2007/04/07


Aeroportos

Fiz um "poema" sobre a crise nos aeroportos.

aqui!

...tb vou colar aqui pra não dar trabalho :P

AEROPORTOS (27/03/2007) -- Nicolau Werneck


Em Congonhas os vôos nunca terminam, as naves nunca saem do céu.

Uma fina camada de água separa a borracha do asfalto. A pista de hectômetros de
comprimento e vários estádios de área jamais é alcançada pelos trens de pouso,
que buscam fracassadamente pelo atrito.

Como num paradoxo de Zenão contemporâneo, as gaivotas dumônicas de titânio são
impedidas de jamais chocarem-se com a rigidez áspera do solo, enquanto
cachorros e quero-queros povoam o almejado elíseo como tontas tartarugas.

E perpetuam-se no ar, voando em delírios, sonhando sem contato com a realidade,
com os amortecedores frios, sem transferência de energia cinética, sem troca de
calor ou de massa.

Em Cumbica, a paisagem é onírica, morfética. O ar transparente de brigadeiro dá
lugar a uma névoa espêssa, quase sólida, ectoplásmica. A substância se
esparrama entre as naves. Outrora não veríamos nada, além daquele ar que de
forma ingênua e freqüente taxamos de "vazio," mas que é na realidade o mar
atmosférico em que nossos pingüins de alumínio graciosamente deslisam e migram.
Mas agora, imersos no vapor opaco, as aves apenas erguem seus narizinhos
petulantes, como que aguardando pelo fim dum inconveniente inverno.

Só que havia ainda outro mar, outra substância para navegar. A luz frágil e
tênue não penetra a bruma coloidal, e nos torna cegos com nossos olhos
mundanos, olhos já confusos por visões bizarras. Mas era possível ainda
navegarmos pelas ondas de um éter de outro mundo, de dimensões ortogonais a
estas em que estamos. Podiamos fugir prum universo ainda não conspurcado,
ainda não anestesiado, guiados por leais espectros intangíveis.

Sim, era possível nos fiar naqueles que nasceram guerreiros, e hoje nos guiam
em incansável missão civil. Os sistemas de radio-navegação, beligerantes
veteranos da Segunda Guerra, filhos da Saxônia de Hertz e da Bretanha de
Maxwell, aquelas mesmas das nebulosas Valhöll e Avalon. Talvez com aquelas
antenas --- candeeiros eletromagnéticos de luz artificial, pudéssemos
empreender nossas jornadas, com a benção do padre Landell. Talvez estas
antenas, incansáveis bastiães vigilantes, pudessem soprar ondas grandes, lentas
e inexoraveis, e mandar para longe a neblina sobre nossas esperanças.

Qual o que. De novo furou-se a canoa, de novo soçobrou o barco. Parados ficaram
todos sem jamais cruzar a maré, sem jamais sofrer a transição crucial dos
pousos e decolagens. Uns do lado de cá, pés fincados na areia, mortos na praia
sem sair. Outros mortos sem chegar, com os pés molhados, olhos cansados da
passagem longa, encaram incrédulos aqueles que ainda não foram.

Encaram e aguardam em silêncio, enquanto lhes é proibido cruzar a linha de
espuma da maré inerte. A linha que define uma superfície infinita e
intransponível, lençol dúctil de um fantasma inexorcisável. Aguardam sem poder
tocar os irmãos, sem poder dar-lhes as mãos para lhes oferecer assento no bote
viajante, e sem poder abordar o navio de pedra continental. Aguardam sem
poderem ao menos jogar uma partida de frescobol.


MASPorra nenhuma!...

Não gosto do MASP. A autora que me perdoes, nada contra ela pessoalemnte, e nada comntra o projeto assim "ao todo". Tudo bem que exista. Mas ele possui sérias falhas que devem ser reconhecidas.

Comecei a entende risso logo depois que ouvi alguém chorando na TV porque "ninguém vai no MASP..."

Oras, não me espanta! Afinal, onde fica a netrada daquele bicho!?!? Onde fica!?!?!

Eu tenho passado bastante na frente dele, quando vou visitar minha namorada, e vou passear no Nacional... Nunca sei dizer se tá aberto, se eu poderia ir lá se quisesse, e nem sei bem como faz pra entrar.

Quando criança, em minha meninice achava que tivesse um elevador ou escada dentro daquelas colunas enormes e vermelhas do lado... Achava até que lá me cima o elevador fazia a curva, e andava de lado. Uma das grandes idéias que inventei quando criança foi a de elevadores que andam de lado... E ficava sempre olhando, procurando a entrada, procurando uma pontezinha que nos poermitisse atravessar aquele laguinho.

Mas não, a entrada é um tal elevador de vidro bizarro, camuflado... Que eles fizeram de propósito pra vc ter dificuldade de ver.

É por isso qu eninguém entra lá, oras. Ele foi projetado pra isso!...

Um prédio de vidro, mas vidro fumê, pra ninguém de fora ver o que tem dentro...

A forma do prédio parece uma mulher naqueles desenhos antigos, quando um ratinho aparecia, e ela levanta a saia, gritando, com medo do rato subir nela! PArece que o prédio tá assim: "AAAHH!!.. Gente!!.. Não encostem em mim!!!..." E se levandtou acima do nível do solo pra ninguém encostar.

Mais do que isso, ainda seria possível tocar nas pilastras que sustentam o solo... Mas nem isso. Em volta delas existe um FOSSO!!!... Coisa de CASTELO MEDIEVAL!

Isso tem em alguns prédios de Brasília tb, mas eles tem pontezinhas de concreto que tão sempre lá, mais do que permitindo a passagem, indicando muito claramente a entrada (o que resolve o problema que haveria se o prédio fosse só um cubão de vidro...) O próprio Palácio das Artes tem laguinho na porta tb... Mas vc pode atravessar e andar em votla dele... E não é um laguinho que vc teria que escalar pra mergulhar nele.

O MASP não, ele não pode ser tocado.

O metropolitan não é assim. As pessoas tão bem andnado pelo parque, se deparam com ele, podem sentar-se na escadinha... Eventualenmnte, se der na telha, é fácil de entrar. Quem tá sentado na escadinha está a meio caminho de entrar lá dentro.

MAS no MASP não... Quem tá lá em baixo, naquele parquinho de pedra cheia de musgo, não tá a meio caminho do processo de entrar. Lá a gente se sente meio que marginal, se sente "de se gunda classe". O museu é ali em cima, eu estou aqui no porão do museu. O museu é lá, eu estou aqui, na rua, na sujeira, na realidade, com o pé no chão. O Museu tá lá, voando, no meio do nada, em loucos devaneios, efetivaemtne desligado da nossa realidade, da nossa vida.

(Tem isso do nome também.. "MASSSp"... "mas"... que coisa mais negativa!!... "O museu é aqui, MASSSp vc não pode entrar". Deviam ter feito logo o NEM, Núcleo de Estudos Modernos, sei lá. Ou o "NÃO"...)

Andar em baixo do MASP é bem igual dormir em baixo dum viaduto. E ainda se orgulham da feirinha que tem lá em baixo de vez em quando... Tipo, a ralé, os betas, ficam em baixo, a arte certa fica em cima, né? Inacessível ainda.

Eu fui em vários museus, e sempre me lembro de "entrar" neles. Na verdade, a experiência de entrar é uma das poucas coisas que me lembro vividamente dessas experiências. Não é o caso com o MASP. Fui umas duas vezes recentemente, e não me lembro de entrar lá. Me lembro da confusão, de filas lá em baixo, e me lembro de lá dentro, das rampas, e tal... Daqueles trem de vidro preso com concreto, que aliás eu tb não gosto. Mas não me lembro de entrar. Se me dissessem que o Scotty me beam-upou, eu acredito.

Um museu tem que ser uma "máquina de entrar" sim. Ele tem que ser convidativo pra que se entre nele SIM... Me perguntaram "qq vc queria? Um cartaz enorme, e tal?" Não, eu quero justamente que não precise de cartaz, oras! Tem que ser intuitivo, imediado, óbvio. Não é pra pensar. É pra pensar lá dentro, deparando-se com as obras, as obras que o museu em um golpe arquitetônico nos convenceu facil e inconscientemente a ir lá conhecer.

Uma bosta duma rampa, descendo daquele trem, indo até lá em baixo no chão, já era o suficiente!!... Os skatistas iam ficar lá, descendo ela de skate... E eventualemtne subiriam tb. Não é isso q a gente quer? Ou não é?

Mas não, alí tem que ser um espaço vazio enorme... "O maior vão livre" de sei lá onde, sei lá quando. Belas porcarias, um museu se orgulhar de um grande espaço vazio sem nada dentro. Museu tem que ser conteúdo, e não espaço vazio...

Olha, é muito importante poder tocar num prédio público. Eu me lembro aqui de um prédio, acho que do I M Pei, que tem lá uma ponta, de pedra... É uma aresta bem aguda... As pessoas adoram ir lá e passar a mão nela! No MASP ninguém pode passar a mão. É o exato oposto. É um FRACASSO.

Tipo, que lindo que fizeram lá as idéias, e tal, mas não me venham chorar porque ninguém entra lá dentro. O prédio está PEDINDO pra que ninguém entre nele.

Ainda bem que não fizeram aquela coisa tb de ligar o bicho com o parque trianon, porque aí as pessoas nem iam andar do lado dele, na rua, ele ia ficar mais inacessível ainda.



Olha a oca... bem diferente... Tem um monte de gente sempre lá perto, passeando no parque (coisa q não aontece no Trianon), e eventualmente passam por lá, e não tem muitos problemas pra achar a entrada.. e o prédio é MUITO fácil de se tocar.. mais do que isso, você pode ANDAR EM CIMA DELE!!! È o extremo oposto od MASP!!!...

Claro que é uma merda que ele seja todo sujo. Mas quantos prédios você conhece em que você pode ANDAR EM CIMA DELE??? Isso é muito forte.

Eu sempre fui louco pra andar em cima do senado... Gostaria de saber se os jovens de 68 em Paris subiam em cima da cúpula do partido comunista francês.


O olho, tb do Niemeyer, lá em Curitiba, tem um parquinho atrás que enche de gente, como no caso da Oca. Quando vc vê ele, da rua, depois de encarar o olho, vc vê uma rampinha, e segue logo, "entra" lá. Na verdade o processo depois de comprar o ingresso], e efetivaemtne ir ver as obras, é meio complicado, viu... E se dá num trem de vidro tb, que eu desgosto, com entrada não muito intuitiva, mas é melhor q o MASP. Eu me lembro de entrar no museu.

Outra coisa inesquecível, entrar no olho. Mei odifícil achar o caminho pra lá, confesso, tomara que tenham melhorado isso ultimamente. Mas no caminho tem um corredor, cara... Andar naquele corredor é uma experiência inesquecível. É o que eu tou falando!!... É a "máquina de entrar".

E estar lá dentro do olho é uma coisa fantástica!!... Extremamente bem-sucedido. O museu propriamente dito tb é muito bom. 4 (¨?) corredorzões... Talvez seja meio "sem graça", pela "linearidade" mas eu achei bom....

... Dentro do olho ainda tem dois burados nas pontas que parecem escorregadores, dá uma vontade louca de ir lá pisar naquela merda, como dá vontade de enfiar o pé no canto arredondado e branco do corredor, e sujar ele todo. O mesmo que acontece na oca. ( Eu infelismente consegui me segurar nos três casos :) )

Eu sou louco pra encostar numa das pilastras do MASP, desde criança. É um amor não-correspondido que me persegue. Como uma mulher que não quis que eu abraçasse.


Comodidade virtual

São pequenas cadeias de eventos estúpidos que causam desastres que me fazem odiar o windows.

Eu sou afobadinho, e gosto de entrar e sair escrevendo enquanto os proghramas vão se carregando após o boot. Não é esse o espírito do multitasking? Vc vai realizando o processo (lento) de entrada de dados, enquanto o computador aproveita pra ir faznedo outras coisas no "background".

Pois bem, mas volta e meia ele te interrompe bem quando vc tá escrevendo. Vc tá lá todo concentrado, possivelmente olhando pro teclado ao invés do monitor, e PÁ! Ele muda seu foco pruma outra janela, que aparece POR CIMA de onde vc tava trabalhando (aproveitando pra ferrar com o conceito de multitarefa E com o conceito de janela ao mesmo tempo, porque na porática as "janelas"tão sempre uma em cima da outra, e nunca lado a lado como aparecem nas demonstrações)

Agora mesmo, eu tava aqui entrando com meu login no MSN, e PÁ, aconteceu alguma coisa que fez tirar o foco do MSN. Aí qq acontece, vc pensa "ô saco, deixa eu ir lá clica ro mouse"... cloica, volta o foco... Vc volta a digitar... masss se fode, porque ao voltar o foco, o babaca lá marca o texto todo que já tala lá dentro, e quando vc volta a digitar, ele deleta o que tava antes... aí tem que voltar no mouse, clicar de novo, e escrever tudo outra vez (ou terminar, e dar "home" e escrever o começo...)

Precisa de muita pouca crítica e noção das coisas pra aceitar que isso não pode estar certo!!... Só o que falta é facilidade em poder experimentar alternativas!!... No mundo linux as coisas são muito mais configuráveis, e ainda tem oupções muito diversas de gerenciadores de janela pra vc testar, se vc não quiser ficar configurando algum até achar q tá bom...

***

Isso sem contar essas porras de mouses ópticos, que dizem que funciona em qualquer superfície, mas é mentira. Outro dia, com bastante custo, encontrei um mousepad "especial pra mouses ópticos", e meu índice de felicidade cotidiana subiu um bocado...

2007/04/01


A prosopoéia do universo

(explicação do título: Como qualquer estudioso profundo de minha obra (a.k.a. ninguém, a inanição da personalidade) sabe, considero que o mecanismo que cria o conceito mais comum de "deus" aqui na nossa classe média pequeno-burguesa intelectual é uma espécie de prosopopéia aplicada ao universo. )


De novo sobre essa entrevista com o Mocarzel, ele acabou de falar sobre como que uma das deficiências (ou "características") cognitivas dos portatores da síndrome de Down, ou de sei lá mais o que, é não conseguir muito entender símbolos, ou conceitos abstratos.. aí ele começou a enumerar uns "conteitos abstratos"... entre eles, lascou lá (acho que primeirão:) "deus..."

Que doença / condição / fenômeno legal, que incapacita as pessoas de acreditar em deus!!! Mas enfim.

Eu não gosto nada dessa mania da nossa classe-média elite-intelectual pequeno-burguesa reacionária progressista de dizer que deus é um "conceito abstrato". É pior do que isso, na verdade, deus ('D'?...) é freqüentemente tido como a épitome do conceito abstrato!

Eu nunca vou me esquecer duma das primeiras aulas de português que tive na 5a ou 6a série, quando no finalzinho da aula minha estimada professora Rosilene tentou expor pra gente pela primeira vez o que seriam substantivos abstratos e concretos. Botou lá a listinha, e tascou um "deus" (não lembro se foi com 'd' ou 'D'). Uma colega minha lá começou a discutir com a professora se era ou não era...

Ela é que tem toda a razão!!!... Porque há de ser "abtrato"? Deus é uma pessoa (qualquer deus ou Deus). É um cara que fica lá com sua barba enorme, sua toga branca, voando sobre as nuvens, dando porrada no capeta, sentado num trono feito de nuvens compostas por um punhado de arcos circulares (estilo Maurício de Souza). Porque ele é "abstrato"? Jesus é abstrato? Era uma pessoa, porra! O Dom Casmurro é abstrato? E a Capitu, traiu?

Enfim, e o Espírito Santo? Esse fica ali entre o abstrato e o concreto? Ou seria a trindade a areia, a brita e a água?


( "Britaaa britaaa britAAAA... Eeeeeu sooou ..." )


Eu acho que merece um estudo muito profundo e "concreto" essa mania de falar que dDeus é um substantivo/entidade/conceito abstrato. Acho que isso na verdade vem dum certo comprometimento...

As pessoas sentem que esse negócio de religião é coisa do século 13. Sabem que é superstição, que saci e ajo Gabriel é a mesma coisa. Lá no fundo elas sentem isso, quanto mais classe-média elite-intelectual pequeno-burguês, mais sente. Mas não aceita. Sente mas não aje. Nao dá o último passo libertador, talvez por falta de auto-confiança, por falta de gente em quem se apoiar, insegurança... (afinal, tem pesquisas que indicam haver menos ateus do que homossexuais. Assim é que não dá pra sair do armário).

E mais, além de classe-média elite-intelectual pequeno-burguês, quanto mais PETISTA, mais sente-e-deixa-de-agir.

Aí então o comprometimento é assim: "tá bom, Ddeus existe, mas não é esse dDeus intervencionista barbudo sentado num trono feito de nuvens. Isso é só uma figura, do mesmo jeito que o crucifixo nos tribunais é só uma referência histórica, cultural, e não religiosa. Deus é assim, um conceito abstrato, inexplicável, inexprimível, tem a ver com a existencia em si, com as leis da natureza..." aí começa umas viagens santas... santo daime. Ayahuasca neles!

Aí então a Zelite fica tranqüila. Nem é supersticiosa, o que é visto como um retrocesso, nem é atéia, o que é visto como imoralidade.

É quase como que talvez o que alguns dizem que foi uma contribuição do protestantismo pro desenvolvimento da Europa e América do norte. Uma evolução na religião que deixa as pessoas menos bitoladas.

Mas eu acho hipócrita.

Deus não é abstrato e intanível. Deus é CONCRETO, e NÃO EXISTE.

Acho até que uma seção especial desse estudo que estou propondo que alguém faça vai ser dedicada a um sujeito chamado Kant. Maldita raposa astuta e arredia!...


Baixa sociedade

Tou vendo aqui uma entrevista com aquele documentarista, xxx Mocarzel. Gente boa...

Agora, tão falando sobre os "sem-teto"... Aí a entrevistadora falou assim: "o filme demontra a total falta de uma política pública para a moradia"

E ele completou: "...paaaara cidadãos de baixa renda!!"

Tipo assim!!... Tem por caso uma política pública de moradia para cidadãos de alta-renda, e falta o pra baixa!? Porque só assim pra ele querer enfatizar assim, né?!

Que necessidade bizarra de enfatizar o tempo todo o lance de que "é pra baixa renda" ou melhor: "é SÓ pra baixa renda". Que merda!

Imagina só... e se de repente alguém chega à conclusão de que seria interessante uma política de moradia que envolve todos os cidadãos, de todas classes? Afinal, estamos falando de "gentrificação"!... Estamos falando de centros de cidade abandonados!... É bem complicado, envolve populações de todas faixas econômicas e culturas mudando de um lado pro outro. Porque a política vai ser só "pra baixa renda"???

Não güento mais isso.