2008/01/18


Ódio interfásico

Jamais cessarei de postar sobre o óido que adquiri a programas de edição como o word desde que comecei a usar LaTeX para fazer documentos...

Olha só esse problema: Você está com o cursor num ponto do texto. Anda com ele pra cima. Aí vai subindo linah a linha... apssa por um subtítulo, passa por um título de capítulo, some mais o texto.. Aí passa por uma caixinha especial que faz primeira letra do parágrafo ser grande. Aí vc vai pra cima e pra cima e pra cima, normal.

Aí você começa air pra baixo...

você vai pra baixo, pra baixo, desce, desce... Passa por um nome de capítulo sem problema, desce.. e de repente, você fica PRESO! Sim, você CAI NUMA ARMADILHA! Aquela mesma caixinha de letra grande no começo do parágrafo não deiax mais você descer, ela só deixa subir!!...

Isso é "intuitivo"? Isso é "amigável"? Isso é "parecido com o papel"? Não!! Isso é uma HISTERESE! Isso é VARIANTE NO TEMPO, isso é ASSIMÉTRICO, ANISOTRÓPICO.

Não é possível que uma interface não consiga mantera algo tão básico quanto se certificar de que a ação de "andar pra baixo" seja sempre um correspondente lógico correto e absoluto da ação de "andar pra cima"!... Um tem que ser o undo do utro, sempre. Tem que ser SEMPRE duas ações PERFEITAMENTE REVERSAS.

***

Outra coisa ridícula. Essa vai pra junto da minha crítica da sinsibiliadde da questão do mouse, que vc não mirar direitinho o pixel lá, no complexo processo do feedback com o ratão, vc pode fazer a sua ação desejada, ou então outra que não tem nada a ver...


Pra caminhar pelo texto, vc usa lá o teclado, sobre ou desce uma ou duas linhas com seu cursor maravilhoso... Poisé, mas tem qe tomar cuidado, amigo, que se por acaso vc tiver largado por acidente uma caixa contendo uma imagem e uma legenda, e mais um milhão de informações de formatação e posicionamento e sei lá o que, se vc deixar por acidente e ssa estrutura complexa selecionada, quando vc apertar o botãozinho pra cima, ao invés da inocente ação de andar com o cursor no texto, você vai descolar a caiax da figura de lugar!!!! vai mudar um motne de coisa de lugar, vai tirar texto do ugar, vai tirar INÍCIO DE SEÇÃO do lugar, coisa com fote diferente uma da outra, ainda pode sair desalinhando o negócio.

Aquela ação que vc achava que ia fazer, que era tão inocente e inócua, avacalha seu texto todo!!!...

Isso é intuitivo? Amigo do usuário? É uma metáfora adequada? É algo MELHOR do que a metáfora? Hardly...


Antípodas

Mapa impressionante dos antípodas do planeta

Muito impressionante esse mapa!... Abram imediatamente!... Não tinha noção, mas quase nenhuma parte seca desse mundo fica exatamente do outro lado de outra parte seca!!!

O Japão e a China, que a gente fala tanto, ficam muito mais ao norte do que a gente pensa!... O Japão cai quase todo saindo do Rio Grande do Sul. Só aquelas ilhas do sul que caem ali em cima do rio Uruguay.

A ilha de Taiwan (Formosa) chega a se sobrepor à região do norte da argentina, que tb se chama Formosa... (vi esse mapa por causa disso! Link da Wikipédia)

As Filipinas caem em cima do Mato Grosso...

América do Norte, Austrália, África e Europa não tem nada do outro lado, exceto pela Península Ibérica que pega parte da Nova Zelândia. Antártida cai em cima do Oceano Ártico (exceto pela Groenlândia...) Rússia não pega nada.

A parte de terra desse mundo que mais se sobrepõe a algo do outro lado são justamente a Argentina e o Chile, que entram pra dentro da Rússia, partindo a Manchúria...

Dá até pra pensar uma teoria científica: será que existe uma tendência de terras secas ficarem do outro lado de oceanos???...

A deriva dos continentes está contrariando essa tendência, porque a américa do sul estaria entrado cada vez mais pra dentro da Ásia... (aumentando o Atlântico)

muito louco, muito louco...

2008/01/17


O colar de pérolas negras

Já que todos dizem que é legal fazer "divulgação científica", e como todo problema de matemática tem que ter uma historinha pra acompanhar, pra ser divertido, aqui vai o tenebroso...

PROBLEMA DO COLAR DAS PÉROLAS NEGRAS

Na ilha de Lesbos, na Grécia antiga, havia uma matemática chamada Sapro. Ao completar 16 anos, Sapro jurou que se casaria apenas com um homem capaz de resolver um problema matemático proposto por ela.

Sapro pegou uma linha, e colocou nela três pérolas: uma preta e duas brancas, e amarrou a linha formando um colar (sim, um colar meio feio, com a linha aparecendo...)

A cada ano de vida, Sapro pegava outra linha, desamarrava o colar, e fazia outro maior, colocando pedras no novo colocar de acrodo com cada pedra do colar antigo, como ao rezar um terço bizantino. As pedras devem ser colocadas da seguinte forma:

Para cada pérola negra encontrada, passe ela para o novo colar, e substitua a pedra seguinte por uma hematita e uma pérola branca (a branca se torna a primeira pedra do colar velho).

Cada pedra branca encontrada é passada imediatamente para o novo colar.

Para cada hematita, colocar uma pedra branca no colar novo, e substituir a pedra seguinte no colar antigo por uma pérola negra.

Note que pode acontecer da última pedra do colar antigo ser uma pérola negra ou uma hematita, o que requer uma substituição da pedra seguinte. Nesse caso a substituição deve ser feita nas primeiras pedras do colar novo (que são são as "seguintes" ao se fechar o colar).

Sapro propôs então: "Só hei de me casar com um homem, se um dia aparecer um que me presenteie com um fórmula algébrica para o número de pedras de meu colar para cada ano de minha vida!..."

Aos 16 anos, portanto, seu colar tinha 3 pedras. Aos 17, 5 pedras, sendo uma delas uma hematita grande, que servia de pingente. Aos 18 anos, seu colar adquiriu 7 pedras. É dito que neste ano Teseu pretendeu desposar de Sapro, dizendo que o colar adquiriria a cada ano os sucessivos números ímpares, e preveu 9 contas para quando a jovem matemática atingisse 19 anos.

Ele ficou desapontado, entretanto, ao ver que quando completou 19 anos, Sapro reformulou seu colar e este adquiriu 10 contas ao invés de 9.

O matemático Hipparcus previu que o colar eventualmente cresceria com uma fórmula exponencial, com um ruído alternativamente negativo e positivo. Isto foi verdade dos 27 aos 32 anos, mas aos 33 a sua fórmula deu um ruído positivo, repetindo o anterior. A fórmula de Hipparcus foi

(73/40) * (3/2)^(n-15) .

Sapro morreu neste mesmo ano, no cerco de Corinto em 146 AC, a caminho do -XXVIII congresso de matemática pura e aplicada de Siracusa.



A configuração de todos os colares de Sapro a partir dos seus 16 anos, o número de contas, e a configuração das pedras está abaixo. ('F' são as pérolas negras, 'o' as brancas e 'G' a hematita)


3: Foo
5: oGooF
7: oGoFooF
10: oGoFooFooF
14: FoFooFooFooFoo
21: FooFooFooFooFooFooFoo
32: oGooFooFooFooFooFooFooFooFooFooF
47: FoFooFooFooFooFooFooFooFooFooFooFooFooFooFooFoo
47: Fo( 15 Foo)
71: oGoo( 22 Foo)F
106: oGo( 34 Foo)F
158: Fo( 52 Foo)
237: ( 79 Foo)
356: oGoo( 87 Foo)F
533: Fo(177 Foo)
800: oGoo(265 Foo)F
1199: Fo(399 Foo)
1799: oGoo(598 Foo)F
2698: oGo(898 Foo)F


Quem resolver esse problema não poderá mais desposar da fictícia e falecida Lesbiana, mas eu dou 5 reais pra quem me achar uma relação de recursão pra essas séries, e 10 pra quem achar uma fórmula algébrica fechada!... (se é que existe!)

Eu acho que deve rolar uma coisa tipo T <- (T%n==0)?T*k0:(T%n==1)?T*k1:(T%n==2)T*k2...


Potencial descoberta interessante

Estou fazendo meu trabalho de tecnologia adaptativa... Na minha varredura do espaço de autômatos finitos adaptativos possíveis, encontrei um, o de número "4258072", que parece possuir umas características bacanas (leia-se: comportamento caótico).

Em minha linguagem para descrição de AFAs, que batizei de SDMBA, essa máquina possui o programa

FUN PRE F: GEN;
* 1 T11 G;
T1 1 *; END;
FUN PRE G: GEN;
T1 1 T11 F;
T 1 T1; END;
q1 1 q1 F;
INIT q1;
FINAL q1;

que acredito ser equivalente a:

FUN PRE F: GEN;
* 1 T11 G;
T1 1 *;
END;
FUN PRE G:
T 1 T1;
T1 1 T11 F; END;
(...)

Esse autômato aceitou a série de números:

0 2 5 9 15 24 38 59 90 137 207 312 470 707 1062 1595 2394 3593 5391 8088

que se vc fizer altas diferenças sucessivas, não vai achar nada de muito esclarecedor:

0 2 5 9 15 24 38 59 90 137 207 312 470 707 1062 1595 2394 3593
2 3 4 6 9 14 21 31 47 70 105 158 237 355 533 799 1199
1 1 2 3 5 7 10 16 23 35 53 79 118 178 266 400
0 1 1 2 2 3 6 7 12 18 26 39 60 88 134
1 0 1 0 1 3 1 5 6 8 13 21 28 46
-1 1 -1 1 2 -2 4 1 2 5 8 7 18
2 -2 2 1 -4 6 -3 1 3 3 -1 11
...

Poisé, tentando decifrar o autômato ainda estou tentando colocar ele em forma de uma gramática pra ver o que acontece... Só que tem que ser uma gramática "cíclica". Vai ser algo como um colar de contas, que vc vai mudando as cores de acordo com as regras da gramática.

Ainda acho que posso descobrir que isso vai cair em alguma outro sistema já famoso... Mas tomara que não!! =) (ou que sim, porque facilitaria as coisas...)

Enviei a série pra famosa Enciclopédia de séries de inteiros, vamos ver se obtenho alguma resposta...

(Esse post é só pra marcar esse momento, que pode talvez vir a ser uma descoberta interessante! Ou talvez apenas um fugaz momento de esperança seguida de desilusão...)

2008/01/16


Folha Online - Inform�tica - Macaca nos EUA faz rob�andar no Jap�o usando for�a do pensamento - 16/01/2008

Folha Online - Inform�tica - Macaca nos EUA faz rob�andar no Jap�o usando for�a do pensamento - 16/01/2008: "'� um pequeno passo para um rob�e um salto gigantesco para um primata'"

Eu diria que foi mais um peqeno passo para um primata, mas um gigante salto para a robótica!...

2008/01/15


Direito de se aborrecer

Não sei se culpa do autor ou do entrevistado, mas nessa reportagem aqui http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u363525.shtml

com o diretor do filme britânico "Steal This Film", eles tratam de maneira extremamente superficial e ingênua a questão do direito de cópia e de autor.

O sujeito fala que "registrou o copyright", e fica implícito que o filme seria portanto proibido de ser copiado, como os outros, mas não é tão simples. Um autor de um filme pode perfeitamente manter seu "copyright", mas permitir a cópia irrestrita de seu filme. Ele pode permitir a cópia e proibir a reutilização do filme, por exemplo, ou pode proibir que se dê acesso de forma restrita à obra... São as pequenas nuances que existem em licenças tipo GPL, LGPL, CC et cetara. Do jeito que o sujeito coloca a coisa ficou parecendo que só existem no mundo filmes "sem direitos de cópia", e filmes "registrados" que são proibidos de se copiar...

Nenhum juiz do mundo aceitaria se esse cara resolvesse fazer uso dos seus "direitos de cópia" em um tribunal, uma vez que ele distribuiu o próprio filme livremente, em um contexto onde a permissão para cópias futuras era minimamente subentendida (num site). As coisas são muito mais complicadas do que falar que "registrou" o filme, e que você "tem copyright"... Perderam uma boa chance de fazer as pessoas pensarem um pouco sobre o assunto, e ao invés disso, criaram uma reportagem polêmica e vazia.