2007/06/30


MARACATÚ ATÔMICO NO JARDIM ELÉTRICO

O Brasil passa por uma crise energética. Precisamos aumentar a oferta e energia em uns 5%. Alguns pregam que a potência pode vir da onírica hidrelétrica no rio Madeira, outros pregam a concretização de Angra 3, e outros ainda a economia no chuveiro elétrico.

Angra 3 não saiu até hoje, não sei se vai sair agora.

Quanto aos chuveiros elétricos, uns falam em usar gas... Mas gas a gente já viu no que deu. Bem quando a gente começou a usar gas, a Bolívia deu uma "paradinha", driblou o governo e o país capotou pra frente. Não dá. Também não sai. De mais a mais, isso é mania de carioca, só porque eles são a cidade que já teve côrte imperial, se sentem mais ligados às tradições européias...

Outra alternativa sendo levantada é a do aquecimento de água por painéis solares, mas o máximo que conseguiram até agora foi obrigar em São Paulo a instalação do aparelho em puteiros, asilos e saunas-gay!... Trata-se apenas de mais um exemplo de uma tecnologia antiga e dominada que não consegue encontrar seu caminho para a o uso intensivo no labirinto chamado Pindorama.

O que o Brasil precisa é que um dos nossos escassos doutores invente uma tecnologia nova, já que as velhas não deram certo. Uma verdadeira alternativa do século XXI!!!

Pois preparem-se, pois eu tenho esta alternativa!!... Apresento-lhes, o CHUVEIRO ATÔMICO!!!

O princípio motivacional é muito simples! Acontece que, assim como foi equivocado no século XX escolher as estradas em detrimento das ferrovias, foi feita também a opção equivocada da eletricidade para distribuição de energia.

Não é melhor queimar o gas direto no banheiro do que transmitir a energia indiretamente, fazendo a geração elétrica? Então porque não fazer isso tambem com os outros combustíveis? Se o combustível da vez é o nuclear, vamos trazê-lo pra dentro de casa!

O chuveiro atômico é composto por uma pepita de material radioativo, e um refletor de nêutrons parabólico, feito de grafite, preso na extremidade superior do reator. A água entra, e eleva o combustível flutuante para próximo do ponto focal do refletor, iniciando a reação em cadeia sustentada.

Mais da tecnologia nuclear pode ser aproveitada: Se substituírmos a água convencional por água pesada, não só garantimos um agradável jato de maior pressão, como ainda aumentamos a eficiência do enxágüe, já que a colisão da água com as partículas de sujeira se torna mais intensa. Limpando melhor, o banho fica mais rápido!...

Para tornar a água ainda mais pesada, está sendo estudada a possibilidade de adição de mercúrio, em substituição ao flúor usual. Além do benefício da aumentada densidade, o mercúrio é muito mais eficiente do que o flúor na eliminação de germes bucais.

Tecnologia 100% tupiniquim pode ser usada na obtenção do material radioativo e do mercúrio. Foi Joaquim da Costa Ribeiro quem provou que a castanha do Pará está entre os vegetais que mais acumulam metais radioativos naturalmente. O governo já está estudando a criação, nas futuras margens transpostadas do rio São Franciso, de pequenas fazendas para a produção de castanaha do Pará transgênica mutante, criada pela EMPRAPA para ficar ainda mais radioativa. A
vantagem adicional é que a castanha é comestível, ao contrário da mamona, que é tida como boa fonte de combustível, mas é consumida apenas por certas minorias do Paraná.

Estuda-se ainda a utilização da técnica de remoção de metais pesados da água utilizando casca de banana, desenvolvida pela laureada Milena Baniolo. Pretende-se aplicar a técnica para recuperar traços de material radioativo do rio Tietê, ou ainda mercúrio da futura represa do rio Madeira. A EMBRAPA já sinalizou interesse em tentar desenvolver bananas radioativas, matando-se duas lontras com uma caixa d'água só.

O projeto do chuveiro atômico prevê ainda a colocação de pequenos geradores hidrelétricos nos espalhadores dos chuveiros e nos ralos do banheiro, permitindo ainda mais geração de energia dentro de casa. É o fim do chuveiro elétrico, e a gênese do chuveiro hidrelétrico!

O governo já sinalizou interesse também por outra alternativa. Pretende-se colocar, ao lado das torneiras de água, torneiras de etanol e biodísel, visto que aparentemente os dois últimos abundarão no Brasil mais do que o primeiro num futuro próximo. Daí basta abrir a torneira de água e inflamar a torneira de álcool!... Lobby pesado da AmBev talvez obrigue a adição de metanol ao combustível.

Estão sendo estudadas ainda mais fontes alternativas pelo novo Gabinete de Assuntos Energéticos de Longo Prazo, que tem status de secretaria-com-status-de-ministério. Uma delas é um projeto elaborado junto à INFRAERO, para a instalação de gradores aeólicos ao lado da pista de Cumbica. A administração da usina será mista, mas o verdadeiro interesse dos aeroviários é eventualmente inverter a polaridade dos equipamentos para soprar pra longe a neblina nos dias frios!... O Ministério do Quarto-Ambiente, entretanto, expressou preocupações quanto à posibilidade do equipamento ser instalado bem em cima da rota de migração das ararinhas azuis.

Outra fonte em estudo são de origem animal. Além do projeto de se aproveitar o bio-cocombustível originado do flato vulturino e bovino, a INFRAERO está sugerindo a colocação de grandes geradores tipo gaiola-de-esquilo nos aeroportos, com a intenção de capturar cães que tentam invadir as pistas.

Por fim, a verdadeira razão da demora do licenciamento da usina do rio Madeira é que estão sendo finalizados os detalhes da usina complementar de geração ictio-elétrica. Em primeiro lugar, já foi descartada a hipótese da inserção de enguias e peixes-elétricos no ecossistema. Agora estuda-se o aproveitamento da escalada dos grandes bagres pela escada de peixe da barragem. O IBAMA e a empreiteira não sabem ainda se a potência será ou não suficente para alimentar o elevador de peixe que se pretende instalar ao lado, direcionado para os grandes bagres de terceira idade, e ainda aos peixes que andam de cadeira de rodas...

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