk_logical_formats" class="wiki">essa outra tabela</a>. Compare os discos de 90mm... Uma primeira curiosidade é que inicialmente a Apple utilizava controle de velocidade, permitindo um melhor aproveitamento da mídia magnética, ao contrário dos outros leitores de disquete que utilizavam velocidade angular constante. Mas isso é outra história...<br /><br />Repare como que os disquetes de 90mm (3.5 polegadas) de alta densidade possuem tamanhos diferentes. O mais comum é 1440kB, mas o Amiga conseguia guardar 1760kB. No IBM-PC tb existia um macete pra conseguir 1680kB e 1720kB, que algumas empresas utilizavam pra distribuir seus programas e dificultar a cópia destes. Essa diferença de tamanho não é por causa de algo físico, como variação de velocidade de gravação, mas sim diferença na formatação dos discos. Um disco de 90mm não-formatado consegue guardar até uns 2000kB, dizem.<br /><br />Discos flexíveis são geralmente tosquinhos, e ninguém espera uma formatação sofisticada neles. Se puder haver mais espaço e velocidade, ótimo... No caso de discos rígidos pode ser mais desejável uma formatação que permita mais segurança. Quando a gente faz RAID, por exemplo, está indo atrás de redundância e confiabilidade (e velocidade, às vezes), e não espaço de armazenamento. É um comprometimento.<br /><br />A formatação FAT não oferece nada demais. Uma tabela centralizada localizada no início da partição anota a alocão de clusters de tamanho fixo para os diferentes arquivos. FAT possui alguns problemas conhecidos, em especial a fragmentação excessiva.<br /><br />Existem muitos formatinhos simples --- ainda piores do que o FAT --- por aí, utilizados em aplicações específicas. Um exemplo é o iso9660, ou CDFS, utilizado em CDs de dados. <br /><br />Um exemplo de formato mais moderno são os que fazem <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Journaling_file_system" class="wiki">_jounaling_</a>. Nestes formatos cada mudança aos arquivos é antes anotada em um diário. Se houver uma pane, a chance de você causar um erro sério ao seu sistema é bastante reduzida. Pode haver registro apenas de modificações aos meta-dados (nome de arquivos, etc), quanto dos próprios dados. O NTFS, por exemplo, é um formato que faz esse tipo de coisa. A principal diferença entre ext2 e ext3 também é o journaling.<br /><br />Existe também uma família de formatos chamados <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Log-structured_file_system" class="wiki">log-structured</a> que funcionam de forma bastante peculiar. Eles podem manter "vivas" versões mais antigas dos arquivos, que só vão se perdendo quando o espaço na memória acaba, e os dados antigos precisam dar lugar aos novos. Um formato baseado nesta idéia é o recente UDF, utilizado em DVDs e em discos óticos regraváveis (CD-RW). No mundo BSD também surgiu um tal LFS que segue a idéia. Existe ainda um conjuntos de formatos dessa família dedicados desenvolvidos especificamente para memórias flash: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/JFFS2" class="wiki">jffs2</a> e yaffs.<br /><br />***<br /><br />Agora chegamos ao assunto que na verdade me atraiu pra falar isso tudo. Comprei um cartão de memória (SD), e estou decidindo como vou formatá-lo. Eles vem geralmente formatados com FAT só porque as indústrias querem agradar os consumidores, permitindo a eles utilizar os cartões sem se preocupar com o assunto. E como a maioria das pessoas usa produtos da micros~1, eles formatam para eles. E o Windions suporta apenas o tal NTFS quando muito, e o arcaico FAT, recauchutado para permitir, por exemplo, nomes com mais de 8.3 caracteres...<br /><br />Mas parece que pra usar NTFS tem que dar dinheiro pra microshort, e o formato tb nem é tão popular quanto o FAT, que acaba sendo então a escolha. Mas os problemas não terminam aí, porque a empresa de Redmond resolveu que vai <a href="http://www.theregister.co.uk/2009/04/28/microsoft_tomtom_patent_review/">capitalizar em cima do formato</a>!<br /><br />Como não tenho muita necessidade em ser compatível com windows (uma pequena partição FAT16 provavelmente vai atender minha necessidade de ter que copiar arquivos da máquina dos outros de vez em quando...), estou decidido a não utilizar o VFAT com que minha memória veio formatada. A pergunta agora é: qual seria o melhor formato pra escolher?<br /><br />Os tais jffs2 e yaffs me parecerem a princípio ser a escolha ideal. Existe até um outro formato sendo desenvolvido pela Nokia, ubifs, também dedicado pra memórias flash. Só que aparentemente eles são direcionados apenas a memórias flash "internas", e não pra cartões... Cartões são desenvolvidos para se comportarem de maneira mais parecida com discos rígidos, e os formatos de escolha devem ser os que se usam neles. (Mas ainda estou confirmando a lógica disso.)<br /><br />Uma das características que um jffs2 teria seria gastar a memória por igual ao longo do tempo. Acontece que memórias flash vão se degradando conforme você vai escrevendo em um certo ponto, então é bom fazer esse gasto espalhado por toda a memória, evitando ficar escrevendo sobre um mesmo local, modificando um mesmo arquivo, por exemplo.<br /><br />Quando seu dispositivo é uma memória flash pura, o sistema operacional precisa vigiar esse tipo de coisa. Mas em um cartão de memória parece que existe um contrle interno que faz isso automaticamente, dispensando portanto o uso desses formatos de arquivo dedicados.<br /><br />Não seria portanto indicado utilizar formatos como jffs2 em cartões SD. Eu li inclusive que o jffs2 pode ser bem mais lento do que, por exemplo, ext2, além de ser pior pra mídias muito grandes.<br /><br />Outra característica de memória flash é que o problema da fragmentação não é tão terrível quanto em discos, já que não exist euma agulha que vai andando e lendo as coisas... Seria então um motivo a menos pra não utilizar FAT!<br /><br />A escolha fica portanto entre ext2, ext3, fat, hfs+, udf, ntfs, reiserfs, lfs... E as considerações principais devem ser velocidade e leitura, eficiência de uso do espaço e segurança, considerando que o cenário é uma mídia removível de estado sólido, onde fragmentação nãodeve ser problema, e a questão de realziar um gasto homogênio da mídia também não seria problema porque o cartão já cuida disso sozinho.<br /><br />Algo que podemos argumentar é que sistemas com journaling de dados vão fazer muito mais gravações do que os mais simples, e portanto vão gastar mais a memória. Mas talvez haja um ganho... Todos conhecem o problema de poder corromper o cartão se remover antes de tomar os cuidados necessários. Talvez o journaling ajude nisso.<br /><br />Acho que vou fazer um teste, portanto. Criar umas 3 partições, fat ext3 e UDF e ver o que acontece ao longo do tempo!... Reporto daqui a um ano. :]Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-66459199996373676932009-07-01T21:39:00.001-03:002009-07-01T21:39:22.165-03:00Porque São Paulo é inadequada para a ciência <div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'> <p> A cidade de são paulo é ruim para fazer ciência. Porque?</p><p>Dinheiro tem às pampas. Mas de que serve dinheiro? Dinheiro pra virar produto, pra dar resultado, tem que ser bem administrado e bem gasto. São Paulo, Sampa, a cidade de São Paulo, capital do estado homônimo, é entretanto cheia de gente <em>louca</em>. Gente louca não administra bem dinheiro, recursos e outras gentes loucas sob seu comando, e assim o tal dinheiro não é gasto onde deve.</p><p>Vamos começar do básico. A cidade é uma charada logística sem solução. O transporte é podre. Deslocar-se na cidade é uma tarefa hercúlea. Você tem que se ligar em coisas como horário do rodízio e estratégias pra evitar sequestro relâmpago. Tem ainda dois rios que cortam a cidade o que não ajuda em nada, além de avacalhar os caminhos possíveis, ainda fedem.</p><p>Façamos justiça ao metrô, faixas exclusivas e ao recente bilhete único, mas o fato de haverem coisas boas não significa que o resultado geral já é bom. Dizem, inclusive, que pela teoria o metrô paulistano já deveria ser bem maior do que é, porque senão a cidade ficaria desse jeito que é. Vamos ver se as obras aí desafogam. Quanto aos ônibus, São paulo continua tendo na minha opinião o 27o melhor sistema de ônibus dentre todas as capitais brasileiras.</p><p>O que isso tem a ver com ciência? Qualquer trabalho do tipo precisa que as pessoas possam "se distrair" um pouco. E precisa que haja um local onde haja um "ambiente de trabalho". Se você consegue morar do lado do seu ambiente, ou se torna sua própria casa nele, excelente. Não sei quem são os felizardos nessa cidade, talvez os vizinhos da favela São Remo. A região do portão 3 é tipo um gueto onde todos alunos da USP que vem de outras cidades são praticaemtne obrigados a irem morar. Se for o caso, e quem mora lá consegue ir e vir sem ficar irritado com as pequenas coisas estúpidas relativas ao transporte na cidade, então sou eu o louco por não ter entendido o recado e decidido vir morar no centro...</p><p>Poisé, o que mata são as pequenas coisas estúpidas. Um bom exemplo de fenômeno pequeno e estúpido que enche a paciência, e que vejo acontecer aqui em São Paulo com mais frequencia do que outras cidades que conheci é interrupção de serviços como águas, luz, gás e telefone. Não dá pra ser feliz... O pesquisador que tem que passar seus dias preocupado com pequenos incidentes do dia-a-dia como isso daí tem uma taxa de tempo distraído maior do que outros, não pode ser que não tenha um significativo impacto negativo.</p><p>Olha, eu era bastante zen antes de vir pra cá, capaz de ficar impassível frente a contínuas evidências cotidianas da estupidez humana. Mas perdi meus poderes mágicos. Agora eu vejo as filas que se formam pra pegar ônibus na frente da estação Marechal do metrô, e não consigo continuar pensando no meu problema da vez. Acontece que é um problema tão gritante que está aconetcendo na minha cara que é muito difícil negar e voltar ao problema que eu me havia proposto no meu trabalho. Tipo me liga um sinal de emergência assim: "Nicolau, esse seu problema é insignificante, não tem aplicação, não vai judar ninguém. Quem precisa de ajuda são essas 500 pessoas aqui na sua frente que estão tentando andar mas estão paradas."</p><p>Porque é assim o trânsito de São Paulo. As pessoas dizem que é uma "loucura", que é "caos", mas não é isso não. É letárgico, é tudo parado, inerte. Não é como água saindo de um esguicho de regar grama, nem o fluxo laminar que desejaríamos. É tipo uma gosma pegajosa fluindo em um cano tortuoso e flexível.</p><p>Enfim, o tempo do dia que você leva se deslocando pro trabalho e pra casa já é então uma "viagem perdida" que desanima trabalhar...</p><p>Aí vem o trabalho. As pessoas com quem você trabalha são um bando de loucos. Povo viciado em burocracia estúpida. Criam regras sem sentido só pra que existam relações de poder, sem se preocupar com a produção. O motivo das pessoas estarem juntas trabalhando é obedecerem umas às outras, é seguirem as regras.</p><p>As incessantes greves de funcionários tem a ver com isso. Eu já vi muita greve em universidade sim, conheço bem no mínimo a UFMG e UNICAMP onde estudei. Mas nunca vi lá greves como aqui. O clima da greve, os discursos... É tudo mais focado em política, em discutir quem é obrigado a fazer o que, em querer mandar nos outros, do que em falar sobre <em>trabalho</em>.</p><p>As greves são assim não é só por causa dos funcionários que organizam as rgeves não. Os chefes são uns loucos também. A comunicação é tortuosa. Os superiores são metidos e arrogantes. Eu li uma vez um texto acho que de Trotski falando sobre como a Índia havia conseguido fazeer a revolução que os libertou dos ingleses, mas não conseguira fazer a revolução que acabasse com o sistema da castas, e isso atrasava muito a vida deles. Não entendo nada da Índia (não tou acompanhando a novela), mas talvez a situação aqui em Sampa tenha a ver. A coisa não anda pra frente aqui porque tem tanta preocupação com poder, com determinar que casta manda em quem, quem são os bons quem são os que sobram. Santo deus, até as discussões sobre <em>futebol</em> aqui são diferentes do resto do Brasil. O jeito como os times vencedores menosprezam os perdedores aqui é diferente. Juro que é.</p><p>(Pode ser paranóia, mas esse texto é senão sobre minha percepção do mundo, você tire suas conclusões. Mesmo que seja verdade, eu viver essa fantasia é nocivo pro meu trabalho, e é no final o meu problema. Se viver aqui me faz pensar isso, então a culpa é da cidade do mesmo jeito.)</p><p>As coisas que eu já tive que passar aqui pra ter condições de trabalho... Você tem que "se virar" e "correr atrás" de tudo. Brigar pra deixarem você trabalhar. Comprar equipamento tem mais a ver com esbanjar sua grana do que com cumprir uma meta de trabalho. Eu já vi isso em outras universidades sim, mas acredito que este fenômeno tenha uma concentração especialemnte alta por aqui.</p><p>Laboratórios não procuram pessoas boas que possam ocupar suas vagas e produzir o máximo que aquele equipamento e pessoa podem. Não, são oásis em que se entra a convite do dono, ou boites exclusivas em que o fato de estar lá dentro é mais importante do que o que você realmente faz lá. Aquelas boites que lá dentro só vende assim vodka ruim a preço caro, tem música ruim e instalações ruins, mas como tá na moda você se acha o máximo porque entrou. Não é uma diversão "honesta", é só um lugar que você vai achando o máximo porque o número da boite no último ranking das melhores boites do mundo falou que aquela é a melhor da América Latina, ou então porque aquele é o lugar com a maior nota da revista Veja... E só marketing.</p><p>E a bagunça é tão generalizada que além dos problemas logísticos, e além do relacionamento difícil com seus colegas de trabalho, você ainda tem problemas pra se divertir!!</p><p>Sim, eu só estou escrevendo esse monte de coisa porque, além dos meus recentes problemas com luz, energia e telefone, e além da constante raiva com transporte, eu até hoje não me conformo com a dificuldade de tomar um bom cafezinho.</p><p>Nos finais de semana eu vou sim em alguns bons cafés. Mas perto do meu trabalho e da minha casa eu não consigo me satisfazer... Acho que jamais vou viver como nos meus tempos em Campinas, onde passava horas por dia lendo (e escrevendo) em diferentes cafés, num ambiente ideal. Eu não me sinto igualmente bem pra fazer esse trabalho nem em meus laboratórios, nem em casa. Tem que haver esse terceiro lugar. E aqui eu não acho.</p><p>Hoje tava lá numa padaria aqui perto de casa. Jantei e pedi um espresso. Tanto a xícara quanto o copinho d'água que vieram juntos (eu vou lá porque servem aguinha, então notem: não é qualquer botecão) estavam transbordando de alguma forma, tudo molhado. Assim como o choppinho que tomei. Mas tudo bem, que bobagem se preocupar com isso, né? Tava zen, numa boa, esbanjando meu dinheiro emprestado e vivendo minha burguesia reacionária e em recesssão na esperança de conseguir desenvolver finalmente na minha cabeça o cenpario completo do trabalho que preciso desenvolver nos próximos dias. Sim, estou aqui perdendo um tempo precioso tentando exorcisar esse assunto da minha cabeça agora e voltar pro trabalho...</p><p>Estava lá tomando café, sentado no balcão, conseguindo trabalhar mesmo apesar das conversas histéricas paralelas, da minha crise financeira pessoal e do serviço nem tão satisfatório. Aí vem um garçom / copeiro da padaria e pega meu copinho de água e joga dentro da minha xícara pra tirar, achando que tava vazio!!!...</p><p>Saiu voando café pra fora da xícara, fazendo do pires uma piscina negra. O cara diz assim "ah, achei que não tinha café mais. Ainda tinha?" Como assim "ainda tinha?"??? Claro que tinha, imbecil!</p><p>Já tinha flagrado esse idiota. Fica gritando merda o tempo todo, atira objetos do balcão pra dentro da cozinha. Todo nervozinho. O que é isso, stress pra voltar pra casa? Tem que buscar a mãe na zona antes do horário do rodízio, ou do estacionamento?</p><p>Eu já vi muito desses garçons que atendem demais os clientes sim... Tem restaurantes que eu vou, em BH inclusive, que os garçons vem a cada 5 minutos checar se a sua lata de refrigerante já acabou. É bem chato sim, mas não se compara. Eu estava no balcão, e o cara não simplesmente checou meu café e devolveu. Não, ele jogou a porcaria do copinho (que também estava cheio pela metade) dentro da maldita xícara, que fez um chafariz sombrio e escaldante quase tão aterrador quanto o ódio que transbordou de meu coração.</p><p>Pra que isso? Pra que jogar a droga do copinho dentro da xícara? Minha mãe, paulista, me ensinou que fazer esse tipo de coisa é falta de educação. Vai ver que assim como ela, os outros paulistas que sabiam disso deixaram também a cidade. Sobrou só gente que pensa o oposto.</p><p>O que esse cara tá fazendo lá? O que essa padaria pretende ser? Qual é a idéia de "tomar um cafezinho" dessa gente? Se a idéia é ser esse lugar que você não pode ficar 1 minuto parado, é só pra entrar comer e sair, faz logo um drive-thru com copinho descartável. Não faça esse simulacro de local agradável.</p><p>Ao meu lado, no alto do balcão, uma TV fica passava um anúncio: "Padaria, como é bom estar aqui." E a ironia estava completa.</p><p>O cara me ofereceu outro café. Eu não quis, eu só qui sair daquele lugar. Eu não quero comprar um café, eu quero comprar sossego. Da mesma forma que o que eu quero na escola não é conseguir ter o equipamento que eu quero. Não é questão de quais recursos eu tenho direito (como o café a que eu tinha direito). A questão é que eles sejam confiados a mim da maneira apropriada. Isso é o cerne da sociedade. Os fins dela, o que você ganha e dá após cada iteração, são um aspecto pessoal da coisa, é outro problema.</p><p>Por hoje chega, vai.</p><p> </p> </div> Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-22876118606485674752009-06-30T00:11:00.002-03:002009-10-22T18:31:54.846-02:00Encontrando juros de parcelas iguais usando o Wolfram|alpha<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'> <p>Mais ou menos desde o Plano Real, se não me engano, foi que se tornou bastante comum no Brasil comprar coisas a prazo com parcelas iguais. O inferno desta prática é que os comerciantes tem mania de omitir o valor da taxa de juros cobrada. Eles anunciam apenas o valor da parcela, número de parcelas e, quando muito, o valor à vista.</p><p>Às vezes ainda falam que a parcela é um tanto e que à vista ainda tem um "desconto", o que é um papo furado danado porque na prática é o mesmo: um certo valor à vista, ou um certo valor a prazo que implica em uma determinada taxa de juros. Hoje em dia ainda tenho visto até gente anunciando coisas falando só o valor da parcela, não dizem nem quantas são! É bem verdade que são variáveis ligadas a dois planejamentos diferentes: um é de mais curto prazo: se você "dá conta" de pagar cada mês. O outro é de longo prazo: se vai ser estratégico ficar tantos meses com aquele dinheiro comprometido... Mas é sacanagem mesmo assim anunciar focando só no curto prazo.</p><p>Bom, se você vai comprar algo a prazo é muitas vezes bom saber o valor da taxa de juros ofertada, porque pode ser que valha a pena você comprar algo pegando um dinheiro emprestado de outro lugar, por exemplo, ou escolhendo outro vendedor. Você pode até mesmo simplesmente desistir de uma compra só porque a taxa de juros seria obscena!...</p><p>Acontece que, como já disse, é raro um anunciante dizer o valor da taxa de juros quando está anunciando o valor de parcelas iguais. Como fazer então pra descobrir o valor?</p><p>Infelizmente não é nada fácil. Mas qualquer engenheiro empolgado pode ajudar você, se precisar! Vou discutir aqui algumas simplificações possíveis de serem feitas, e no final mostrar como você pode calcular rigorosamente utilizando o maravilhoso Wolfram Alpha!</p><p>*** </p><p>No limite de valores de juros relativamente elevados, e para um número grande de parcelas (como é o cenário vergonhoso do meu cartão de crédito, por exemplo) a gente pode fazer uma aproximação. O valor da taxa de juros é aproximadamente o valor de uma parcela dividido pelo montante (o valor à vista) subtraído do valor da parcela.</p><p>Notem como esta conta é parecida com uma outra: se o valor da taxa de juros fosse apenas o valor da parcela dividido pelo montante, isto significaria que você está pagando a cada mês apenas o valor dos juros do período, sem jamais caminhar na direção de quitar a dívida. Seriam infinitas parcelas.</p><p>Se você usar essa simplificação em outros casos (poucas parcelas, juros razoáveis...) pode terminar com um valor superestimado da taxa de juros. E quando a taxa é bem pequena existe outra aproximação que dá pra fazer, mas agora não estou podendo deduzir... Fica como exercício para o leitor. O que importa é o macete pra calcular o valor perfeito no Wolfram Alpha!</p><p>***</p><p>A solução ideal é uma conta meio complicada. Dá um polinômio sobre o valor dos juros de uma ordem tão grande quanto o número de parcelas. Pra deduzir você precisa utilizar a famosa conta da "soma de uma PG", uma amiga que sempre nos alegra rever...</p><p>Apesar da elevada ordem, esse polinômio possui apenas poucos termos, o que torna fácil de calcular, por exemplo, utilizando réguas de cálculo. Taí então um bom exemplo do tipo de conta que se realiza em matemática financeira que tornava tão comum o uso de tabelas de logaritmos e de réguas de cálculo nas antigas.</p><p>Hoje é possível pegar esse valores e jogar num computador pra fazer a conta sem se preocupar com nenhum detalhe dos processos. Em poucos segundos você recupera até mesmo as raízes imaginárias do polinômio, usando algum algoritmo sinistro de encontrar raízes, e ainda pode rodar tudo via Internet nas máquinas do Stephen Wolfram, utilizando o incrível <a href='http://www.wolframalpha.com'>Wolfram|alpha</a>.</p><p>Sem mais delongas então, o que você precisa é entrar <a href='http://www94.wolframalpha.com/input/?i=n%3D12%2C+M%3D350%2C+p%3D36.75%2C+%281%2Bj%2F100%29**%28n-1%29*%28j%2F100%29*%28M%2Fp%29+%3D+%281%2Bj%2F100%29**n-1'>neste link</a>. Ele possui uma conta de exemplo que eu realizei aqui pra descobrir os juros cobrados pelo Mercado Pago pra comprar a prazo um Nokia N800 usado. O número de parcelas é a primeira variável que eu defino, 'n'. O valor à vista é 'M' e o valor de cada parcela é 'p'. Substitua estes parâmetros pro caso que quiser e você vai ter na solução o valor, em porcentagem, da taxa de juros. Pura magia...</p><p>Ah, o Wolfram|alpha é tão fodão que ele deve ser até capaz de te dar os valores das outras variáveis também. Por exemplo, você pode dizer quanto é o valor de 'j' e tirar o 'n' da lista, e então descobrir em quantos pagamentos você pode comprar algo pagando um certo tanto ao mês... Isso pode ser bem útil na hora de pedir um empréstimo no banco, onde existe um limite do valor da parcela, e limites de número de parcelas dadas diferentes taxas. Você pode otimizar um empréstimo para pagar uma taxa menor, por exemplo.</p><p>O W|a pode ainda fazer gráficos muito loucos, etc. É uma potência esse bicho... Tá aí um excelente exemplo de uma conta que a calculadorazinha do Google não faz, pra quem gosta de comparar os dois sites</p><p>Agora, achei no Google foi <a href='http://www.fw.uri.br/~arpasi/financeira/index.php'>este site</a> que faz a mesma conta, e ele tem uma interface bonitinha pra quem estiver com preguiça de editar minha string lá...</p><p>Por hoje é só. Boas compras! Ou economias, porque você pode usar a mesma conta pra ir juntando uma certa quantidade de grana por mês em um fundo de investimento até dar um certo valor desejado, por exemplo. Um dia eu chego lá... Fica como exercício par ao leitor. ;)</p><p> </p> </div>Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-76570027792485503012009-06-25T19:24:00.003-03:002009-06-25T23:58:23.503-03:00Perdi meu emprego por causa da greve da greve<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'> <p>Eu sou o bobo-alegre segurando o cartaz nessa foto do UOL.</p><p><a href='http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/06/25/ult105u8294.jhtm'>Passeata anti-greve na USP muda de trajeto por temer violência de grevistas</a></p><p>É impressionante a capacidade dos fotógrafos jornalísticos de te flagrar no único segundo que você sorri em todo um evento. Sorte que eu não botei o dedo no nariz ou bocejei, porque eles iam adorar tb.</p><p>Vou contar a história desse slogan que alguns aparecem ter gostado, mas sem entender direito. Em primeiro lugar, é uma variação de uma piada muita antiga, que não tenho certeza se aprendi na MAD, mas foi em algum lugar parecido. A um tempo atrás havia um slogan, que é usado até hoje: "Vá ao teatro." Como campanhas teatrais podem às vezes ser um pouco insistentes chatas e radicais demais, algum engraçadinho inventou um dia de subverter o slogan: "Vá ao teatro, mas não me chame." Eu só reaproveitei adaptando pro contexto atual...</p><p>Eu pensei em fazer esse meu cartazinho A4 "SMS" depois de pensar em muitos outros slogans. Um era: "democracia é respeitar as minorias". Cansei de ouvir em conversas sobre quem que é a maioria ou minoria. Pessoas debatem sobre se a maioria quer ou não a greve. Discutem sobre quem foi a maioria em assembléias... Isso não interessa tanto. Democracia não é a famosa "ditadura da maioria", democracia é uma situação onde minorias são respeitadas apesar de serem-nas.</p><p>Interessante comparar isso com aquele período da revolução russa em que a maioria "bolshevik" deixou de fora do poder a minoria "menshevik". Varreram-nos para a lixeira da história. Isso não é bonito não. Tem que deixar os chatos da minoria lá com suas manias...</p><p>Democracia é tolerar a existência de seus dissidentes, e até mesmo a necessidade de conviver com eles.</p><p>Então é isso. Eu não tenho nada contra o teatro. Eu até gosto de ir de vez em quando sim. Mas me deixa em paz, pô!</p><p>Não sou contra a greve não. Não gosto da reitoria, e sei que a greve não está ocorrendo à toa. Mas se eu ainda não me convenci que eu devo parar, me deixa trabalhar.</p><p>Meu protesto não é contra os trabalhadores em greve na USP hoje, e os alunos e professores apoiando-os. É antes contra a cultura do que assassinaram Trotski.</p><p>A propósito, fiz este pequeno cartaz usando o Inkscape, e a fonte é a DejaVu Sans, com as proporções levemente distorcidas.</p><p/> </div>Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-28934359748451320622009-06-24T22:46:00.001-03:002009-06-24T22:46:39.392-03:00A diferença entre a tartaruga, o navio e os hackers <div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'> <p>Existe um famoso texto que meio explica a idéia da cultura do software livre, acho que escrito pelo Eric S Raymond, chamado "A catedral e o bazar". Não pode ser dito um texto "fundador" do movimento, igual poderia ser dito para o princípio do Linux do famoso e-mail do Linus brigando com o Tannembaum, mas é um texto legal, bastante conhecido e citado...</p><p>Por causa deste e outros textos, e pela ação de muitos outros porta-vozes do movimento, hoje temos um número significativo de pessoas que se dizem aderentes desta filosofia, e reconhecem a diferença entre as duas culturas (da catedral e do bazar). </p><p>Tem gente hoje que meio se considera de uma "tribo dos fãs de produtos livres", o que inclui software e ainda arte de vários tipos, ou a Wikipédia e tal. E um fenômeno interessante que está havendo é que cada vez mais pessoas desta tribo não fazem parte de uma outra tribo muito relevante, os hackers.</p><p>Hackers e sua cultura estiveram no centro do desenvolvimento do software livre. Stallman RMS é um super hackerzão, e o mesmo vale pro ESR. Qualquer programador de compiladores e de coisas próximas ao sistema operacional, como drivers, são hackers queiram ou não, pela natureza destes programas... Funcionam numa área do sistema muito distante daquelas ilusões que hipnotizam os usuários.</p><p>Hackers sabem que telas de CRT são na verdade uma grande lâmpada que pisca a cada x segundos. Mais especificamente um pontinho de luz que vai correndo pela tela e mudando de cor. Eles não só sabem, como qualquer pessoa mais culta precisa saber, como ainda tem as manhas de vez ou outra se aproveitar disso pra fazer um dia algum programa que resolve um problema...</p><p>Hackers conhecem a fundo o detalhe de funcionamento das coisas, e exploram esse conhecimento para realizar às vezes proezas não imaginadas pelos usuários habituais, e por vezes nem mesmo pelos projetistas dos sistemas. Isso pode significar desde criar verdadeiras funcionalidades novas num sistema, até encontrar infelizes falhas de segurança. A ação de hacker de moral mais "flexível" explorando este tipo de falha de segurança encontrada rendeu à classe uma má reputação entre os leigos.</p><p>Mas como eu dizia, no princípio da cultura do software livre (e nem tanto das coisas livres em geral) boa parte dos usuários eram hackers. Programadores trocando entre si códigos hackers que faziam coisas hackers e permitiam aos usuários fazer coisas hackers. Isto significa, por exemplo, distribuir códigos-fonte e organizar os sistemas de uma forma "aberta", facilitando aos usuários hackers criar programas que saem por aí interagindo de maneira automática com outros programas dando origem a aplicações muito interessantes, às vezes até inusitadas ou inúteis, mas que muitas vezes exercitam os limites da tecnologia.</p><p>Mas aí tivemos coisas como o <a href='http://en.wikipedia.org/wiki/Eternal_September'>Setembro sem-fim</a>. A tecnologia começou a ficar mais e mais acessível e a atrair mais e mais o interesse de pessoas nem tão hackers assim, seja por falta de perícia técnica, ou seja por não ver mesmo a graça no jeito hacker de ser.</p><p>Hoje temos um movimento software livre que é largamente povoado por não-hackers. Isso é a realização, até certo ponto, daquele sonho que muitos tinham de que o Linux "dominasse o desktop", se tornasse um sistema sendo utilizado por usuários comuns que geralmente usavam apenas o rwind0ws que vem "da fábrica". (Aliás outro fenômeno que começou a ter depois ali de 1993, isso das máquinas já virem da loja com o sistema operacional instalado, e eventualmente se tornar algo impossível você comprar uma máquina sem comprar um M1krozofd Wintous instalado ao mesmo tempo.)</p><p>O Linux dominou o desktop, pois. Não está sendo um domínio de larga escala, como eu mesmo achei que fosse ser. O que está havendo é essa criação de uma terceira cultura. É gente que não é hacker, mas que não usa wirdlowz. São talvez um pouco mais bem-informados do que a maioria dos usuários de Uimdols sim. Mas não acham legal ser hacker. Não acham legal "hackear" nada.</p><p>Uma marca pra mim que separa o hacker dos usuários não-hackers de Linux e FLOSS, é o Ubuntu. Quase todo usuário de Ubuntu que eu vejo São esses jovens que ignoram a noção de "hackear", e chegam até a se preocupam em se afastar da cultura hacker, porque sabem que são muitas vezes identificados como criminosos. Alguns até ACHAM isso. Mas aí querem se afastar porque isso atrapalha a grande "luta" deles de realizar lá o tal sonho de dominar o desktop.</p><p>Eu fico puto. Quer dizer, ficava, porque no começo achava que era uma coisa só: ser hacker e usar FLOSS. Hoje fui obrigado a entender que não. Os neófitos vieram, meio que tomaram a causa FLOSS pra eles das mãos de quem se preocupava com a causa, e jogaram os hackers na lixeira da história (se é que eles já não estavam chafurdando por lá esse tempo todo.)</p><p>Quem estava pouco se lixando pruma grande causa FLOSS continua sem se importar, tá lá escovando seus bits. Quem estava prevendo isso aí mesmo está batendo palmas. Eu sou de uma terceira categoria. Eu tive a ilusão por um tempo, e hoje vejo como era algo muito errado, de que a tal dominação do desktop seria uma conversão de toda a humanidade para se tornarem hackers cyberpunks malucos electro-hippies tipo o Stallman assim. Mas não! </p><p>A dominação vem dessa forma aí, formação de um público ciente da diferença entre FLOSS pra coisas como o Weird-OS dos Will Grates, mas que não é hacker não. Não tem as manhas e não ligam.</p><p>O motivo porque eu vim aqui hoje finalmente escrever esse texto, que já tava matutando há algum tempo, é que entrei aqui no site do FISL querendo ouvir a rádio do evento. O que eu queria? Entrar fácil no site, de preferência via elinks, meu browser favorito que funciona no console, achar rapidamente o URL pro stream da rádio, copiar e colar numa linha de comando e ouvir com o mplayer.</p><p>O que houve? Entrei no site via Firefox (só porque tava aberto!), cliquei num link que achei lá da rádio, e o que aconteceu? Primeiro um popup de alguma coisa que me pareceu ser um applet de Java perguntando alguma coisa que eu não li, oferecendo um checkbox que não sabia se era pra checar ou não, com dois botões. Aí apertei um dos botãozinho lá pra deixar ele feliz, e então apareceu dentro do browser um maldito playerzinho lá tocando a droga da rádio.</p><p>Ô diacho! Não é possível!! Me dá o stream!!! Hacker quer o URL do stream, pra abrir com o programa que quiser, de preferência um programa bem bizarro, que redireciona o stream entre várias coisas difíceis de explicar e justificar.</p><p>Mas não, não achei em lugar nenhum.</p><p>Sei lá, de repente eu que sou burro e não vi onde tava escrito, procurei no lugar errado. Mas isso não interessa. Se eles pensassem como eu o link estaria escrito num lugar que eu teria visto.</p><p>Situação? Hoje é mais fácil pra mim ouvir a CBN, de que eu descobri uma vez o URL usando engenharia reversa no site deles, do que a rádio do FISL. Eu até tentei rapidamente olhar o código fonte do site deles pra tentar descobrir o URL, não consegui. Logo, o FISL é tão hacker quanto a Rádio Globo. O nível de domínio técnico do pessoal do FISL é tão grande quanto o da Daniela Braun do IDG now.</p><p>Isso é ruim? Claro que não. Só tou falando, oras.</p><p>O mundo é feito de Daniela Brauns, oras. Eu já aprendi minha lição, no dia em que acabou minha adolescência: eu vivo no rabo da gaussiana, sou um outlier, e tenho que me conformar e deixar de ser chato.</p><p>Hoje gente como eu e o Stallman e sei lá mais quem (provavelmente muitos leitores deste blog) são conhecidos como "tards", de "retard" com ênfase em ser alguém do passado. Ubuntu é "legal" e Debian é "coisa de tard", que os retardados perdem tempo fazendo "errado" e os descolados "consertam" pra fazer o Ubuntu e tantos outras distribuições que "consertam" o Debian de alguma forma.</p><p>Essa visão tem muito a ver com a que eu mesmo tinha, mas agora adquiri uma perspectiva histórica melhor. FLOSS não representa tudo do movimento hacker, de forma nenhuma. Nós não somos portanto pessoas que pararam no tempo dos primórdios do FLOSS enquanto uma nova geração faz o "FLOSS 2.0".</p><p>Hackers são o que sempre foram e haverão de ser, FLOSS foi tipo um "spin-off", que nem mesmo dependeu só dos hacker pra existir, e não resume esta cultura (alguns hackers nem se importam com isso, tipo uns malucos que trabalham no alto das torres de marfim da IBM, Intel e ARPA desde os anos 1970). A associação das duas coisas (culturas FLOSS e hacker) não é uma dependência formativa, um não deixa de existir sem o outro...</p><p>Portanto podemos perguntar: qual a diferença entre um usuário de FLOSS e um de softwares proprietários? É meio difícil responder, viu... Por exemplo, nenhum deles paga pra usar o software (boa parte dos usuários de SW proprietário usam cópias piratas). A qualidade do software que todos eles usam é também, em boa parte do tempo, baixa. E estão todos cada vez mais dependendo mais de páginas da web baseadas em flash do que qualquer coisa, e isso é todo um mundo diferente daquele onde se separa FLOSS da alternativa.</p><p>Uma diferença importante hoje em dia entre o usuário de FLOSS e os outros é que quem usa software proprietário é muito bem-aceito por seus patrões, enquanto que o usuário de FLOSS é recriminado.</p><p>E os hackers? Vão bem obrigado!</p><p/><p/> </div> Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-46499357828115248452009-06-23T20:35:00.001-03:002009-06-23T20:35:14.818-03:00Falando bem, de vez em quando. ANATEL vs Telefonica e Huawei. <div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'> <p>Eu costumo a sempre falar sobre como as pessoas jogam muito a culpa de problemas da Internet em usuários e em hackers, mas quem rpecisa ser cobrado são os administradores de redes, ISPs e os fabricantes dos equipamentos. Estes últimos em especial vivem meio cobertos do resto do mundo por uma nuvem mágica de proteção que faz com que muitas pessoas nem se dêem muita conta de que eles existem e de que possuem responsabilidades.</p><p>Estão saindo umas notícias desde o final da semana passada sobre a ANATEL brigando com a Telefónica por causa do Speedy que estão me deixando com uma muito boa impressão do órgão governamental. Há algum tempo o Speedy começou a apresentar umas falhas de vez em quando, entrando em perídos de várias horas fora do ar a cada tantos dias. A ANATEL já estava desde então no calço da empresa.</p><p>Agora recentemente a Telefónica anunciou um desejo de vender o Speedy, e se livrar dessa coisa inconveniente, mas a ANATEL interviu! Proibiu a venda até que se comprove que o serviço volte para um estado aceitável de qualidade. Abriu lá tb não sei quantos processos administrativos contra a Telefónica, e ainda contra a empresas que fizeram a certificação da empresa, e contra a própria Huawei, fabricante de roteadores que causaram (ao menos me parte) os problemas.</p><p>Fica essa notícia aqui então como exemplo do tipo de coisa que eu quero ver. Bota esses caras na parede, vai lá na fábrica e diz "amigo, esse seu equipamento não é bom o bastante..." É isso que falta, não é bater na cabeça dos usuários não.</p><p>Alguns links</p><p><a href='http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/06/20/anatel-proibe-telefonica-de-vender-speedy-197431.asp'>Anatel proíbe Telefônica de vender Speedy</a> <a href='http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u585185.shtml'>http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u585185.shtml</a> <a href='http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u585138.shtml'>Veto à venda do Speedy prejudica provedores e novos clientes, diz associação</a> </p> </div> Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-75271004726953626292009-06-20T03:56:00.003-03:002009-06-20T04:15:35.726-03:00A grave representação do voto, e o desagravo da greve democrática<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'> <p>As pessoas gostam muito de falar em representação em conversas sobre política. Dos legisladores esperam-se certos comportamentos porque "eles são nossos representantes". Quanto ao presidente discute-se se representa apenas seus eleitores ou uma maior parte ou mesmo toda população e pátria. O presidente de uma nação parlamentarista e seu primeiro-ministro constituem ainda outro problema. Já o judiciário nem é bom lembrar, ainda mais numa nação tão distante de eleger juízes como o Brasil. Algo um pouco menos distante, gosto de pensar, de pelo menos podermos eleger reitores de universidades.</p><p>Faz algum tempo que a questão tem me incomodado. Agora recentemente tenho ouvido falar muito em outro tipo de representação na política. Discute-se sobre grupos de pessoas reunidas em assembléias representam toda a população relacionada. Atualmente tenho visto com muito estes argumentos por causa dos movimentos grevistas na USP. Assembléias da ADUSP decretam lá greve com uma ou duas centenas de professores, enquanto os filiados seriam mais de mil. Organizações estudantis, que de fato podem se dizer os representantes "de jure" de todos alunos, na prática reunem frações muito pequenas do número de discentes das instituições de ensino. Debate-se então a tal "legitimidade" das decisões.</p><p>A verdade é que toda essa questão da representação é muito pouco pensada e muito mal-contada. E o principal motivo é a questão das votações, mais especificamente a forma mais comum de votação, a por "maioria simples", mais forte ainda quando trata-se de uma questão binária qualquer.</p><p>Votações desta forma fazem surgir a famosa "maioria", que nas ocasiões mais mundanas têm sua opinião empurrada goela abaixo da "minoria", que se torna vítima da infame "ditadura da maioria". A visão mais ingênua do que é democracia é isso aí. Votações majoritárias onde a maioria decide tudo e a minoria fica chupando o dedo.</p><p>E quando os votantes "representam" alguém, há toda essa idéia implícita de que se cada um dos representados estivesse lá, votaria igualzinho, e o resultado da eleição seria o mesmo desconsiderando problemas com o peso maior que deveria ter um representante de mais pessoas (e que na prática se resolve com mais assentos pro partido num congresso, etc).</p><p>Só pensando bem sobre o assunto a gente vê que não pode ser só isso. Democracia não é a ditadura da maioria, democracia é não só essa votação onde continuamente uma minoria pode se manifestar, mas é o processo alheio às votações. Democracia é todo mundo, mesmo que da minoria, poder falar numa reunião, por exemplo.</p><p>Democracia não é, portanto, decidir em votação de maioria simples qual é a opinião que "representa" o conjunto da população governada. Isso daí é uma coisa feia que a gente faz porque sente que não tem outro jeito.</p><p>Da mesma forma eu questiono a idéia de representação em geral como democrático. Os tais representantes existem por um questão de logística, e mesmo pela questão de que ninguém tem tempo e paciência pra se dedicar à atividade política tanto quanto é necessário em nossas vidas. É uma limitação imposta sobre o que realmente é democrático, que é na verdade o que é a tal anarquia: as pessoas vão se governando ali, localmente, e pronto.</p><p>Porque não faz sentido pra mim que uma pessoa de uma cidade, que quase nunca sai dessa cidade, realmente se importe muito em como uma certa li funciona em alguma cidade a mais de mil quilômetros de distância. Porque haveria de ser democrático o voto de um infeliz num extremo de um país carregar uma opinião que vai atazanar a vida de alguém que ele jamais vai conhecer ou influenciar de outra forma?</p><p>Imagine por exemplo um deputado votando sobre questões famosas como o casamento de homossexuais, aborto e pesquisa em células-tronco... Porque isso realmente tem que ser tão global? Qualquer um de bom-senso vai concordar que democrático é que uma coisa dessas fosse decididas apenas mais localmente. Isto só não ocorre porque queremos ter menos trabalho com debates, e queremos simplificar a burocracia do mundo, então botamos um monte de gente sob um mesmo "guarda-chuva" de um governão. Mas isso não é democrático, isso é uma infelicidade que nos torna mais afastados do verdadeiramente democrático.</p><p>Então não me venham com conversas acaloradas sobre quem representa quem. O que importa é cada um o que pensa, a vida de cada um. Não tou falando de "o voto de cada um", eleição não é algo democrático. Tou falando da vida de cada um mesmo. A pluralidade de opiniões e culturas e costumes. Esse é o mundo real.</p><p>Representação é só isso, é uma pecinha de teatro, é ficção. Votação é um resumo de orelha de um livro, escrito por um editor que só quer saber de vender. A democracia é a vida nossa aqui no mundo real, aqui na terra. Democracia é a cortesia com seu vizinho. É o respeito por membros de minorias sem nem ter idéia de quantos mesmo são as pessoas do grupo ou grupos em que essa pessoa possa se classificar, e dos grupos alternativos que relativamente podem formar maiorias e minorias.</p><p>Meu respeito à greve é a cada um entrar em greve ou não. Existe toda uma preocupação sempre sobre quando é decidida uma greve por uma assembléia, seja por pessoas das "folhas" da grande árvore de hierarquia administrativa, seja por representantes... Eu quero saber é da greve de CADA UM. A greve certa é aquela em que nem há votação nenhuma, a greve EMERGE de um grupo descontente.</p><p>Não vejo com os costumeiros maus-olhos que existem as pessoas que vão trabalhar enquanto "foi decretada" uma greve. Decreto não é bem o instrumento menos ilustre dos governos? A greve tem que vir de baixo.</p><p>Se um único funcionário de uma empresa resolve entrar em greve porque algo o incomodou, eu respeito. Acho que deviam haver leis quanto a isso. Eu pessoalmente sou esse cara por vezes sensível demais, passível de ficar muito chateado com algumas coisas que muitas outras pessoas, talvez "a maioria" das pessoas nem liga. Quero entrar em greve se descubro que uma maioria de pessoas maldosas em minha empresa gosta de praticar algum ritual bizarro como comer gatinhos vivos com as mãos no fim de semana. Pelo menos até passar o choque da descoberta e eu me convencer a democraticamente conviver com essas pessoas.</p><p>E aí entra outro ponto importante da democracia. A vida em sociedade só se torna possível quando você aprende a respeitar e tolerar quem não pensa necessariamente igual a você. Esse é o cerne da democracia, por vezes substituído lá pelo conceito das votações majoritárias por representantes das pessoas... Fazer isso é virar tudo de ponta-cabeça.</p><p>Enfim, respeito quem entra em greve, hajam ou não decisões de assembléias de muitas ou poucas pessoas.</p><p>Respeito igualmente, e o leitor mais perspicaz imaginava que estava vindo pra esse ponto muito importante, o famoso "fura-greve", aquele cara que vai trabalhar apesar de haver algum colega, ou vários colegas, um uma maioria de colegas, ou TODOS outros colegas trabalhando.</p><p>Deixa o cara trabalhar, uai. A vida é isso aí, cada um fazendo coisas de acordo com o que lhe dirigiu sua moral. Falem mal, mas não encham o saco. Não batam, não bloqueiem, nem puxem.</p><p>Essa conversa de sei lá quantos representantes apoiar greve enquanto sei lá quanto não apoiam, e sei lá quanto estimados estão de fato em greve e sei lá quantos outros não estão entrando efetivamente em greve, enquanto sei lá quantos outros nem tão sabendo da história, isso é tudo o tal mundo da ficção anti-democrática.</p><p>Cada um vai pro trabalho ou vai deixar de ir. Cada pessoa vai acordar de manhã e tomar uma decisão soberana. Vai ouvir jornal, vai ler carta de amigo, vai ler fórum em comunidade do Orkut, e vai ver se entra na greve ou não.</p><p>É assim com votação também. Depois de uma votação existe uma decisão sobre se a pessoa vai seguir o resultado da votação ou não. Essa fidelidade automática que se assume nos momentos antes da votação é coisa que só acontece mesmo entre amigos, pra votar bobagens tipo amigo-oculto no Natal.</p><p>Então chega, por favor, de debates vazios sobre quem representa quem, quem votou em o que, e quem foi que "traiu" o movimento, e quem tem "legitimidade" pra decidir a vida dos outros... A tirania dos dirigentes de sindicatos é pior do que a dos patrões, porque se veste em pelego de cordeiro.</p><p/><p/> </div>Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-81173144644458045962009-06-16T21:22:00.001-03:002009-06-16T21:22:20.212-03:00Rede de intrigas internacional <div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'> <p>Interessante esta notícia (que conheci via Slashdot), <a href='http://voices.washingtonpost.com/securityfix/2009/06/default_passwords_led_to_55_mi.html'>Default Passwords Led to $55 Million in Bogus Phone Charges</a>. É um bom exemplo de como as redes de dados por aí (no caso redes telefônicas) são mal cuidadas e administradas. São como edifícios onde as pessoas deixam as portas destrancadas, ou carros estacionados com a chave na ignição e freio-de-mão solto. Aí quando aparece um bando de “hackers” maliciosos roubando esses carros, e ou “invadindo” esses edifícios as pessoas logo se apressam em pedir que cortem as mãos dos moleques, mas não dão um pio à irresponsabilidade dos trouxas que foram explorados.</p><p>Aliás, que fique claro. A comparação com o roubo de carros com chave na ignição e invasão de casas destrancadas é só com relação à irresponsabilidade dos proprietários. O "crime digital" cometido ali é mais parecido com entrar numa casa só pra sair pela porta dos fundos, buscando um atalho. Fizeram um tipo de “gato”, usurpando recursos dos outros. Mas não gato de TV a cabo, mas sim um gato de telefone, que se compara mais com roubar eletricidade, água ou luz.</p><p>Mas essa última comparação ainda não é tão precisa. Olha ali aquele valor do prejuízo... 55 milhões?? Tenha dó. Adoro esses valores de prejuízo tirados da bunda. Acontece que há uma diferença entre telefonia e eletricidade, gás e talvez água. Essas coisas são bastante materiais, o preço delas é mais próximo do preço "de verdade". O preço de ligações telefônicas, especialmente internacionais, é outra coisa. É uma daquelas coisas que o preço tem menos a ver mais a ver com o custo real, e mais a ver com quanto você pode pagar.</p><p>Então não me venham com essa conversa de que são bandidos que causaram um prejuízo de milhões de dólares, porque é muito diferente de alguém invadir a rede de servidor de um depósito de café e fazer algo que cause a perda X toneladas do grão, por exemplo.</p><p>O mais preocupante da história toda é estarem "monetizando" com o esquema, e vendendo as ligações pra criminosos, mais especificamente terroristas internacionais não-estadunidenses, o que dá um "twist" de malevolência. Mas aí vale lembrar: não seria possível a um hacker-terrorista fazer isso pra "causa" dele, sem intermediários? Então qual é o tamanho da culpa carregada pelo perpetradores do ato criminoso (e dos atos terroristas maiores facilitados a longo prazo), e qual o tamanho da culpa dos pretensamente inocentes administradores da rede e produtores dos equipamentos cheios de falhas de segurança?</p><p>Quem mantém uma rede de dados passível de exploração por criminosos ou simples "moleques" é um pouco parecido com um vendedor de substâncias controladas, por exemplo, que não toma os devidos cuidados de identificação dos consumidores nas suas vendas, ou melhor: não deixa os produtos armazenados com a segurança adequada, podendo ser facilmente roubados por pessoas mal-intencionadas.</p><p>Então lembrem-se: além de bater na cabeça dos moleques digitais e terroristas internacionais, puxem a orelha dos administradores de sistemas e das indústrias, principalmente quando a omissão deles é menos de desconhecimento de falhas, e mais de preguiça ou ganância pra trabalhar mais e tornar as coisas mais seguras.</p><p>Segurança, além de ser em boa parte uma ilusão, ainda por cima custa caro. O golpe das indústrias é estender essa ilusão pra ainda fingir que seria tudo barato! </p> </div> Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1721406920848015159.post-29860659014893246212009-05-28T21:43:00.001-03:002009-05-28T21:43:31.599-03:00Verdades inimagináveis <div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'> <p>Esse post não tem corpo, é só o título mesmo. "Verdades inimagináveis". Pense nisso!... se for capaz. É um conceito instigante que pode conduzí-lo a muitos outros. </p> </div> Nicolauhttp://www.blogger.com/profile/09316830278881493792noreply@blogger.com0